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Policing Freedom uses the case study of Brazil's first penitentiary, the Casa de Correção, to explore how the Brazilian government used incarceration and enforced labor to control the prison population during the foundational period of Brazilian state formation and postcolonial nation building. Placing this penitentiary within the global debates about the disciplinary benefits of confinement and the evolution of free labor ideology, Martine Jean illustrates how Brazil's political elites envisioned the penitentiary as a way to discipline the free working class. While participating in the debates about the inhumanity of the slave trade, philanthropists and lawmakers, both conservative and liberal, articulated a nation-building discourse that focused on reforming Brazil's vagrants into workers in anticipation of slavery's eventual demise, laying the racialized foundations for policing and incarceration in the post-emancipation period.
Este livro é fruto de encontros coletivos de autores e autoras de diversas partes do Brasil, cujas pesquisas e escritas aqui apresentadas giram em torno das diversas coações sofridas por indivíduos anônimos e conhecidos ao longo de um período que vai da fase imperial até anos recentes da República brasileira. As coações no Brasil – se pensadas no contexto de punições a atos contra pessoas indesejadas com deslocamentos forçados e forçosos – foram variadas, desde o período colonial. A partir dessa fase, já tivemos ou ainda temos penas como: degredos, desterros, exílios, banimentos e deportações. E ainda devemos lembrar do ato de se auto exilar, como forma de preservar sua vida em uma decisão limite frente aos riscos que se corre diante as injunções políticas, sociais, religiosas e de falta de liberdades. Talvez o ponto central em discussão que atravessa todos esses textos seja o da ausência, o descentramento do mundo de antes, tornado interditado pelas contingências que fogem às escolhas dos indivíduos afetados pelas coações.
O livro é o resultado do Projeto "Formação de Professores e Professoras em Escolas do Campo", coordenado pela Associação de Estudos, Orientação e Assistência Rural (Assesoar), entre março de 2019 e dezembro de 2022, com apoio financeiro da Brot für die Welt (Pão para o Mundo — PPM) da Alemanha. O projeto teve como público-alvo estudantes do Curso Interdisciplinar em Educação do Campo: Ciências Sociais e Humanas (Iedoc: CSH), em regime de alternância da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) campus Laranjeiras do Sul/PR. A obra apresenta diferentes realidades da Educação do Campo a partir de pesquisas realizadas durante a elaboração dos Trabalhos de Conclusão de Curso (TCCs), problematizando a realidade de suas respectivas comunidades e contextos. Entre os temas abordados, estão a educação do campo, as cirandas infantis, a luta pela terra e seus territórios, a agroecologia, questões de gênero, a educação em espaços de luta, o saber popular, as temáticas indígenas, quilombolas, o currículo e a democracia.
Neste livro, abordamos a luta pela terra, o conflito agrário e as vidas camponesas no latifúndio da Araupel, situado no Centro-Sul paranaense. Percorrendo o histórico dominial dos imóveis Rio das Cobras e Pinhal Ralo, que ambos somam mais de 100 mil hectares de terras em área contínua, demonstramos os processos de grilagem e de violência contra camponeses e indígenas que habitavam essa terra. A investigação demonstrou uma questão agrária latente no seio de um país onde o direito à terra é reservado a poucos, enquanto um mar de gente é expulso de um mar de terras. A história dessas terras e dessas gentes revela como a ação do Estado brasileiro foi determinante no respaldo a...
O que pretendemos é apresentar a construção de uma proposição teórico-metodológica que leve em conta os processos psicossociais envolventes da trajetória da negritude pelo que temos denominado de Constelações de Aprendizagem: um instrumento interpretativo dos processos educativos do movimento negro em vista de trajetórias de lutas e conquistas, resultando também na promulgação da lei 10.639/2003. Para tanto, o entendimento sobre as trajetórias de negritude no Paraná compõem-se de um enlace histórico e religioso, que de um lado apresenta as ações de violência contra as populações tradicionais em torno do ideário paranista, porém, de outro, demonstra como as populações foram criativas e criadoras em difundir formas de cuidado comunitário que foram tecidas desde as historicidades de benzedeiras ao longo da Região Sul paranaense até, com base na década de 1950, a chegada de pais e mães de santo da umbanda pelo processo de migração pelo estado.
“Nós do grupo cheguemos a uma conclusão que tamos muito oprimidos, pouca terra, preços mínimos dos produtos agrícolas não recompensa e a mais que o preço mínimo nunca peguemos. (CAMBOTA, ano 6, nº 32, fev, 1979, p. 12).” A utilização do sujeito coletivo “nós” para que sejam feitas as questões ou as denúncias é sintomático. Sinal de que as conclusões a qual chegaram foram debatidas e acordadas coletivamente. Naquelas reuniões, havia análises de conjunturas sendo feitas pelos camponeses sobre as políticas econômicas e agrícolas que eram implementadas e que os atingiam diretamente, a denúncia sobre a diferença (em porcentagem) entre o preço mínimo e os impostos evidencia isto. Diante de tais análises, a conclusão que chegam é a de que pertenciam para a classe dos oprimidos.
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Essa coletânea é resultado dos estudos realizados pelo Grupo de Estudos sobre América Portuguesa, do DCHT/Campus XVIII da UNEB. Com pouco mais de um ano de existência, o GEAP tem contribuído para a formação de um campo de pesquisa sobre a história da antiga Capitania de Porto Seguro, desenvolvendo inúmeros projetos de identificação e digitalização de fontes documentais, de organização e realização de eventos e de promoção de novos temas e abordagens de estudo. O livro "História da Capitania de Porto Seguro" expressa as potencialidades desse jovem grupo de estudos, pois registra novas perspectivas sobre a história de uma região que, embora conviva com um capital simbólico marcado pela história, enfrenta um paradoxal silenciamento historiográfico.
Este livro apresenta, ao mergulhar no contexto das reformas dom José I, um projeto de colonização que a coroa portuguesa formulou para fazer da antiga Capitania de Porto Seguro um celeiro de víveres para alimentar Salvador e Rio de Janeiro, fazendo das populações indígenas os principais agentes da ocupação territorial, da produção econômica e da administração colonial. Desse ponto de partida, o autor evidencia que a realização deste projeto colonial foi delineada pelo embate entre políticas indigenistas e políticas indígenas, evidenciando não só a importância da questão indígena para aquela região, como também revelando as diversas estratégias desenvolvidas pelos ...
A inteligibilidade e a legitimidade dos movimentos sociais acontecem através de mediações feitas por pessoas comuns que se consolidam no processo das mobilizações sociais. Um bandido social como Pedro Santin, uma indígena como Fen’Nó, um bispo como Dom Agostinho ou um político como Calixto, são sujeitos de um processo dúbio e/ou contraditório da modernização no Sul do Brasil. Conhecer esse processo histórico ajuda na compreensão, tanto da dinâmica dos movimentos sociais contemporâneos, quanto dos contramovimentos de negação desses e da própria história do Sul do Brasil.