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“CAMALEÔNICOS” é ao mesmo tempo o livro, a reportagem e denúncia sobre as dificuldades dos autistas para serem compreendidos. Diante da burocracia e de uma cruel indiferença, são muitos os que desistem de lutar pela aceitação, privando a todos de seus dotes peculiares. ‘A sociedade aceita mais uma palavra escrita em papel com carimbo e a assinatura que o pedido honesto pelo respeito à diferença. Entender o autismo foi fácil. Mais difícil foi entender o que achavam que era o autismo’. Essas opiniões estão dentre as muitas que foram colhidas pela autora – repletas de emoção, de decepção e também da esperança de quem, tantas vezes, precisa se camuflar para viver.
Na apresentação deste livro, o professor e jornalista Maurício Guilherme Silva Jr. registra que “O leitor ‘ouvirá’ a voz de um dos mais lúcidos ativistas da atualidade. Além de grande estudioso das nuances do TEA, o jovem escritor e jornalista Victor Mendonça [Sophia Silva de Mendonça], autor de outros três livros, carrega, nas mãos e no peito, o signo da liberdade. Em seus escritos, reportagens, entrevistas, análises e poemas, bailam, orgulhosas e perenes, as chamas da ética, as rosas da humanidade, as incandescências do amor”. Com introdução da psiquiatra e pediatra Raquel Del Monde, uma das maiores autoridades em autismo no Brasil, “Neurodivergentes” é consequente da trajetória emocionante desta jovem acostumada a ser aplaudida de pé em suas palestras, graças ao esforço que a fez superar, com inteligência e talento raros, um dos maiores obstáculos dos autistas: a comunicação social.
"Outro Olhar - Reflexões de um Autista" imprime a sinceridade, a sensibilidade e a constante preocupação com dicas preciosas sobre a experiência diária. Sophia Silva de Mendonça (Victor Mendonça) refaz o próprio caminho, que matiza com a crítica, para afirmar que os obstáculos podem ser superados e o que o amor familiar e o afeto social são a panaceia para um mundo tão especial: o de todos nós.
Diagnosticada com a Síndrome de Asperger, um Transtorno do Espectro Autista (TEA), aos 53 anos, a jornalista Selma Sueli Silva refaz sua trajetória com base na descoberta, e percebe que os sinais do autismo sempre estiveram presentes. Quem conheceu a Sueli da infância e da adolescência, que vivia em comunidades e tinha medo de desagradar por sua ingenuidade e uma personalidade fora do padrão? Ou a Selma do rádio, com a segurança profissional e os ideais humanistas que tanto encantam seus ouvintes? Neste livro de estreia, a comunicadora retrata, com muita sensibilidade e lucidez, as diversas faces de sua persona que constituem uma mulher notável dentro e fora dos estúdios de produção radiofônica e audiovisual.
Metamorfoses constrói diálogos afetivos entre as experiências da autora — mulher transexual, autista, ativista e produtora de conteúdo sobre autismo — com postagens públicas de autistas transgêneros no Twitter. Afinal, a incongruência de gênero é 7.59 vezes mais comum em autistas do que na população em geral. Porém, as discussões sobre autismo são arraigadas a controvérsias sobre gênero, sexualidade e autonomia. Por meio de uma perspectiva afetiva de pesquisa, a obra discute sobre os modelos médico e social da deficiência e como se articulam com as narrativas sobre neurodiversidade; reflete sobre como as narrativas que emergem das características da pessoa autista, com...
"Danielle, Asperger" foi escrito por Sophia Silva de Mendonça (Victor Mendonça) aos 14 anos de idade. Num momento de crise, ela se desfez do texto original - que a mãe resolveu salvar, até que a filha mudasse de ideia. Danielle é uma autista diante dos problemas marcantes da adolescência. Entre uma crise e outra, ela vai superando, com bom humor e aguda ironia, os obstáculos cotidianos. A personagem idealizada e impressa com segurança e ousadia por Sophia Silva de Mendonça reafirma o talento da escritora ao bem compreender e traduzir o mundo dos jovens. Com peculiar sensibilidade, ela oferece momentos de alegria, tensão, reflexão e surpresas que exaltam, como nos melhores romances, a vida tão especial de todos nós.
O autista é um ser humano com o olhar diferente, com potencial imenso a ser trabalhado e com o coração cheio de amor que precisa ser amado e cuidado. Este livro traz as diferenças do que é ser um bebê com dificuldades relacionadas ao autismo — quais são os desafios durante o crescimento, os entraves relacionados à comunicação, ao comportamento e à interação social —, mostrando que o autismo é um espectro, pois cada pessoa manifesta as características de uma forma diferente da outra. Somos do tamanho de nossa linguagem; é ela que confere sentido a todos os fenômenos e acontecimentos e antecede a existência de cada um de nós. O autismo veio para dar uma mexida nesse paradigma, embora ele seja facilmente aplicável à maioria das pessoas. Isso nos leva ao seguinte questionamento: como trazer ao mundo da linguagem essas pessoas que têm vasto universo interior, mas dificuldades variadas e, por vezes, severas em se comunicar, tanto no âmbito verbal como no não verbal?
Selma Sueli Silva e a filha Sophia Silva de Mendonça (Victor Mendonça) são jornalistas parceiras no projeto “O Mundo Autista”, com milhares de seguidores no site, blog e na webTV. Ambas expõem seus olhares sobre questões familiares, os caminhos da política, da arte, da espiritualidade... Em 2016, Selma foi diagnosticada como asperger (uma forma mais branda do autismo). O mesmo se deu com Sophia, há dez anos. Ao longo desse tempo, elas vêm defendendo seu mundo especial contra a intolerância e o preconceito. “Dez Anos Depois” celebra o trabalho e a evolução; mais que uma coletânea, é uma prova impressa da vivência de grandes desafios a partir da comunicação social - o maior problema dos autistas. Esta edição não se submete a cronologias, privilegiando especificidades temáticas que a elevem, além das fronteiras do autismo, ao encontro de todos os leitores e à análise dos doutores e especialistas.
As autoras deste livro tiveram como mote a pergunta: “O que você pensa que a sociedade precisa saber sobre autismo no feminino?”. Por muito tempo, a mulher foi ignorada nos estudos sobre o autismo. Agora, muitas estão saindo da invisibilidade para levar o assunto às redes sociais e à academia, promover palestras, pesquisar, criar empresas para difundir informações confiáveis. O ativismo dessas mulheres é consequência da constatação da falta de conhecimento e até da distorção sobre as característicasdo autismo no feminino. Todas elas passaram por experiências cruéis rumo ao diagnóstico. “Autismo no Feminino - A Voz da Mulher Autista” apresenta treze capítulos, todos...
Os primeiros escritos sobre neurodiversidade surgem na década de 1990, com o crescimento do ativismo de autistas adultos em países como Estados Unidos, Reino Unido e Austrália. A partir disso, neurodivergentes passaram a destacar suas singularidades diante de uma sociedade avessa à deficiência, conseguindo alcançar destaque no debate público, mas também resistências e críticas. Este livro, O que é neurodiversidade?, traz um compilado desse breve percurso histórico de três décadas.