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From the theories developed by Humberto Maturana to explain the living being (Autopoiesis Theory and Biology of Cognition) Mateus Esteves-Vasconcellos extracted a general theory applicable to all systems. Then he developed a general theory for autonomous systems, especially focusing on social systems. New scientific paradigms started in the 20th century finally found a rigorous, inclusive and transdisciplinary theoretical description.
An articulating and integrating frame of reference, for understanding the paradigmatic changes taking place in Science, proposed by Maria José Esteves de Vasconcellos. Following the developments that happened within science itself – in Thermodynamics, Quantum Physics, Cybernetics, Biology, to name a few, – during the 20th century, we can clearly see how such developments pushed science towards its limits and made some scientists rethink their epistemological assumptions. We, then, associate the three new assumptions of the new-paradigmatic science – complexity, instability, and intersubjectivity – with what has been identified as a world systemic view: a view that, while scientific, focuses on the relations rather than on the artificially isolated elements, as it has been done by the traditional science.
São 39 textos de orelhas de livros inexistentes. Ou inexistentes por enquanto. Talvez livros que estejam sendo escritos em algum lugar do mundo enquanto sua orelha foi pensada. Livros que nunca existiram e jamais existirão. Livros em línguas estrangeiras, em línguas mortas, inventadas. Exemplar único numa biblioteca bombardeada em Aleppo, molhado no fundo da carroça do morador de rua que percorre a cracolândia. Um manual. Um catálogo de uma exposição em uma galeria que já não existe mais. Um livro infantil que caiu atrás da cama e só será encontrado depois que a família se mudar. Enfim, livros imaginados.
Etelvina é um romance em primeira pessoa, estruturado como o diário de partida de uma mulher idosa, diante do diagnóstico de uma doença terminal. A protagonista mal completou o curso primário, daí o primeiro desafio narrativo autoimposto pelo autor, no plano da linguagem: criar uma voz plausível a uma narradora que se aventura pela primeira vez na escrita. Ela conta da sua passagem por quatro locais muito distintos: o vilarejo em que viveu seus primeiros vinte anos, a fazenda em que passou as duas décadas seguintes, levada pelo marido, a cidade pequena em que residiu por mais dez anos e a cidade grande em que se fixou até o tempo presente, em que escreve, aos noventa anos. No decorr...
Das teorias que Humberto Maturana desenvolveu para explicar o ser vivo (Teoria da Autopoiese e Biologia do Conhecer), Mateus Esteves-Vasconcellos extraiu uma teoria geral, válida para todos os sistemas. Em seguida, elaborou uma teoria geral para os sistemas autônomos, em especial para os sistemas sociais. Os novos paradigmas científicos, iniciados no século XX, encontram, finalmente, uma descrição teórica rigorosa, integradora e transdisciplinar.
De las teorías desarrolladas por Humberto Maturana para explicar el ser vivo (Teoría de la Autopoiesis y Biología del Conocer), Mateus Esteves-Vasconcellos extrajo una teoría general válida para todos los sistemas. Luego elaboró una teoría general para los sistemas autónomos, en especial, para los sistemas sociales. Los nuevos paradigmas científicos, iniciados en el siglo XX, encuentran finalmente una descripción teórica rigurosa, incluyente y transdisciplinaria.
O livro que se anuncia à maneira de um manual é, pelo contrário, uma coleção sensível de retratos de personagens. O olhar está atento às pessoas com que cruza, sejam elas reais ou imaginárias. Uma mulher feita de feixes de setas, apontando para todos os lados; um escritor composto por cheiros guardados em frascos; alguém que equilibra seu segredo em dois pés que não poderiam ser de uma mesma pessoa; personagens presas na movência do sonho e do pesadelo que, por sua vez, enlaçam o escritor. Trabalhadores, gente maltratada, corpos feitos de cacos, casais duplicados entre o desejo e a repulsa. Em Como escovar os dentes num incêndio, a despeito da obscenidade dos dias que correm, ...
Barthes diz que não foram os pintores que inventaram a fotografia, mas os químicos. Eu diria que, antes dos químicos e dos pintores e daquele velho ancestral que encheu as paredes de uma caverna de bisões avermelhados, animados pela luz e pela sombra, foram os poetas, esses seres de danação, essas crianças terríveis, que inventaram essa presença, para além da metáfora, da coisa, essa presença viva que certifica um movimento em sua própria ação de existir, que mais que o congela, atesta-o, que mais que o atesta, nomeia-o como real. É isso o que me ocorre ao ler a poesia de Marcílio Godoi nesta belíssima estreia, Estados úmidos da matéria. Sinto (e sentir é corpo e intelec...
Segundo livro de crônicas de Marcílio Godoi, Frágil recompensa reconstrói uma Belo Horizonte perdida desde os anos 1960, a partir de relatos memorialistas em prosa poética. Com diversos planos e eixos narrativos, o livro trata de uma história comum à maioria dos brasileiros, a migração de uma numerosa família do interior para a capital do estado e as decorrentes inadequações sociais resultantes disso, em um contexto de religiosidade e repressão político-militar. Em uma trama "psicológica" do livro, nascimento e morte flutuam emocionalmente sem cronologia definida nas vozes da mãe, do pai, e dos nove irmãos, em uma espécie de pacto integrado pelo fio do olhar de um autor implícito, um certo menino, que perpassa praticamente todas as histórias.
O que foi pensado como sete fascículos de "escavações" pessoais, como gosta de definir a autora, transforma-se aqui em um tomo vigoroso, de contos e novelas, que se integram pela ideia de que o tempo, invisível, vai se desdobrando em vida nas mais diferentes circunstâncias para formar um sentido único, particular, belo. Trata-se de um caderno de intimidades trazidas à luz por uma linguagem cotidiana, mas reflexiva, e por fotografias de um álbum solto, mas muito rico de significados. O que, ao final, nos dá conta de uma insólita dispersão no mundo, mas também das corajosas formas que Bettina sempre inventa para se reerguer.