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François Tosquelles (1912-1994), psiquiatra revolucionário catalão, merece ser lembrado não só pela importância de seu trabalho no campo da saúde mental, mas também por sua luta antifascista, tendo como aliados Félix Guattari, Frantz Fanon, Horace Torrubia, Jean Oury, Lucien Bonnafé, Roger Gentis, Yves Racine, os surrealistas, militantes comunistas, anarquistas, entre outros. Além de sua formação em psiquiatria, Tosquelles também se baseava na psicanálise e no marxismo em sua prática clínico-institucional, estabelecendo conexões com a política, a cultura e o social. Também considerando o teatro, o cinema, a arte e a escrita como ferramentas fundamentais para o trabalho na...
a revolta, tal e qual pensada e vivida por aqueles que a realizam, não é nada mais do que fazer a política transitar pelo corpo. estende a política, lhe dá vida e densidade, libera as sensações habitualmente contidas; abre e fende a política – romain huët em dias intelectualmente miseráveis como os nossos, em que à direita se repete o odioso mantra de tatcher – "there is no alternative" – e à esquerda se aceita sem grande choque ou consternação que as esquerdas morreram, garau demonstra, em anatomia da revolta – temporalidade e destituição, que ser de esquerda é muito mais do que uma afiliação partidária ou certa vaga simpatia pelo que se chama, de maneira meio ri...
A Editora Contracorrente tem a satisfação de anunciar a publicação do livro Teoria monetária do Direito: contribuição para a crítica marxista, de autoria de César Mortari Barreira. Este livro é uma das mais importantes contribuições para a literatura marxista contemporânea, oferecendo uma análise profunda do funcionamento e das formas de aparecimento do Direito no contexto da reprodução global do capitalismo como um sistema social. César Mortari Barreira estabelece um objetivo ambicioso em sua pesquisa: decifrar e reconstruir as estruturas sociais do capitalismo através de uma análise crítica da economia política de Marx. O autor parte da premissa de que a crítica de Ma...
O livro que leitor tem em mãos refere-se a trabalhos de dois gigantes da literatura brasileira: José de Alencar e Machado de Assis. Todavia, não procura interpretar os autores realizando algum tipo de hermenêutica, muito menos busca perseguir qualquer tipo de essência literária ou verdade textual relacionada à história de suas vidas, nem intenta encontrar qualquer significante oculto; mas o contrário: visa instrumentalizar os textos destacando o que os mesmos oferecem para a potencialização da vida de quem os lê. Quais afetos podem ser mobilizados, aumentados ou diminuídos no leitor, levando-o à alegria ou não. Destaca-se aqui, portanto, uma teoria social das afecções que não esquece de tratar a relação das mesmas com a conservação ou transformação da sociedade. Nesta direção o trabalho ressalta o paradigma estético-político, o qual denomino esquema esquizo, para a percepção das dinâmicas sociais e das formações das subjetividades.
Após o esforço de aprendizado de uma nova língua, o acádio, para empreender a tradução da Epopeia de Gilgamesh, Jacyntho Lins Brandão nos brinda agora com a transposição ao português de outro poema babilônico, Epopeia da criação, conhecido também como Enuma Eliš. Ele foi composto há mais de quatro mil anos, na língua do ramo semítico identificada em meados do século XIX e chamada "acádio" pelos estudiosos que a decifraram, em referência à cidade de Akkad, capital do império de Sargão, no século 24 a.C. O texto foi localizado em 1849 nas ruínas da biblioteca do rei Assurbanípal, em Nínive (próximo da atual Mossul, no Iraque). Enuma Eliš descreve a teogonia e a cosmologia dos babilônios: a criação do mundo, a luta entre os deuses pela supremacia, a criação da humanidade para servir a divindade. Diversas passagens de alto valor poético contêm episódios que foram aproveitadas em literaturas posteriores, como as mitologias assírias e os escritos bíblicos do Gênesis.
"Um duplo assombra o mundo, o duplo da abstração. A fortuna de Estados e exércitos, empresas e comunidades depende dela. Todas as classes rivais, sejam elas dominantes ou dominadas, reverenciam-na – mas a temem (...) Todas as classes temem essa incansável abstração do mundo, da qual ainda depende sua fortuna. Todas as classes menos uma: a classe hacker" Recorrendo a Guy Debord e Gilles Deleuze, igualmente, Um manifesto do hacker, da escritora Mckenzie Wark, oferece uma reformulação do pensamento marxista para a era do ciberespaço e globalização. Na revolta generalizada contra a informação mercantilizada, a autora vê uma promessa utópica que vai além da forma da propriedade ...
São várias e relevantes as alterações sofridas pelos diplomas contidos nesta obra desde a sua última edição. O Decreto-Lei no 31/85, de 25 de janeiro, relativo aos veículos perdidos a favor do Estado, foi alterado pelo Decreto-Lei no 10/2023, de 8 de fevereiro, que contém as normas de execução do Orçamento do Estado para 2023, e pelo Decreto-Lei no 54/2023, de 14 de julho, que alterou as referidas normas. Já o regime jurídico do ensino da condução, previsto na Lei no 14/2014, de 18 de março, sofreu um ajuste com a publicação do Decreto-Lei no 92/2023, de 12 de outubro, que aprovou o regime do acesso e exercício da atividade de aluguer de veículos de mercadorias sem condu...
Acachapante. Talvez seja a melhor qualificação que se pode dar à quantidade de material didático e paradidático em Direito no Brasil. O resultado desse volume de produção é pasmoso. Deixa profissionais do Direito e, sobretudo estudantes de Direito, aturdidos. Uma área do conhecimento que ainda usa termos como dogmática e doutrina – sendo que se referem a ideias não passivas de refutação – gera, inclusive, perda de credibilidade. A Ciência Jurídica há́ muito não é mais protagonista ante a áreas afins. Há espaço para a produção de literatura científica, na maioria das vezes interdisciplinar, dialogando com novas tecnologias, no Direito hoje? Pensamos que sim. A Col...
"Tomada de Posse", escrito pela poeta, militante anarquista e educadora, Louise Michel, é um livro co-editado pela sobinfluencia Edições e a Autonomia Literária e lançado em celebração aos 150 anos da Comuna de Paris (1871). O livro conta com a apresentação, "Louise Michel, uma vida oceânica," de Gabriela de Laurentiis, artista, pesquisadora e professora, doutoranda pelo programa de pós-graduação da FAU-USP, mestre pelo Departamento de História Cultural da UNICAMP e bacharel em ciências sociais pela PUC em São Paulo. É autora do livro "Louise Bourgeois e os modos feministas de criar" (Annablume, 2017, no prelo para reimpressão pela sobinfluencia), editado em catalão pela N...
O Direito Contraordenacional encontra-se presente no nosso ordenamento jurídico, abrangendo áreas tão triviais como a regulação de atos da vida quotidiana, no direito estradal por exemplo, até aos demais atos fulcrais para a economia do país, como a regulação e concorrência entre empresas. O Regime Jurídico do Ilícito de Mera Ordenação Social ou Regime Geral das Contraordenações, Dec.-Lei n.o 433/82, de 27 de outubro, é o ponto de partida para a compreensão e estudo deste ramo do Direito, que se destacou do Direito Penal. O poder sancionatório deixa de estar sob alçada do Tribunal Judicial, numa primeira fase do processo, para ser aplicado pela Autoridade Administrativa c...