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Este livro retrata as histórias de quatro famílias através de quatro gerações. De comum entre elas, as origens das duas primeiras remontam à guerras de seus países. Um desses ramos, uma família de mineiros, fugindo da convocação compulsória para a Guerra do Paraguai, partiu para terras ignotas e selvagens. Outra família, esta espanhola, partiu da Europa, fugindo da guerra colonialista do Marrocos, rumo ao Novo Mundo. Cruzando com os caminhos das outras duas famílias, nativas do interior paulista, acabaram por transformar essas quatro vertentes num só destino. Os fatos, ocorrências, nomes, datas e locais são reais e baseados em relatos, pesquisas e estudos de documentos absolutamente fidedignos. Os diálogos, certas situações, disposições e reuniões de personagens, ficaram por conta da lógica consuetudinária e das inspirações do autor. Os seus trinta e um capítulos mostram quatro vertentes originárias de caminhos diversos acabam por formar novos destinos, num movimento cíclico irresistível, calcados nos valores sedimentados no sagrado templo do núcleo familiar.
O livro de Adalberto é um oásis ao caminhante-leitor: cama limpa, água fria na talha, comida na panela, flores silvestres no jarro; um galo no quintal, um cão modorrento, galinhas ciscando à sombra projetada de uma água-furtada... Um cenário assim, de simplicidade e beleza, de ternura e acolhimento. O autor domina a técnica da boa escrita ao evitar construções complexas, parágrafos adiposos – essas gorduras textuais que engordam e não esclarecem. Há alegorias, metáforas, adjetivos na dose certa, figuras de linguagem que não se constituem em penduricalhos, antes, sim, em elementos vivos que permitem ao leitor a compreensão e essa condição – só ofertada pelos donos de ofício – de se deixar levar pela leitura, e encontrar nela não a pseudo sabedoria tão em uso nos chamados livros de auto-ajuda, mas, sim, pontos de reflexão... Adalberto nos faz pensar! Há momentos de humor leve, descontraído... Há momentos tocantes, quando o escritor nos fala de suas relações de amizade interrompidas pela morte de alguns de seus melhores amigos. São passagens escritas à flor da pele por alguém que, como poucos, sabe ler e interpretar a alma humana.
Pelas veredas da vida e ao longo do tempo, quatro gerações, partindo de diferentes vertentes, escreveram com as próprias vidas as suas histórias ... Por algum motivo, coube a mim, viajor das últimas trilhas, a missão de perscrutá-las, organizá-las e contá-las...
Nenê Melo foi um dos últimos proseadores e contistas populares, os chamados “contadores de causos”, que nos tempos atuais estão em absoluta via de extinção. Bastava que no seu crivo os casos ou criaturas fossem pitorescos que não havia a menor possibilidade de escapatória: iam, a toque de caixa, para a sua implacável coleção de contos e fatos, transformando-se em pequenas obras-primas, que pacientemente datilografava nas suas laudas. E era precisamente nesses contos que aflorava o seu talento inato para colorir situações aparentemente banais, com todas as nuanças pintadas com a rara sensibilidade de um artista. Por motivos alheios à sua vontade, como ocorreu com a maioria dos contistas espontâneos da sua geração, não publicou os seus causos para a posteridade. Felizmente, porém, através da prospecção dos seus escritos, o autor reuniu alguns desses episódios, resultando na presente publicação, que permitirá ao leitor descortinar essa mundo de pequenas obras-primas, ricas em detalhes e saborosas na textura.
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'NDiaye is a hypnotic storyteller with an unflinching understanding of the rock-bottom reality of most people's life.' New York Times ' One of France's most exciting prose stylists.' The Guardian. Obsessed by her encounters with the mysterious green women, and haunted by the Garonne River, a nameless narrator seeks them out in La Roele, Paris, Marseille, and Ouagadougou. Each encounter reveals different aspects of the women; real or imagined, dead or alive, seductive or suicidal, driving the narrator deeper into her obsession, in this unsettling exploration of identity, memory and paranoia. Self Portrait in Green is the multi-prize winning, Marie NDiaye's brilliant subversion of the memoir. Written in diary entries, with lyrical prose and dreamlike imagery, we start with and return to the river, which mirrors the narrative by posing more questions than it answers.