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Revista Tpm. Entrevistas e reportagens sobre comportamento, moda, beleza, viagem e decoração para mulheres que querem ir além dos manuais, desafiando os padrões. Imagem não é tudo.
Dizem que o amor transforma. No caso de Graça, a transformação é dos pés ao último fio de cabelo: a cada nova paixão surge uma nova personalidade. Com Luciano, ela virou especialista em sexo tântrico; com Vandré, se despiu dos bens materiais; com J. Marcellus, conheceu o misticismo; também virou fumante, judia, ortodoxa, obsessiva por limpeza, nacionalista, boêmia, esportista, às vezes até acumulando mais de uma personalidade. Em Louca por homem, Cláudia Tajes mostra os bastidores das paixões arrebatadoras pelos olhos de uma mulher que é uma verdadeira camaleoa. Mas, além de trocar de personalidade como quem troca de roupa, Graça nunca está 100% satisfeita com sua escolha e comete uma gafe atrás da outra na tentativa de conquistar alguém. Solteiras, casadas, enroladas, todas vão se identificar com as estripulias de Graça - baseadas nas loucuras de todas as mulheres que já se apaixonaram pelo menos uma vez.
Maria Ana, a jovem cheia de ilusões que não estava nem aí para o politicamente correto, chegou aos 40 anos. E a vida, claro, não é mais a mesma. Depois de ter casado e descasado, de ter aprendido a cuidar mais da língua e a ter sérias dificuldades de acreditar nas coisas (o que pode ser traduzido como amadurecer) ela imagina que algo muito bom está para acontecer. Este livro intercala o texto integral do best-seller Dez (quase) Amores, com uma continuação, ou seja, Maria Ana já madura e seus novos 10 "quases" amorosos atuais, desta vez em tempos de Tinder (por que não?). O passado e o presente da mesma mulher, agora com mais de 40 anos. Prepare-se para se apaixonar.
Qual a sua fobia? A de Dulce, produtora fotográfica batalhadora, trinta e muitos, são as baratas. Como num pesadelo, numa noite de sábado em que se prepara para mais um encontro com um potencial pretendente, ela se depara, ao sair do banho enrolada na toalha, com uma barata descansando em cima do vestidinho preto básico escolhido para a ocasião. Dando vazão à sua fobia (e a de 99% das mulheres, diga-se), Dulce bate a porta do closet, e tem início uma noite como nenhuma outra. Com a barata do outro lado da porta, e imobilizada pelo medo, essa protagonista humana, demasiado humana, repassa a própria vida. Numa espécie de sessão de terapia sui generis, tem-se um vislumbre das dores e das delícias da vida de solteira nos dias de hoje, das frustrações, expectativas e paixões segundo Dulce, em horas de lamentos e risos que deixam o leitor pedindo mais. Refletindo sobre a natureza das mulheres, Claudia Tajes investiga nesta inusitada e divertida novela o que aconteceria se a batalha final fosse travada entre mulheres e baratas – reforçando o lado das mulheres com seu refinado humor.
Esta não é a história de uma vingança. É a história de oito vinganças. Com requintes de crueldade, como só uma mulher enfurecida sabe arquitetar, planejando nos mínimos detalhes uma forma de dar a volta por cima e se vingar dos homens que a humilharam e a fizeram sofrer. Mas se você pensa que está diante de uma tragédia, esqueça. Claudia Tajes, com seu bom humor característico, cria esta hilária história, que não deixa nada a desejar à máfia italiana... Sara Gomes é a mulher enfurecida em questão. Ela largou o curso de arquitetura para se dedicar à lavanderia da família. É em meio a camisas, meias e todo o tipo de roupa suja que ela passa a arquitetar uma a uma suas v...
"Eu sou aquela que, quando cruza a sala a caminho da xerox ou levanta para pegar café na garrafa térmica, ouve dois colegas do escritório falando em voz supostamente baixa: entre a Ju e a morte, quem você escolheria?" Assim Claudia Tajes dá início à saga de Ju, para quem a feiura é uma realidade palpável e incontrolável. Mas que, felizmente, não impede de fazer com que ela viva as mais hilariantes aventuras amorosas, relatadas com requintes de detalhes. Cada homem que passa por sua vida provoca uma revolução: o ciumento Otelo, o lindo David, o escoteiro anônimo. Todos, a seu modo, amam essa mulher. Claudia Tajes, ao dar voz à mulher feia numa época regida pela bonitocracia, faz um engraçadíssimo relato sobre as obsessões e neuras que de vez em quando rondam a cabeça das mulheres, mas que em Ju são multiplicadas por mil. Com um estilo de escrita que já a consagrou como uma impagável observadora do mundo feminino, Claudia vai ao extremo para mostrar, com todo o seu bom-humor tragicômico, o absurdo ditado pelas aparências.
Neste Sangue quente, nono livro de uma muito sólida carreira, Claudia Tajes torna a mostrar o quanto há de absolutamente sério e grave nas coisas engraçadas. Revelando a leveza graciosa do drama – da raiva, melhor dito –, nossa autora demonstra um domínio extraordinário do conto, incluídas as particularidades e sutilezas que o gênero demanda. São histórias cheias de ironia finíssima, construídas com uma linguagem simples e elegante; chega a parecer que escrever é fácil. E dá-lhe a denunciar desde os fiascos causados pela variação dos hormônios ao sentimento de culpa que só um belo ataque de raiva pode proporcionar. O ridículo humano escancarado. Claro que quem conhece...
"Da sempre tua" é uma correspondência entre C. e D., personagens da escritora Claudia Tajes e da psicanalista Diana Corso — que ora coincidem, ora se diferenciam das autoras. As duas embarcam numa conversa franca, carinhosa e bem-humorada em que relembram pequenas tragédias, exorcizam dramas e riem de si mesmas. As cartas revelam uma crescente intimidade que dá corpo-palavra à experiência compartilhada de ser mulher. Em certa medida, C. e D. são as autoras e também são cada uma das leitoras que as encontrarem nessas páginas. Entre ficção e relato pessoal, a troca entre amigas explora temas como culpa, envelhecimento, ciladas amorosas, memórias de vidas onde cabem dor, encantamento, neurose, graça e mistério. Um ensaio de Diana Corso fecha o volume, costurando o laço entre as personagens à importância íntima e coletiva das amizades femininas ao longo da história. Este livro é uma celebração profunda e afirmativa do vínculo entre mulheres, espaço afetivo de cuidado, partilha e acolhimento.
Três anos após a publicação de Os escritores que eu matei, seu primeiro livro de crônicas, Marco Severo volta ao gênero com Coisas que acontecem se você estiver vivo. Aqui, seu elemento é a vida, o olhar ora delicado, ora mordaz, para as vivências do cotidiano, as pessoas e histórias que às vezes nos passam desapercebidas são, neste livro, elevadas ao lugar de protagonismo, porque a escrita de Marco coloca sob a lente da lupa justamente a realidade comezinha, as coisas aparentemente desimportantes e, quando terminamos a leitura de mais uma crônica, nos damos conta de que são justamente essas que têm (ou deveriam ter) mais importância. As imperceptíveis dores do crescimento e do que nos faz crescer, sua maneira peculiar de contar seus anos de vida, o valor das atitudes, por menor que sejam, que temos para com os outros, as relações com o passado e com as gerações familiares que nos precedem e reflexões sobre os relacionamentos contemporâneos, a necessária tentativa de trazer leveza para a vida e a relevância da palavra para que o ser humano possa se conectar a outro ser humano. Está tudo aqui, neste livro que se lê com a urgência dos dias que vivemos.
A partir da epígrafe, já se pode notar a que veio o livro de crônicas de Marco Severo. Os escritores que eu matei é uma deliciosa leitura sobre o universo da literatura e suas descobertas, e também um livro que provoca com seu humor peculiar, que fala diretamente ao leitor através de seu estilo movediço, dinâmico, reflexivo. As crônicas – parte delas publicadas anteriormente em blogs na internet e retrabalhadas para este volume, aliadas a outras inéditas – são o resultado de quase quatro anos contribuindo com o pensar e o fazer literário, aqui elevados à potência máxima, culminando com seis novas crônicas escritas especialmente para esta nova edição revista e ampliada, e que atestam a vigorosa escrita do autor, que tem a capacidade de nos fazer querer caminhar com ele por este universo de encantamentos que é a literatura, virando página após página, seduzidos pelos labirintos da palavra. Dono de um estilo sagaz, ao criar uma obra a um só tempo incisiva e sensível, Marco Severo comprova que a literatura ganhou um cronista de mão cheia.