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O grupo étnico Jiripankó habita a zona rural do município de Pariconha, Sertão do estado de Alagoas. Desde a sua origem no século XIX, os seus membros têm recebido fortes influências do contexto regional, estabelecendo intensos contatos com os não-índios e realizando uma série de trocas de costumes sociais que os levaram a reelaboração de suas práticas culturais. Trata-se de um povo que construiu e ressignificou sua identidade a partir de sua relação com outros grupos étnicos e a sociedade nacional, marcando assim a produção da alteridade, delineada por um sistema simbólico vigente no interior da comunidade indígena. Essa obra é constituída por dois eixos discursivos: o...
This book aims to examine the nature of and resistance to gendered urban violence among Brazilian women in London and in the favelas of Maré, Rio de Janeiro. Drawing on the conceptualisation of translocational gendered urban violence framework, it highlights the importance of examining direct forms of gender-based violence across private, public and transnational spheres as interlinked with structural, symbolic and infrastructural violence. The book also explores the embodied and spatialised nature of gendered urban violence, explored through artistic engagements and arts-based methods. In developing a translocational feminist tracing methodological and epistemological approach across the social sciences and the arts, the book argues for the importance of a collaborative approach among academic, civil society organisations, artists and creative researchers with a view to engendering empathetic transformation to address gendered urban violence in the long-term.
Do ponto de vista etimológico, o termo “diálogo” resulta da fusão das palavras gregas dia e logos. Dia significa “por meio de”. Logos foi traduzida para o latim como ratio (razão). Mas têm vários outros significados, como “palavra”, “expressão”, “fala”, “verbo”. Dessa maneira, o diálogo é uma forma de fazer circular sentidos e significados. Isso quer dizer que quando o praticamos a palavra liga em vez de separar. Reúne em vez de dividir. Assim, o diálogo não é um instrumento que permite que as pessoas defendam e mantenham suas posições, como acontece na discussão e no debate. Sua prática está voltando para as ligações, para a formação de redes. Em última instância, a finalidade do diálogo é observar, participar e aprender pela compreensão. Por isso, no diálogo, a postura observadora é o princípio, o meio e o fim. Dialogar é antes de mais nada aprender a ouvir.
O presente trabalho se refere às religiões afro-brasileiras, tema amplamente pesquisado pelas ciências humanas, principalmente pela antropologia e sociologia. O tema do livro emergiu da dificuldade do nosso trabalho docente com a Lei 10.639/2003. Os estudantes apresentavam em sala de aula atitudes de recusa e preconceito quanto ao estudo, pesquisa e debate do aspecto religioso da temática “História e Cultura Afro-Brasileira” abordados nas aulas de sociologia e filosofia. O livro resulta do trabalho de pesquisa de mestrado intitulado “Representações sociais das religiões afro-brasileiras: o que pensam os estudantes das Escolas Estaduais de Referência da cidade do Recife”. Rea...
Luiz Carlos dos Santos, o caboclo de casco, autêntico filho da Viçosa das Alagoas, torrão em que, segundo o memorável historiador Alfredo Brandão em seu precioso livro: Viçosa de Alagoas - O Município e a cidade, 1914 -, foi habitado no início pelos índios caambembes, um ramo ou subtribo[1] dos caetés, que viviam em guerra encarniçada contra os cariris e outras tribos da nação tapuia, oriunda da caatinga do Sertão. Disputavam os nativos as excelentes terras, ricas em matas, frutos, caças e cursos d’água, onde em cujas margens habilmente dançavam seus rituais. Bardos a quem cabia inicialmente a tarefa de acompanhar os guerreiros caetés incitando-os ao combate, mas que, após uma reviravolta evolutiva, passaram a defender, diante das opções estratégicas de luta agressivas e destrutivas, o protagonismo do espírito criativo e da resistência pacífica. Alfredo Brandão afirma que caambembe é a currutela de caamemby, que significa em tupi, “mato de gaita ou de flautas”, instrumento muito usado pelos índios. Daí a aceitação dos conjuntos de pífano, uma espécie de flauta, entre a população local.
Uma vez que ninguém nasce racista, ou seja, torna-se racista, e ainda lembrando o que escreveu Nélson Mandela em sua autobiografia Longo caminho para a liberdade: “Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se podem aprender a odiar, elas podem ser ensinadas a amar”, sendo nossa tarefa como educadores/as na sociedade e professores/as nos espaços escolares atuar decididamente contra e para superação de todas as formas de racismos, as atitudes que oprimem, inferiorizem e condenem, sejam explicita ou veladamente, as diferenças socioculturais. Portanto, no atual momento político viven...
A Coletânea Educação, Política e Direitos Humanos é uma ação acadêmica do Grupo de Pesquisa: Educação, Inclusão Social e Direitos Humanos da Universidade Federal de Pernambuco. Em 2021 nosso grupo de pesquisa completou 10 anos de existência e assim, resolvemos publicar dois volumes em homenagem a estes anos de estrada. Por este grupo passaram professores e alunos da UFPE, pessoas da comunidade externa de Caruaru, cidades circunvizinha e de fora do Estado de Pernambuco. Este é um ano de comemoração e partilhas. Assim, apresentamos o volume três, composto de muitos artigos de áreas distintas que dialogam com os Direitos Humanos. Diferente dos volumes anteriormente, publicados optamos por um formato mais adequado aos interesses do leitor, para que possa buscar os temas na seção de sua escolha diretamente. Para que possa conhecer a publicação, em seguida, apresentamos as seções e os capítulos que compõem a nossa coletânea de aniversário, desejando uma excelente leitura e que os trabalhos aqui apresentados possam colaborar com o aprofundamento dos seus conhecimentos e dos estudos que o leitor e a leitora realizam.
O estudo sobre os quilombos contemporâneos no Brasil é fundamental para compreender o processo de luta dos povos negros em busca da cidadania. O contexto social de suas lutas possibilita um entendimento mais amplo da historicidade do negro, em especial, da virada do século XX para o século XXI. O propósito neste trabalho é fazer uma reflexão acerca dos remanescentes de quilombos do Povoado Tabacaria, situado na zona rural do município de Palmeira dos Índios/AL. Pretende-se compreender como as disputas de memórias e as construções identitárias são balizadas para o reconhecimento e conquistas territoriais dos povos herdeiros de escravizados que lutaram pela liberdade. O estudo so...
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