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Estas são memórias de um tempo em que a luz elétrica era um sonho, distante do interior. Até aqueles idos, o sertão era, à noite, o reflexo das chamas tênues de lamparinas corajosas, que enfrentavam uma escuridão que só temia o sol. São Lembranças de um sertão rural, de natureza parcimoniosa, pródiga em inebriar inocentes, com o cheiro da terra molhada e os prazeres dos banhos de rio e de sol e do abandono à brisa fresca, à sombra rara, aos amores. Reminiscências de sentimentos extremos. Da vontade de ficar ao impulso de nunca mais voltar. Da busca de vitórias impossíveis. De lutas das vidas todas. De alegrias e tragédias. De risos e lágrimas. De idas e vindas. São Recordações dos avós, dos pais, dos irmãos, dos amigos, da família, de marias e josés, das paisagens, das cores, de tudo. Memórias de um lugar outrora chamado Nazareth, que nosso carinho transformou em Nazarezinho, um espaço eterno a nos habitar, a nos unir e a nos separar. Estas memórias são uma parte indizível da saudade mais profunda de nós.
Pensar os “sertões”, sob um ponto de vista multímodo e articulado a outras experiências em termos de espaço, temporalidade e domínios constitui a proposta que norteia os capítulos deste livro. Distantes de uma perspectiva isolacionista, exótica ou inferior em relação aos vários campos produtores e enunciadores do conhecimento, estes sertões e outros mundos se afirmam como uma proposta clara de deslocamento das relações local/regional/global. Estas conexões estão presentes nas experiências de diferentes intelectuais, memorialistas, agentes, instituições e massa anônima frente aos dilemas sociais, políticos, culturais, ambientais, científicos e jurídicos, especialmente brasileiros, e, em alguns casos, correlacionados ao universo português.
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PLACAR: a maior revista brasileira de futebol. Notícias, perfis, entrevistas, fotos exclusivas.
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