You may have to Search all our reviewed books and magazines, click the sign up button below to create a free account.
As coisas não passam de coisas? Ou são coisas e alguma coisa mais? Cada coisa tem sua causa. E, por vezes, uma voz. Com queixas, alegrias, pensamentos ou histórias para contar... Este livro convida a ver cada coisa com olhos de ver, ou a escutar a sua voz com ouvidos de ouvir.
Entre registo autobiográfico e memorialístico, evocação e crónica, Porto, maneira de olhar é uma viagem pessoal por lugares marcantes de uma cidade marcante – por ação das gentes que nela vivem ou viveram, e que a fazem e a fizeram cidade, pela sua História, pela singularidade dos cenários e pelos artistas que a fizeram reverberar ao longo dos tempos. Mas este livro é também, aqui e acolá, uma revisitação de etapas peculiares da vida do próprio autor.
Num certo inverno, o Sol deixou de se levantar e o mundo cobriu-se de escuro e frio. Sem poder caçar, sem poder plantar, a família acreditou ter chegado o fim do mundo. Kianda pensou: «É preciso contar histórias às nossas crianças.»
None
Dádivas da natureza, os frutos são uma festa. A da boca que os saboreia, é certo. Mas também essoutra festa do tesouro de palavras, sempre vivo, que é a língua. Quem resiste a pronunciar e a escrever mirtilo, groselha, amora, romã? Por isso é que, em Sever do Vouga, pequeno país de frutos, é difícil resistir à poesia, tão próxima ela se encontra dos prodígios da natureza.
Na primeira parte deste livro, dirigida aos mais novos, as palavras entretem-se por vezes nos seus jogos de sons e de significados. Na segunda parte, disfarcadas de meninas serias, convidam leitores mais crescidos a partir com elas a descobrir mundos: o dia, a noite, os seres que os povoam. E assim procuram dar a ver o avesso de cada coisa ou de cada criatura, escondido no reverso de um verso ou de uma palavra. N?o foi sempre essa uma das ambic?es da poesia?
None
A casa da luz elétrica será a escuridão? E a areia sem-abrigo terá ela casa? Os livros possuem segunda habitação, de férias? E uma casa feita de cabelo, existe? Quando é que a bruxa má perde a casa? E o vampiro, muda às vezes de morada? Haverá coisa ou pessoa que não precise de casa, casinha ou casarão? Casario não falta neste livro de prosas pequeninas que desafia a pensar, e onde a diversão e a poesia dão as mãos