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Relicário reúne contos que mergulham no universo do desejo homoerótico. O livro é, na verdade, uma coletânea de confissões de alcova. Os textos apresentam o universo homoerótico masculino, mas não se restringem a isso: mostram que a libido, no fundo, também é atrair a atenção do outro (do mesmo sexo ou não), ser desejado por ele, compartilhar fantasias, desejos e projetos de vida.
Este livro analisa a configuração da noção de trópicos em determinadas produções textuais e visuais brasileiras do final do século XIX e do período de virada entre as décadas de 60 e 70 do século XX, abarcando tanto os discursos oficiais como as contranarrativas produzidas por escritores, artistas e intelectuais das respectivas épocas, tais como Sousândrade, Hélio Oiticica, José Agrippino de Paula e tantos outros. Seja no discurso oficial ou na contraparte artística, o elemento tropical foi posto em circulação para diversos fins, especialmente a serviço da afirmação – às vezes ambígua e oscilante – de certa contribuição brasileira no contexto das nações ocidentais consideradas de maior prestígio cultural, no caso as europeias, e diante do poderio industrial, político e econômico de nações como os Estados Unidos.
Meu país é um corpo que dói resulta de uma escrita em tempos difíceis, mas também testifica a força criativa e renovadora do pensamento e da arte. Diante da convergência de uma crise ambiental, humanitária e política, o fio do debate decolonial permite a costura de obras de artistas que problematizam processos ocidentais de objetificação da vida. O encontro da reflexão analítica com as artes, a literatura e o cinema latino-americanos proposto pelo ensaio torna incontornável reconhecer que a separação entre natureza e cultura está na base da violência infligida a povos e sujeitos cuja humanidade é cotidianamente contestada. No ensaio, a dor, materializada no corpo individual e social, emerge como matéria da escrita e força de insurgência.
Raízes do Brasil é um livro formador, tanto para a trajetória de seu autor, quanto para se pensar o país. Mas nem só de homem cordial vive um livro. A malha conceitual que sustenta a imaginação de Sérgio Buarque de Holanda é insuspeitadamente rica e diversa. A queda do aventureiro foi o primeiro livro (1999) inteiramente dedicado a entender Raízes do Brasil. Nesta nova edição, o texto original foi revisto, ensaios independentes foram acrescentados, e o resultado é um panorama não só do próprio Sérgio Buarque, mas de muitas das entradas e esquinas que permitem compreendê-lo. “Vinte anos se passaram desde que Pedro Meira Monteiro lançou sua notável interpretação de um t...
Este livro reúne, sob o tema das emoções e da persuasão, ensaios que extrapolam uma única área de pesquisa e mostram as conexões, na antiguidade, entre o que hoje se demarcou e se separou em departamentos ou mesmo faculdades distintas, como literatura e filosofia. Se a separação se fez necessária em certo momento histórico, e hoje se impõe devido à crescente especialização, ela não pode ser, ao nos debruçarmos sobre a antiguidade, tomada de modo estanque, sob o risco de, anacronicamente, comprometermos a compreensão de um fenômeno rico e complexo, a saber, a reflexão sobre o poder do lógos, a natureza das palavras e das coisas, bem como a função da atividade discursiva na construção da vida pública no período clássico grego.
“O que pode a literatura? Que horizontes ela é capaz de alcançar? Ou, mais especificamente, o que pode a literatura em um mundo em colapso, assombrado pelo aquecimento global, por pandemias, ascensão da extrema-direita, aumento da miséria, entre outras tragédias? Em suma, em uma realidade na qual tudo parece mais urgente que a literatura?”. Com essas perguntas, a escritora brasileira Carola Saavedra abre o primeiro livro de ensaios de sua já consolidada carreira como romancista. São questionamentos que dão base a todas as reflexões, notas biográficas e esboços ficcionais que compõem estas páginas. Através de uma escrita que incorpora a dinâmica de um “mundo desdobrável...
De fácil leitura, envolvente, com a sobriedade sempre clássica dos sonetos e a transcrição da reveladora Palavra de Deus, podendo ser usado também como Esboço de Sermões. 86 poemas. ArtPoem Edições. Sonetos cuidadosamente metrificados, com ritmo e rimas variadas (entrelaçadas ou opostas, alternadas, emparelhadas, etc.) onde destaca-se a sonoridade, o conteúdo, a inspiração, os temas, o conhecimento Bíblico e Literário.e a fluência do autor MSCF. Pautas= (a) Histórias e Personagens Bíblicos; (b) O Reino de Deus Revelado; (c) Oração, Louvor, Súplicas (Admoestações e Advertências; (d) O Reino de Deus Restaurado. * Campanha= Ajude 1 Orfanato, Mesmo no Anonimato! . Leia a Bíblia! (MSCF-IBSD-SASE) Leia a Bíblia! Leia bons livros! Enriqueça de Sabedoria!
O livro “O que é a arte” foi publicado originalmente em 2013, ano de falecimento do filósofo e crítico de arte Arthur Danto. Este livro, o último de sua longa carreira, encerra meio século de investigação filosófica sobre a arte, que começou com seu mais célebre artigo, “O mundo da arte”, publicado em 1964. Com a arte da década de 1960, mais especificamente, com sua epifania diante da Brillo Box de Andy Warhol, Danto compreendeu que a produção artística contemporânea colocava um legítimo problema filosófico: como diferenciar obras de arte de coisas banais? É possível encontrar uma definição para a arte que resista à arte contemporânea? Para Arthur Danto a resposta é positiva. Em sua perspectiva, a arte precisa ser um conceito fechado e definível, visto que ela é, de certa forma, algo universal.
Quando falamos em música falamos em remix e DJ. Quando falamos em audiovisual, falamos em montagem e mash-up. Para a arte contemporânea, o crítico Nicolas Bourriaud forjou o termo “pós-produção”, que aponta a tendência atual de obras que não são criações originais mas reciclagens ou reproposições de obras anteriores ou objetos pré-existentes. Em comum a esses campos e situações, os gestos de apropriação e deslocamento, consagrados pelos ready-mades de Marcel Duchamp e por outros artistas da vanguarda. Entretanto, no ambiente tecnológico contemporâneo, com seus estímulos e ferramentas específicos, a apropriação e o deslocamento adquirem novas facetas. A pergunta da...
Como narrar uma vida que não é mais a que conhecíamos? O que pode a ficção diante da perspectiva da nossa extinção por conta da mudança climática? Um ensaio investiga as relações entre o Antropoceno e a literatura; como Perto do coração selvagem, livro estreia de Clarice Lispector lançado há 80 anos, constela questões de obras posteriores da autora; em entrevista, Glicéria Tupinambá - liderança indígena da Serra do Padeiro (BA) - comenta a luta, a educação e a arte indígenas; no ano de 2023 há várias efemérides do chileno Roberto Bolaño (1953-2003) e um artigo discute a função de cenas de telefonemas interrompidos em sua ficção; brilhos e provocações de um livro que reúne estatísticas sobre publicações de autoria negra brasileira de 1859 a 2020, lançado pela Malê Editora.