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Falar sobre o processo de ensino e aprendizagem, neste momento, exige-nos dois aspectos preponderantes para a reflexão: nosso lugar de fala e nosso percurso de formação. Tais questões se entrelaçam de tal forma que conceber um em detrimento do outro seria o mesmo que perceber o mundo material apenas pela lente dos acontecimentos in loco, desprezando nossas vivências como produtos socioculturais, frutos do acúmulo de construções, tecidas pela sobreposição temporal das grossas camadas da História. Em pleno século XXI, os cenários educacionais se transfiguram com a mesma rapidez dos avanços tecnológicos e da ciência, impondo aos profissionais de educação a ressignificação d...
Em busca de uma história da formação de professores na Escola Normal do Rio Grande de Sul, a autora apresenta a trajetória da Escola Normal em Porto Alegre/Rio Grande do Sul entre os anos de 1922 – 1931, período em que a revista O Estudo era circulado, sendo um impresso diferenciado, produzido por alunas e futuras professoras, onde pode considerá-las intelectuais de uma época em que não havia muitas escritoras do gênero feminino. Neste livro, Fernanda Plaza Grespan busca compreender por meio dos dados e informações contidos nos exemplares da revista, a ênfase dada aos saberes para professores como sujeitos na revista, enfatizando a feminização do magistério.
Escrita por muitas mãos, a presente obra é uma coletânea que reúne 14 capítulos em torno da temática do ensino de filosofia. Colaboraram, com sua tessitura, professores/as e pesquisadores/as para os quais ensinar filosofia é um problema filosófico genuíno, pois consideram que é pensando as relações da filosofia e seu ensino que também temos condições de problematizar nossa formação e atuação como professores/as de filosofia e filósofos/as na contemporaneidade. Se o ensino de filosofia representa o pano de fundo dos capítulos, o fio condutor são as experiências vivenciadas no comum do Grupo de Estudo e Pesquisa sobre o Ensino de filosofia (ENFILO). A obra foi dividida e...
A valorização orgulhosa dos particularismos culturais no campo educativo está longe de se constituir como um paradigma isento de problemas a serem pensados pelos educadores, e é justamente essa fraqueza da agenda pós-moderna que Renata Peres Barbosa se propõe apresentar e tensionar intelectualmente. Para esse objetivo, a autora conta com um instrumental teórico muito consistente, que se baseia nas reflexões dos filósofos da Escola de Frankfurt, em especial Theodor Adorno, que é um de seus mais importantes pensadores. O argumento central da autora consiste na tese de que a pós-modernidade, em sua atividade febril de contestar a universalidade ocidental, acabou produzindo efeitos irracionalistas, dadas suas tendências de fetichização da diferença como núcleo incontestável de libertação dos particularismos reprimidos. A partir da perspectiva de Adorno, Renata expõe a necessidade de uma confrontação dialética entre as particularidades culturais e os conceitos universais, com o objetivo de preservar a diferença em sua condição de não-identidade.
A ditadura do capital financeiro tem produzido consequências nefastas para a educação da classe trabalhadora. Essa nova forma de ditadura – chamada pelos intelectuais da direita de globalização ou sociedade do conhecimento – permite aos grandes grupos educacionais faturar milhões de dólares diariamente no setor educacional, além obviamente de reproduzir os valores do modo de produção capitalista. No caso brasileiro, a ditadura empresarial-militar se metamorfoseou em ditadura do capital financeiro. Ainda que as lutas sociais e educacionais dos anos 1980 tenham sido intensas, as rédeas da transição não saíram das mãos da burguesia e dos militares, bloqueando a “redemocrat...
Além de ocupar, resistir e produzir, as mulheres do MST vêm travando uma dura “luta dentro da luta” para superar o machismo e promover a igualdade de gênero. A educação de gênero nas escolas do movimento, combinada com lutas travadas especialmente pelas mulheres nas assembleias, nas cooperativas e associações, nos assentamentos, além da participação igualitária nas decisões estratégicas do movimento têm contribuído a construção de novas relações sociais e de gênero. O patriarcalismo é anterior ao modo de produção capitalista, mas certamente o capitalismo aprofundou as diferenças entre homens e mulheres, entre povos e etnias, e já está cientificamente provado qu...
Na obra, a brincadeira se fortalece como objeto de estudos e como guia para movimentos essenciais nos processos vitais à constituição da inteligência e da personalidade na infância, configurando bases fundamentais à aprendizagem da linguagem escrita em sua vivacidade. Trata-se de uma composição textual potencializadora de debates necessários em torno do papel social da escola dedicada à criança pequena – particularmente aquela em idade pré-escolar, dos lugares de seus agentes intelectuais (equipe, professoras e professores e outros profissionais atuantes no ambiente escolar) e da criança no ambiente educativo. No seio das discussões firmam-se avanços científicos e político...
Este livro consiste em uma coletânea de artigos científicos, elaborados ao longo de uma pesquisa que buscou responder ao seguinte problema: como os Direitos Humanos são abordados em telejornais das emissoras abertas do Brasil? Após realizarmos análise de telejornais de cinco emissoras abertas brasileiras, chegamos à conclusão de que os noticiários televisivos não abordam os Direitos Humanos e, quando abordam, é de maneira pouco educativa. A Educação em Direitos Humanos, por meio da mídia, não é a única forma de combater o preconceito e a ignorância, mas é uma via importante, já que tem capacidade de atingir grande parte da população. A ausência de discussões sobre os Direitos Humanos contribui para que as pessoas não conheçam seus direitos e não possam reivindicar aquilo que lhes é assegurado.