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"A necessidade de se pensar o cinema do ponto de vista da filosofia está vinculada à urgência de reconquista do sentido mais fundamental do filme na vida contemporânea. Decorridos mais de um século depois da invenção do cinema, é possível dizer, sem maiores rodeios, que o filme, de um modo geral, caiu nos últimos tempos em uma espécie de crise. É como se, passados mais de cem anos das primeiras experiências cinematográficas, a pergunta pela essência do cinema se fizesse mais urgente do que nunca."
Este livro de Flávio René Kothe discute questões centrais da Teoria Literária, num diálogo com a Filosofia e diferentes áreas de conhecimento, com uma opção clara pela dimensão teórica, mas que pensa concretamente a história e a arte. Examina o contato entre diferentes sistemas de signos. Presta atenção ao panorama acadêmico do país, mas está aberto aos embates teóricos mais relevantes e se mostra atualizado com o que se passa no mundo. É uma obra que veio para ficar, um clássico contemporâneo.
Este livro é fruto de uma pesquisa minuciosa sobre um dos escritores mais consagrados do século vinte: Jorge Luis Borges. Trata-se da análise de três contos borgianos: "La escritura del Dios", "El milagro secreto" e "Deutsches Requiem". Com base na tese de Theodor Adorno, da Escola de Frankfurt, da situação da literatura "após Auschwitz", o autor identifica, nos três contos de Borges elencados para análise, dois extremos da civilização ocidental inseparáveis da produção sistemática de barbárie. O primeiro momento é o da expansão colonial europeia, com um saldo de milhões de mortos na fundação do Novo Mundo. "La escritura del Dios" dá voz a um sacerdote pré-colombiano q...
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