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For Theory is an invitation to review the impact of neoliberalization on critical thinking and a call to recover the momentum of theoretical production capable of sustaining better analyses of the conjuncture for an emancipatory strategy. Relying on the tradition of Althusserian studies, the book discusses the political, technocratic, neo-anarchist and reformist drifts of Latin American leftist thought and thus raises the need to advance in a materialistic and pluralistic conceptualization of historical time and to develop the category of overdetermination. It does so by focusing on the theory of reproduction and in a complex consideration of the concept of class struggle, in order to dispute the future with the dominant ideology that imposes a regime of presentist temporality, discouraging any emancipatory imagination of the future.
Em A identidade: escolha ou destino?, a voz de Luis Izcovich se faz ouvir pela transmissão da psicanálise em intensão. Explico-me: ao dedicar-se à psicanálise em extensão, é claro que trata da psicanálise em intensão. Não há psicanálise que não seja a prática inventada por Freud. É, portanto, a prática clínica que fica evidente na transmissão de Luis. Quando o ouvimos, quando o lemos, é em sua reflexão que somos convidados a participar. Lê-se, ouve-se, o psicanalista. Sua voz convoca. Ao longo dessas páginas, ele convoca a refletir sobre a prática analítica, sobre a queda das identificações em análise e o processo de criação de uma identidade que conte com o furo do real. Uma identidade pela qual o sujeito possa fazer-se nome, servindo-se dela.
Mario Eduardo Costa Pereira escreve sobre o sono, o dormir e o sonhar a partir de uma perspectiva que vai muito além da função biológica associada ao repouso físico. Enquanto psiquiatra e psicanalista, escuta em sua prática clínica diversas queixas sobre as dificuldades para dormir, com o consequente alto consumo de fármacos para tratá-las. Amparado na tradição psicanalítica, Costa Pereira desenvolve a tese de que o sono é uma experiência erótica na qual o abandonar-se ao desconhecido está em jogo. Dormir é despojar-se das vestes diárias, das amarras do dia a dia, abandonar a necessidade de controle e confiar em que as possibilidades do desconhecido não são ameaçadoras. ...
Em "Agora sou Medeia: não existe vingança sem ódio", Andréa Brunetto aborda paixões intensas. Ao ler essas páginas, mergulhamos em uma escrita que vai muito além do conhecido filicídio. A autora analisa minuciosamente, com exímio manejo da teoria psicanalítica de Freud e Lacan, o amor de Medeia por Jasão, o assassinato de seu irmão, o engano do pai, a perda do objeto amado, o ódio e o desterro. Ainda mais, a psicanalista Andréa retorna a Freud e, com sua leitura atenta, analisa a presença da vingança em seus casos clínicos. Portanto, mais que um livro de análise da tragédia grega, "Agora sou Medeia" é uma obra clínica na qual as principais questões ditas no divã do analista são retomadas à luz dessa peça.
Em Psicanálise em teoria e prática, Rainer Melo mostra em cada caso clínico que nos apresenta sua escuta afinada, seu desejo de analista e sua direção do tratamento. Sua condução das análises apoia-se nos preceitos de Freud e Lacan e no alcance da psicanálise em intensão. Debate a histeria, a neurose obsessiva, a perversão e a psicose, mostrando-nos em sua clínica, o que Lacan chamou as estruturas clínicas, e Freud, os tipos clínicos. Além disso, deixa clara a direção do tratamento escrevendo sobre o materno e o feminino, a clínica com crianças, o gozo, o amor e o real. Seu livro é fruto de uma escrita que vinha sendo mantida por longos anos, de apresentação de trabalhos nos encontros nacionais e internacionais do Campo Lacaniano desde sua fundação.
Patricia Gherovici não tem compromisso com ortodoxias ou preconceitos calcificados. Essa disposição, que o leitor sentirá do começo ao fim desde "Transgênero: Lacan e a diferença dos sexos", vem acompanhada de sua vasta experiência clínica como psicanalista e de seu conhecimento atualizado da cultura contemporânea. Gherovici dá ouvido às críticas que denunciaram a normatividade de uma certa psicanálise, mas também resgata autores e conceitos que tornaram uma outra clínica, aquela digna de seu nome, apta à escuta e à cura. A autora nos convida ao reconhecimento da experiência de sofrimento de sujeitos cuja questão fundamental é a vida ou a morte. Transgênero é um livro que busca alcançar o horizonte da subjetividade de nossa época.
A francesa Colette Soler, uma referência internacional em psicanálise, escreve sobre a questão dos afetos desde a teoria lacaniana. Para alcançar este objetivo, ela retoma a Filosofia e, em seguida, a teoria desenvolvida pelo pai da psicanálise, Sigmund Freud. Os afetos são aquilo que da linguagem transforma o corpo. Tem toda a intensidade daquilo que ultrapassa qualquer controle. Nesse âmago entra a angústia (as crises de pânico modernas), as paixões, o ódio etc. Trata-se de uma obra fundamental para a compreensão da abordagem lacaniana ao tema.
O feminino e seus avatares surge após dois eventos realizados por psicanalistas do Mato Grosso do Sul com essa temática. O livro é composto por textos que abordam a questão da feminilidade, do feminino, do ser mulher desde várias perspectivas. Vê-se posto em ato, a cada artigo, o plural indicado no título. Os escritos que dão corpo a essa obra fazem esvoaçar os véus movimentados pelo vento das letras das autoras e dos autores que ousaram pensar sobre aquela que é enigma freudiano. O feminino, suas aflições, seus enigmas, o não-todo, o Outro, a violência, os enlaces do amor, do desejo, do gozo permeiam as investigações dos trabalhos desenvolvidos nessas páginas. As aflições femininas estão presentes desde a existência da humanidade, a cada época a sociedade articula um discurso na tentativa de nomear o feminino.
A argumentação plural sustentada ao longo do livro tensiona os próprios limites textuais e reafirma que não há como alinhar de forma única psicanálise e estudos de gênero, bem como não há um problema comum que as constitua, seja como teoria, seja como performance. Trata-se sempre de uma invenção em torno de um ponto, em que os mal-entendidos, os ruídos presentes nesse diálogo e nessa contenda, são inúmeros; ou infinitos, diria Borges, porque se bifurcam.
Em O Diabo e suas máscaras, Andréa, psicanalista dedicada, é acompanhada por sua sólida formação teórica nos textos de Freud e Lacan e por sua prática clínica ao escrever cada palavra dessa obra. Com ela, contamos com Virgílio, que conduz Dante ao Inferno; para chegar com Orfeu ao Hades, vemos Eurídice virar pó, nos assustamos com a cabeça de camelo de Cazotte só para nos deixar seduzir por Biondetta. Aportamos em Fausto e sua necromancia,a campamos no pátio do castelo dinamarquês para, com a aparição do fantasma do rei morto, seguir com Hamlet os impasses do sujeito frete ao próprio desejo. É Andréa nosso Daímôn enquanto lemos seus parágrafos? Andréa Brunetto inquieta-nos e nos faz seguir, ela se faz voz. É a sua voz, com seu sotaque e suas expressões, que reverbera e faz virar as páginas, avançando pelos capítulos.