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Tramps, lazy, cheaters. Expressions like these were widely used by several masters in view of the multiple forms of transgressions committed by slaves. This type of (dis) qualification gained an even stronger contour in properties controlled by religious orders, which tried to impose moralizing measures on the enslaved population. In this book, the reader will come across a peculiar form of management, highly centralized and commanded by one of the most important religious corporations in Brazil: the Order of Saint Benedict. The Institutional Paternalism built by this institution throughout the 18th and 19th centuries was able to stimulate, among the enslaved, the yearning for freedom and au...
This groundbreaking study tells the story of the highly organised, international legal court case for the abolition of slavery spearheaded by Prince Lourenço da Silva Mendonça in the seventeenth century. The case, presented before the Vatican, called for the freedom of all enslaved people and other oppressed groups. This included New Christians (Jews converted to Christianity) and Indigenous Americans in the Atlantic World, and Black Christians from confraternities in Angola, Brazil, Portugal and Spain. Abolition debate is generally believed to have been dominated by white Europeans in the eighteenth century. By centring African agency, José Lingna Nafafé offers a new perspective on the abolition movement, showing, for the first time, how the legal debate was begun not by Europeans, but by Africans. In the first book of its kind, Lingna Nafafé underscores the exceptionally complex nature of the African liberation struggle, and demystifies the common knowledge and accepted wisdom surrounding African slavery.
The newest volume of the benchmark bibliography of Latin American studies.
This collection offers readers a guide to analyzing historical texts and objects using a diverse selection of sources in early modern medicine. It provides an array of interpretive strategies while also highlighting new trends in the field. Each chapter serves as a study of a different type of source, including the benefits and limitations of that source and what it can reveal about the history of medicine. Contributors provide practical strategies for locating and interpreting sources, putting texts and objects into conversation, and explaining potential contradictions. A wide variety of sources, including account books, legal records, and personal letters, provide new opportunities for und...
A escravidão de africanos na colônia portuguesa da América foi a mais volumosa e duradoura do Ocidente. Ao partir da tríade pano, pau e pão, imortalizada pelo inaciano setecentista Andreoni (Antonil), a historiadora Ana Carolina de Carvalho Viotti descortina alguns dos consensos fundamentais estabelecidos à época sobre o trato dos escravos. A escravidão parece, quando vista dos séculos XX, XXI, tão bárbara, tão brutal e cruel que custa-nos crer que se tratava, para a sociedade que se consolidou na América Portuguesa ao longo dos séculos XVI, XVII e XVIII, de uma prática familiar, estável e, sobretudo, bastante regulada. É isto que vem nos lembrar este instigante Pano, Pau e Pão: Escravos no Brasil Colônia. A escravidão, ao contrário do que frequentemente a indignação e um certo anacronismo nos levam a pensar, não é o reino do arbítrio, do imprevisível e do capricho do senhor; na verdade, a escravidão tinha regras estáveis. Este livro é uma porta de entrada para esse universo de regras e prescrições que tornou tão previsível, natural e prosaica uma forma de vida que, aos olhos contemporâneos, parece irracional, instável e quase inumana.
Este livro trata do universo musical do compositor Elpídio dos Santos (1909-1970), com direcionamento para o gênero cancional caipira, área na qual obteve maior reconhecimento durante sua trajetória. Ele concebeu, ao longo de quatro décadas de atividade, cerca de mil obras nos mais variados gêneros, figurando entre os principais: caipira, samba, choro, valsa, baião, marchinha e samba-canção, embora apenas cerca de setenta canções tenha sido gravadas. Notabilizou-se principalmente entre as décadas de 1950 e 1960, ao compor diversas trilhas musicais para filmes de Mazzaropi, tendo sido o compositor preferido do cineasta para essa finalidade. Além de apresentar a obra do compositor, de modo geral, a pesquisa também busca situá-lo no cenário musical de seu tempo e determinar sua atuação como criador de canções de temática caipira em diferentes estilos do gênero. Assim, ao tratar desses temas, a proposta busca valorizar e preservar a memória do compositor, trazendo à luz uma visão geral de seu discurso poético-musical, bem como dirigir o olhar para a relevância cultural da música caipira para nosso povo.
Este livro relata a história do espólio de Nietzsche desde o colapso psíquico em 3 de janeiro de 1889: dos últimos rascunhos, reunidos com tristeza em Turim, onde ele passou os últimos dias de lucidez, do que estava com o editor aguardando a liberação para a impressão, dos inúmeros manuscritos com anotações, ideias, projetos, intenções, sobretudo para uma obra jamais escrita, destinada a ser redigida ou talvez perdida. É a história de suas obras, suas cartas, sua biblioteca, mas em especial do que ficou por fazer, como ocorre sempre que o destino, de improviso, corta os fios de uma vida fecunda. Este livro conta essa história, rica em personagens e atraente como um romance, passando com frequência a palavra aos próprios protagonistas.
A coletânea assume o desafio de debater uma questão fulcral da civilização ocidental: os sustentáculos de uma moral cristã transplantada, dirigida ao mesmo tempo aos cuidados com o corpo e à saúde da alma, e que de una se faz múltipla ao avançar por territórios diversos e ao longo do tempo. Os capítulos reunidos adentram a seara dos códigos de comportamento, dos juízos moralizantes envolvendo povos desconhecidos e das práticas e instituições de provisão de cura e de aprimoramento das condutas. Dividido em três partes, o livro alicerça-se em torno de três ações que organizam o universo da moralidade entre o velho e o novo mundo: pensar, ver e corrigir.
Pouco conhecido, montuoso e emboscado: Poder e economia no Sertão do Macacu – 1786 a 1790 é fruto da pesquisa de doutoramento do autor. Sua originalidade se dá devido às fontes utilizadas, em especial a "Correspondência e documentos relativos às novas minas de Macacu, do Rio de Janeiro, 1786 – 1790," existente na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro.
Guerreando, comerciando ou missionando, navegando, viajando ou praticando a diplomacia, os portugueses de Quinhentos não podiam nem queriam alhear-se da “conversação” (comunicação) com os “outros”. Observavam-nos física e culturalmente, procuravam saber deles (olhando, escutando ou lendo) o mais possível. Por simples curiosidade cultural, bem própria do espírito Renascentista de então? Sem dúvida, a que acrescia, entre nós, o interesse pré-científico ou a formação de um “humanismo prático”, já desdobrado em surpreendentes técnicas e interessantes saberes. Mas também o faziam por “dever”, tal como lho exigiam os interesses da Coroa/Estado, da Igreja e da Nação, numa tridimensionalidade que se ia concretizando em Império Moderno.