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Em Lupicínio: uma biografia musical, Arthur de Faria mergulha em boas histórias que percorrem a vida do compositor: a infância no bairro da Ilhota, em Porto Alegre, a rotina boêmia e doméstica de Lupi, encontros memoráveis com Elis Regina, Elza Soares, João Gilberto e Caetano Veloso, e os bastidores de composições como "Se acaso você chegasse", "Nervos de aço", "Vingança" e "Cadeira vazia". A trajetória de Lupicínio Rodrigues, um compositor negro de classe média-baixa no sul do Brasil, é contada no contexto da censura na Era Vargas, do nascimento do samba e da música regional. Em marcos de celebração e esquecimento, a vida e a obra de Lupi se entrelaçam entre os depoimentos de parceiros musicais, amigos e familiares e as análises cuidadosas do autor sobre a genialidade das letras e melodias desse gigante da música popular brasileira.
"Da sempre tua" é uma correspondência entre C. e D., personagens da escritora Claudia Tajes e da psicanalista Diana Corso — que ora coincidem, ora se diferenciam das autoras. As duas embarcam numa conversa franca, carinhosa e bem-humorada em que relembram pequenas tragédias, exorcizam dramas e riem de si mesmas. As cartas revelam uma crescente intimidade que dá corpo-palavra à experiência compartilhada de ser mulher. Em certa medida, C. e D. são as autoras e também são cada uma das leitoras que as encontrarem nessas páginas. Entre ficção e relato pessoal, a troca entre amigas explora temas como culpa, envelhecimento, ciladas amorosas, memórias de vidas onde cabem dor, encantamento, neurose, graça e mistério. Um ensaio de Diana Corso fecha o volume, costurando o laço entre as personagens à importância íntima e coletiva das amizades femininas ao longo da história. Este livro é uma celebração profunda e afirmativa do vínculo entre mulheres, espaço afetivo de cuidado, partilha e acolhimento.
Este não é um livro sobre corrida, embora se passe entre treinos e competições. É sobre gente. Na verdade, um tipo muito especial de gente. O esporte é o pano de fundo, mas o que está em jogo é muito mais do que isso. São histórias de competição, superação e camaradagem. Em outubro de 2006, o empresário Amílcar Lopes Jr., o Portuga, realizou um feito memorável ao completar a Maratona de Chicago em 2 horas 43 minutos e 50 segundos. A marca, extraordinária para um amador, fez dele uma espécie de lenda no circuito dos corredores de rua de São Paulo. Desde aquele momento, Portuga se tornou o homem a ser batido. O circuito das maiores maratonas do mundo - Berlim, Boston, Chicago, Nova York e Paris - é o cenário ideal para a busca pelo recorde. Lelo, Guto e Tomás correm o mundo, literalmente, para derrubar o Portuga. A esse grupo junta-se mais tarde Felipe Wright e sua obsessão em terminar uma maratona abaixo de 3 horas. E ele chegou lá, com a ajuda de um amigo capaz de um gesto de pura e comovente nobreza. Nesta edição ampliada, Sérgio Xavier Filho revela como ficou a vida de cada um dos personagens 13 anos depois do "Desafio do Portuga".
Aliando sensibilidade, análise e engajamento, a premiada jornalista Fabiana Moraes articula críticas, propostas e reflexões sobre as relações discursivas do jornalismo com grupos sociais historicamente oprimidos. A autora dá lugar central à pauta, a coluna vertebral da notícia, que reflete e produz olhares sobre as coisas do mundo, situada em um contexto atravessado por hierarquias de gênero, raça, classe social e origem geográfica. Reconhecendo o campo jornalístico como partícipe de narrativas que transformam diferenças em desigualdades, Fabiana investiga caminhos de ruptura com os modos colonizados pelos quais o jornalismo atua desde o século 19; e defende o jornalismo de su...
Em "O dia depois de amanhã", o jornalista Alexandre Teixeira conduz uma profunda reflexão sobre o presente do trabalho e as transformações aceleradas pela pandemia da Covid-19. Três anos depois da explosão da maior crise de saúde pública do século, o autor apresenta um panorama abrangente da disputa entre três correntes de pensamento. De um lado estão os defensores do trabalho remoto e sem fronteiras. Em outra ponta há o modelo "Híbrido 1.0", que propõe uma combinação padronizada entre dias de trabalho no escritório e em casa. Por fim, há a corrente que busca o retorno ao modelo totalmente presencial pré-pandemia. Conciliando síntese informativa e profundidade crítica, Alexandre Teixeira não se limita a documentar as mudanças desencadeadas pela pandemia no mundo do trabalho, mas também articula argumentos sólidos em favor da modernização das relações profissionais. O autor reitera que "não há nem haverá modelo de trabalho de tamanho único" e propõe o Design de Experiências de Trabalho para criar alternativas híbridas sob medida para cada time em cada organização, apostando na construção de futuros adaptados a necessidades individuais.
Public involvement has the power to promote an active circulation of media content and can generate economic and cultural value for organizations. The current perspectives on interactions between audiences, organizations, and content production suggests a relational logic between audiences and media through new productivity proposals. In this sense, it is interesting to observe the reasoning of audience experience through the concepts of interactivity and participation. However, there is a gap between the intentions of communication professionals and their organizations and the effective circulation and content retention among the audiences of interest, as well as the distinction between informing and communicating. Navigating Digital Communication and Challenges for Organizations discusses communication research with a focus on organizational communication that includes a range of methods, strategies, and viewpoints on digital communication. Covering a range of topics such as internal communication and public relations, this reference work is ideal for researchers, academicians, policymakers, business owners, practitioners, instructors, and students.
Quais são as reflexões, as emoções e os movimentos que os filmes produzem em nós? Partindo justamente das perguntas, e não das respostas, o jornalista Ticiano Osório convida o leitor a ampliar sua percepção do cinema. Cada texto de Anotações no escuro começa com uma indagação motivada pelo encontro do autor com 50 filmes marcantes. Nessa jornada, Ticiano vai do Senegal ao México, da Dinamarca à Colômbia, do sertão de Pernambuco a uma ilha deserta na França, da antiga Hollywood à reconstruída Hiroshima. O resultado é uma conversa bem-informada sobre o universo cinematográfico, com entusiasmo e sensibilidade. Uma crônica de amor ao cinema.
Durante séculos, pessoas neurodivergentes foram submetidas a julgamentos morais, confinamento e violência. Em "Ninguém é normal: como a cultura criou o estigma do transtorno mental", Roy Richard Grinker entrelaça os fios culturais e históricos que nos trouxeram até um momento em que os transtornos mentais e o sofrimento emocional se tornaram aspectos mais aceitos e visíveis da diversidade humana. Antropólogo e pesquisador, o autor narra e debate os progressos e contratempos da luta contra o estigma: as brutais práticas psiquiátricas do século 18, o surgimento da psicanálise, o surpreendente legado das guerras, a relação de povos não ocidentais com a neurodiversidade e a próp...
No imaginário tradicional, as musas ocupam o lugar de figuras passivas, impotentes, à mercê de artistas influentes e mais velhos. Mas será que esse clichê se sustenta? Ao iluminar as vidas de mulheres e homens retratados em algumas das obras mais conhecidas da história da arte, Ruth Millington desmonta esse estereótipo e revela as relações complexas entre os dois lados do cavalete de pintura. Longe de posarem em silêncio, as musas proporcionaram apoio emocional, energia intelectual e criatividade em uma relação ativa de troca com artistas de diferentes tempos e expressões, sejam eles pintores, fotógrafos ou performers. Do estúdio de Leonardo da Vinci às capas da Vogue, da Moça com brinco de pérola a Beyoncé, Musa conta as histórias reais das pessoas que inspiraram obras-primas, situando o retrato como uma aliança consensual de colaboração e reenquadrando a musa como agente ativa na construção da obra de arte.
Em "Ter medo de quê?", a premiada jornalista Fabiana Moraes articula denúncia e beleza como método para fazer frente a uma realidade que se mostra cruel com toda forma de diferença. Frutos de observação livre, pesquisa e exercícios atentos de escuta, os artigos que compõem esta coletânea resultam de seis anos de contribuição da autora como colunista para veículos de imprensa como Intercept Brasil, UOL, piauí e Gama. Fabiana dispara debates tanto a partir das manchetes políticas quanto do cotidiano de um Brasil "alquebrado, bonito, perverso e desigual", onde a fome, as jornadas de trabalho exaustivas, a plataformização da vida e o recrudescimento da extrema-direita se sobrepõem em arranjos devastadores. Armada com a delicadeza decidida de quem insiste em resistir, ela faz da escrita um espaço para respirar, sustentar a complexidade e espalhar deslumbramento e horizonte a quem teve esses e tantos outros direitos historicamente negados.