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Esta coletânea foi organizada a partir de um seminário internacional, realizado no final de 2017, no IFCH/UNICAMP, no âmbito do projeto temático da FAPESP Contradições do trabalho no Brasil atual: formalização, terceirização, precariedade e regulação. O seminário buscou discutir questões que foram centrais para a pesquisa e que, ao mesmo tempo, estavam muito candentes naquela conjuntura. Foram discutidos temas relacionados às reformas trabalhistas em curso na América Latina, às tendências do sindicalismo, às novas experiências do trabalho, em termos de gestão e precarização do trabalho, e às perspectivas para o futuro do trabalho na América Latina e nos países ocidentais de maneira geral.
Esta coletânea propõe pensar a etnografia como um engajamento coletivo que se conecta ativamente com experimentações que, expressas em lutas sociais, defendem a multiplicidade e coexistência de modos de vida e, assim, reagem aos efeitos do capitalismo. Alguns dos textos se engajam com as experimentações que resistem aos cercamentos no norte de Moçambique e de Minas Gerais, nos campos de Roraima e nos rios do Xingu. Ainda, outros fazem ver novas colaborações e alianças tecidas a partir da ocupação de ruínas capitalistas, no cerrado mineiro marcado pelo agronegócio, nas águas barradas do rio Iratapuru e nas terras dos quilombolas no Vale do Ribeira.
No encanto dos passarinhos: canções para cantar, dançar, tocar e brincar é um livro audiovisual, com muitas músicas, pinturas e passarinhos. A beleza do canto das aves brasileiras tornou-se tema para o projeto artístico, formado pelas aquarelas de Solange Lopes, os textos de Ilza Zenker Joly e os arranjos e partituras de Lucas Joly e Vinicius Sampaio. Assim reúnem-se canções da cultura popular brasileira, arranjos musicais que deram novas cores e ritmos a essas cantigas, além de belíssimas ilustrações que auxiliam a conhecer melhor os protagonistas do livro: os passarinhos. Cada pequeno capítulo aborda uma canção, traz a partitura, a ilustração do passarinho e ainda informações sobre o estilo musical, sobre os hábitos do passarinho, e sugere uma atividade a ser desenvolvida com a canção. Cada uma das canções pode ser ouvida na interpretação de artistas de São Carlos e região. Trata-se de um livro para crianças, jovens, adultos, pais, avós e educadores. Maxixes, guarânias, valsas brasileiras, samba, reggae, rock e outros estilos musicais mostram a beleza dos pássaros e da cultura brasileira.
Em Análise do discurso político, Jean-Jacques Courtine trabalha primorosamente a articulação entre a língua e a história. O tratamento de enunciados do discurso comunista de aliança endereçado aos cristãos permitiu ao autor forjar conceitos capitais para a Análise do discurso, como os de "enunciado dividido" e de "memória discursiva". A partir das reflexões e análises de Courtine, o leitor constatará que, na língua e na história, a fala cristã apresentou-se, em diferentes contextos, como discurso de polêmica e de contrato para a própria constituição do discurso comunista. As vozes do discurso cristão surgem, nos enunciados comunistas, como fala e silêncio, como memória e esquecimento. Atenta à contradição constitutiva dos discursos, a obra de Courtine faz convergir a teoria do discurso com os postulados da arqueologia de Michel Foucault e demonstra que as formações discursivas são frequentadas pela alteridade, cuja presença se dá sob a forma da repetição e da reformulação, da inscrição duradoura ou do apagamento repentino.
O livro tem como alvo alunos do ensino médio e estudantes do primeiro ano de qualquer modalidade de engenharia. O texto é simples e dirigido a esses tipos de leitores, com a finalidade de despertá-los para a área dos materiais tecnológicos, sejam eles de natureza cerâmica, metálica ou polimérica, além dos compósitos. Os 19 capítulos do livro formam um conjunto de assuntos que vão desde as características de um curso de graduação em Engenharia de Materiais até a reciclagem de materiais, passando pelos materiais para impressão 3D e outros interessantíssimos temas sobre materiais e sua engenharia. Descrevem-se também as características dos materiais e como eles são processados.
Viver e conviver nas duas margens do Atlântico (séculos XIII-XIX) discute aspectos diversos relativos aos valores – os comuns e os divergentes – que, no mundo luso-brasileiro, orientaram a vida dos indivíduos e das sociedades, conduziram suas tomadas de decisão e nortearam seus modos de devoção, de propagar conhecimentos, de governar e, sobretudo, de criar e manter instituições. Dos efeitos imprevistos das ações individuais às formalizações institucionais de comportamentos amplamente pactuadas, o panorama que se procura colocar diante do leitor é amplo e detalhado, sempre com o intuito de oferecer-lhe subsídios para que possa compreender melhor como se constituiu e como se manteve no tempo a sociedade em que vive. A obra reúne investigadores de dois grupos de pesquisa – Raízes Medievais do Brasil Moderno e Escritos sobre os Novos Mundos –, que, por caminhos variados, há mais de uma década procuram traçar a história dos pactos e códigos morais vigentes no Brasil e em Portugal entre os séculos XIII e XIX.
Políticas de formação técnica e tecnológica no contexto da internacionalização da educação é consequência de uma trajetória de pesquisa que se deteve na importância das instituições para a configuração da política educacional, mais especificamente a voltada à EPT frente aos desafios da internacionalização da educação. Propõe a apresentação dos debates e resultados obtidos a partir do projeto de pesquisa apoiado pela FAPESP, de título homônimo, realizado entre 2018 e 2020, em que foram estudadas três instituições de ensino: CEETEPS (São Paulo), IFSULDEMINAS (Minas Gerais) e IFSP (São Paulo), considerando sobretudo o período de expansão destas redes a partir dos anos 2000.
O que faz de nós, profissionais dos campos da saúde e da educação, nos sentirmos tão necessários à vida das pessoas a ponto de ignorarmos quando elas não querem a nossa "ajuda"? Como saber se o que as pessoas demandam de nós coincide com o que elas realmente necessitam? E, afinal, quando nem a sensibilidade de ouvir, nem a comunicação estão presentes e as pessoas "nos mandam de volta para os nossos lares"; como interpretamos este recado? O livro busca a reflexão destas questões no campo da educação em saúde a partir de posicionamentos críticos da educação popular no Brasil e da pedagogia social na Espanha, tecidas pela perspectiva decolonial.
O livro apresenta o resultado de uma pesquisa etnográfica sobre a pixação em São Paulo, assim mesmo, com X, conforme o uso feito pelos seus protagonistas como forma de diferenciá-la das outras pichações. Um rolê pela cidade de riscos traz um olhar de longo prazo para esta prática, refletindo sobre as redes que estes jovens traçam na cidade ao se arriscarem para deixar marcado, na paisagem urbana, um nome. Descreve, assim, as diferentes formas de uso do espaço urbano desenvolvidas a partir dessa atividade. A pixação em São Paulo é nesta obra descrita como uma prática cultural juvenil que tem como um de seus objetivos a busca por reconhecimento social.
O livro se ocupa de uma suposta doença da cana-de-açúcar (amarelinho da cana-de-açúcar) que na década de 1990 atemorizou os produtores dessa cultura no Brasil, acometendo principalmente a variedade SP71-6163, na época, de alto valor. Desde o início, Sizuo Matsuoka refutou a teoria de que se tratava de uma doença, argumentando que a baixa produtividade da variedade se devia a um complexo de estressores ambientais. Porém, a ideia geral era a de que se tratava de uma doença com causa específica, e as pesquisas no Brasil e no mundo se direcionaram para um vírus denominado vírus da folha amarela da cana-de-açúcar (Sugarcane Yellow Leaf Virus – ScYLV). Grande esforço de pesquisa foi dedicado a esse vírus, embora sem prova cabal da sua relação com a "doença", mesmo que em alguns países até um fitoplasma fosse associado ao mal. Dissecando as complexas interações genético-ambientais que levam à expressão fenotípica, o livro apresenta como conclusão que o "amarelinho da cana-de-açúcar" é uma síndrome e não uma doença.