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O livro reexamina o lugar da prosa ficcional rural na cena literária brasileira do século XIX. Considerando o estudo da posição social do narrador, do protagonismo do homem livre pobre e da centralidade da ação violenta na estruturação das ações narrativas, o ensaio sinaliza e situa os impasses e as contradições da formação do romance brasileiro constituída a partir da matéria rural. É nessa chave que são relidos romances rurais como O sertanejo, Tronco do ipê e Til, de José de Alencar, Inocência, do Visconde de Taunay, O garimpeiro, de Bernardo Guimarães, e O Cabeleira, de Franklin Távora.
Aos temas da diáspora e do deslocamento esta coletânea vem se somar, pois é resultado de um esforço conjunto de pesquisadores heterogêneos, porém irmanados pelo desejo de questionar a condição dos sujeitos do e no mundo contemporâneo. O leitor desta obra será o melhor propagador das ideias em debate, pois é a esse destinatário desconhecido que os textos aqui reunidos se destinam, com seu caráter ambíguo, paradoxal, fruto de sua intrínseca destinação: ser ponte e travessia.
O texto de FERNANDO SILVEIRA, aqui publicado, aponta para um momento da cultura teatral de Campina Grande, quando se buscava a renovação da linguagem estética, ao passo em que se perseguia a preservação de dados identitários, atinentes à regionalidade — os quais compareciam enquanto convenções, surgidas e identificadas em meio à prática cultural hegemônica, incorporadas aos artefatos. Tudo isto, sintetiza um esforço coletivo que, por fim, consolidaria um repertório e, principalmente, um público.
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Da euforia à disforia, do contentamento ao impasse, do impasse à tragédia ou à melancolia paralisante: é do fulcro do mal-estar — a feliz definição sob a qual se reúnem os afetos desprazerosos — que Pedro Furtado mobiliza as questões literárias, culturais e políticas que norteiam a estruturação de um espírito do tempo desencantado nas nossas letras, prenunciando a noção de subdesenvolvimento brasileiro. Para além de mostrar a formação da tristeza e das balizas teóricas arregimentadas para estudá-la (emanadas da filosofia e sobretudo da psicanálise freudiana), o eixo central de Literatura brasileira e mal-estar é a análise interpretativa profunda, e rara atualmente...
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