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Atravessando três décadas de luta revolucionária na África, os artigos desta antologia permitem uma visão não apenas de diversas experiências políticas, mas de toda a riqueza e variedade do pensamento marxista africano – apresentado pelos textos e discursos de seus representantes mais radicais. Entre os autores estão Frantz Fanon, Kwame Nkrumah, Amílcar Cabral, Eduardo Mondlane, Samora Machel, Agostinho Neto, Thomas Sankara e Samir Amin. Os textos abordam temas como o racismo na sociedade de classes, a mentalidade colonial, a idealização do passado africano e a opressão patriarcal no continente, além de questões de tática e organização política; essa antologia oferece ao público algumas perspectivas teóricas que dizem respeito não apenas à Revolução Africana, mas também à própria luta contra o racismo no Brasil capitalista de nossos tempos.
Como compreender o comportamento político dos trabalhadores racializados nos Estados Unidos? E dos trabalhadores brancos que vivem em pequenas cidades rurais? A eleição de Donald Trump, em 2016, pode ser interpretada apenas como resultado de uma classe trabalhadora branca ressentida e empobrecida? A angústia do precariado, nova obra do sociólogo Ruy Braga, é fruto de uma pesquisa de campo em pequenas cidades rurais nos Montes Apalaches, região que concentra historicamente a pobreza branca nos Estados Unidos. O estudo coloca à prova a hipótese da eleição de Trump partindo de uma problematização teórica inspirada nos marxismos negro e latino-americano. Durante sua pesquisa, em ve...
A obra Memória viva e interatividade: testemunhos atuais sobre Nelson Werneck Sodré (Volume 5), organizada por Olga Sodré, aborda questões sociais e educacionais brasileiras. Este volume é estruturado em cinco capítulos, reúne artigos de pesquisadores e admiradores de Nelson Werneck Sodré, que buscaram contemplar assuntos da atualidade e de grande relevância para a sociedade, de forma clara e objetiva, com a memória de Nelson Sodré e a suas contribuições. Contribuindo assim, para fomentar a busca pelo saber e pensamento social.
No final dos anos 1970 e no início dos 1980, as movimentações operárias do ABC paulista abrem perspectiva para a construção de um polo democrático-popular que possibilitaria o aprofundamento da democracia brasileira em dimensões jamais vistas. Se os setores de esquerda aglutinados em torno da vanguarda operária, e que posteriormente formariam o Partido dos Trabalhadores (PT), não conseguem construir essa alternativa, o Partido Comunista Brasileiro, até então hegemônico dentro do movimento operário, também não se mostra capaz de compreender a importância dessas manifestações e tem sua política derrotada no movimento de massas ao insistir em manter a prática calcada nos ve...
Nesta interpretação inédita, Jessé Souza surpreende ao indicar que o racismo – e não o ganho econômico nem a pauta dos costumes – está na raiz da virada moralista que catapultou a extrema direita no Brasil. Jessé Souza não é um sociólogo que se esconde atrás de palavras difíceis. Seu trabalho, que ganha cada vez mais destaque na opinião pública, não apenas dá as linhas de uma teoria social inovadora como também investe em explicações para questões urgentes que são espelho da situação sociopolítica do Brasil. É isso o que vemos neste O pobre de direita, um livro que põe no alvo um dos debates atuais mais acalorados. Afinal, o aumento do apoio popular à extrema ...
Na última década, um termo tem se proliferado de maneira espantosa no discurso político. Moralmente carregado e lançado a torto e a direito em disputas de internet, mesas de bar, espaços acadêmicos e palanques políticos. Mas, afinal, o que é identitarismo? Neste livro, o psicanalista Douglas Barros propõe uma interpretação original do fenômeno. Para ele, o termo nomeia sobretudo uma forma de gestão da vida social contemporânea que engole esquerda e direita. Emblema maior do desaparecimento da Política (com p maiúsculo), o identitarismo é lido como um sintoma do século XXI. Implodindo a troca de acusações entre "identitários" e "anti-identitários", Barros provoca: "o pro...
Pachukanis em três atos traz uma introdução às ideias desconcertantes de Evgeni Pachukanis sobre o direito. O autor visita o conceito de mercadoria em Marx e resume as principais teses da interpretação de Pachukanis sobre o sujeito de direito, a forma jurídica, a relação jurídica e as interfaces do direito e o Estado. A explicação para o momento jurídico da humanidade, sustentada na economia política marxista, se apresenta como uma ruptura qualificada com o positivismo jurídico, na defesa do direito enquanto relação social histórica com forma própria. O rigor dos bons marxistas e a escolha dos conceitos fundamentais imprimem a obra de Antonio Ugá serventia no enfrentamento às teorias jurídicas burguesas hegemônicas na academia brasileira. O texto encoraja a crítica radical e põe relevo na teoria do povo. Gabriela Caramuru Teles Professora de Direito do Trabalho da UFF. Doutora em Direito pela USP. Mestra em Direito pela UFPR e em Tecnologia pela UTFPR. Bacharela em Direito pela UFPR.
Quais e quantas combinações são possíveis entre o marxismo e a ciência política? Em Marxismo e política: modos de usar, o cientista político Luis Felipe Miguel debate a relevância do marxismo para a análise da política. A obra busca introduzir e enfatizar a utilidade desse marco teórico para a produção de uma ciência política capaz de entender o mundo social e orientar a ação nele. Ao longo dos nove capítulos, o autor cruza diferentes temas da tradição marxista com o campo da ciência política, como as classes sociais, o Estado, o gênero, alienação e fetichismo e muitos outros. Em contrapartida, demonstra a importância de uma abertura do próprio marxismo ao diálog...
Por que essa sensação de paralisia histórica? A luta de classes é o motor da história, disse Karl Marx e Frederich Engels. Enquanto a burguesia e o imperialismo tiverem controle absoluto dos países da América Latina, viveremos uma eterna reprodução da dependência e do subdesenvolvimento. Não somos sujeitos da história, mas objetos das tendências mundiais do sistema imperialista, vivendo ciclos eternos de modernização tardia e incompleta. Esse conceito de Darcy Ribeiro, fundamental na sua antropologia histórico-cultural da dependência, trata de países e regiões subordinados no sistema capitalista global, que operam dinâmicas de modernização seletiva e contraditória para...
March 2015 should have been a time of celebration for Brazil, as it marked thirty years of democracy, a newfound global prominence, over a decade of rising economic prosperity, and stable party politics under the rule of the widely admired PT (Workers' Party). Instead, the country descended into protest, economic crisis, impeachment, and deep political division. Democratic Brazil Divided offers a comprehensive and nuanced portrayal of long-standing problems that contributed to the emergence of crisis and offers insights into the ways Brazilian democracy has performed well, despite the explosion of crisis. The volume, the third in a series from editors Kingstone and Power, brings together noted scholars to assess the state of Brazilian democracy through analysis of key processes and themes. These include party politics, corruption, the new "middle classes," human rights, economic policymaking, the origins of protest, education and accountability, and social and environmental policy. Overall, the essays argue that democratic politics in Brazil form a complex mosaic where improvements stand alongside stagnation and regression.