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Usos do passado, ética e negacionismos, incide sobre um dos maiores problemas enfrentados pelos historiadores e historiadoras na atualidade, a saber, a deslegitimação gradual que a produção científica do saber histórico vem sofrendo a partir da influência de grupos ligados à extrema direita. A crise de autoridade epistêmica que, segundo muitos especialistas, acomete não só a história como outros campos do saber acadêmico, exige respostas que envolvam simultaneamente aspectos epistemológicos e éticos. Os textos do livro contemplam reflexões emergentes da relação da atuação historiadora na pesquisa, na docência e nas atividades desenvolvidas junto à comunidade não acadêmica. Soma-se a isso o compromisso ético e político com a memória dos mortos e com as demandas de homens e mulheres do presente.
O livro que o leitor tem em mãos é, por diversas razões, uma grata surpresa. Ele problematiza os diferentes significados que o tema da cultura comporta nas décadas de 1920 a 1990. Do modernismo iconoclasta da primeira geração, focando Mário de Andrade; passando pelo Estado interventor de Getúlio Vargas, o período "democrático", mas, na verdade, de um liberalismo profundamente autoritário; entrando no regime civil-militar, com sua ambígua valorização e seu desprezo pela cultura; chegando ao ápice com a redemocratização dos governos Sarney e Collor. Um sobrevoo tão amplo, contudo, tem suas vantagens e seus riscos. Vou me concentrar nas vantagens. Aprendemos que todos os debat...
A cidade do Rio de Janeiro é uma das principais cidades brasileiras e a mais conhecida, se projetando para além das nossas fronteiras, sendo a mais famosa cidade. A mais conhecida praia, o mais conhecido estádio, a mais conhecida festa e o mais famoso monumento ficam nessa cidade, é a principal porta de entrada dos turistas estrangeiros, a mais visitada por quem vem de fora. Afinal, que cidade é essa que consegue ser um ímã das atenções de nós brasileiros e dos estrangeiros, para o bem ou para o mal, e que está na memória mesmo daquele que nunca estiveram no Rio? Os problemas também vão além de nossos limites, fazendo com que os problemas cariocas sejam associados aos problema...
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Criativando
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"Ah, o tempo é o mágico de todas as traições. E os próprios olhos, de cada um de nós, padecem viciação de origem, defeitos com que cresceram e a que se afizeram mais e mais" (João Guimarães Rosa, livro Primeiras Estórias). O desejo iluminista de lançar luzes no passado e criar outra ordem civilizatória ainda tateia em meio aos retrocessos que a humanidade insiste em repetir. Não obstante aos inegáveis avanços na ciência, na tecnologia, na política, ainda não superamos uma ordem social gestora do escravagismo, do fascismo, do machismo e, principalmente, ainda não conseguimos incluir e celebrar a diversidade do nosso povo. A história de vida da Nágea, partilhada neste tex...