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Vítimas e violências na Lisboa da I República
Vítimas e Violências na Lisboa da I República é um livro que ambiciona responder a duas questões principais: apurar o papel da violência nas relações sociais e perceber o que, na Lisboa desse tempo, significava ser vítima, quem era ela, o que fazia, porque o fora e como era olhada pelos poderes. A investigação apoiou-se numa fonte inexplorada: os exames diretos e de sanidade efetuados, pelos peritos do Instituto de Medicina Legal de Lisboa, às vítimas de crimes contra a segurança, nos anos de 1912 e de 1926. A investigação conclui que a vítima, ainda que fosse essencial a afirmação do poder, foi muito pouco considerada, quer pelo Direito, quer pela Medicina Legal, saberes e poderes mais preocupados com a repressão do agressor. A origem popular, a profissão, o comportamento, o traje, o analfabetismo e a linguagem reforçavam a convicção de que pouco separava o ofendido do ofensor, ambos encerrados num mesmo mundo de desvio. E para assegurar o monopólio da violência pelas elites no poder, à medida que a violência popular era criminalizada, escondia-se e esquecia-se a dimensão sociabilitária da agressão.
The Locusts
The book title comes from Aubrey Bells Portugal of the Portuguese (1916): Since the murder of King Carlos and of the Crown Prince Luis Felipe on the 1st of February 1908. A swarm of writers have descended like locusts on the land The methodology is to connect a specific group of critics in the years before the First World War to a constellation of general attitudes about Portugal and the Portuguese-speaking world. Intersecting personal narratives are used, not as an argument for individual agency as dominant cause of historical change, but as contrasting discourses upon revisited events. The primary focus is to explain how the critical context of Portugals history that incubated The Locusts ...
Social Alternatives in Southern Europe and Latin America
This book deals with the evolution of initiatives connected to the social and solidarity economy and their political cultures and educational implications in the south of Europe and in Latin America. Employing a comparative perspective, the contributors present 11 studies of these trajectories in Argentina, Chile, Portugal, France, Italy, Spain, and Catalonia in order to engender familiarity with social tributary practices and projects in the Latin world. As the cyclical crises of capitalism and their resulting inequalities have created proposals of reform and brought them into action, certain shared ideological influences and policies have emerged across these societies. Faced with the interpretative schemes used for the Anglo-Saxon sphere, which have been the usual reference in international research, this volume’s geographical and cultural matrix of analysis helps fill a longstanding gap in this field. The book will be of interest to scholars, educators, and students specialising in the history and political science of the social and solidarity economy sectors, as well as professionals involved in cooperatives, mutual aid societies, and associations.
Science, Technology and Medicine in the Making of Lisbon (1840–1940)
This volumes presents the first urban history of science, technology, and medicine in Lisbon, 1840-1940. It reveals how science, technology and medicine permeated even the most unlikely aspects of the urban landscape in an environment that was simultaneously a port city, scientific capital and imperial metropolis.
The Flu Pandemic of 1918-1919
Within the framework of a global political and sanitarian crisis that broke out in March 2020, this book proposes a new contemporary look at the great pandemic of the 20th century, the Spanish flu of 1918-1919. Based on its impact in Spain, the book offers a comparative and transatlantic perspective focused on the political and cultural impact of the pandemic in Europe and Latin America. The book focuses on three aspects: the overwhelming presence of influenza between 1918 and 1920, its oblivion and its political and cultural traces in the interwar decades and even more, and its reappearance in the face of the COVID-19. These three aspects are interconnected through a comparative analysis of the crisis of liberalism and democracy of the 1920s and 1930s and the current populist wave that is affecting the world. As such, this book is of great value to those interested in social and medical history across Europe and Latin America through offering a fresh outlook on the effects of the pandemic of the 20th century in the wake of the COVID pandemic that swept across the world.
The First Portuguese Republic
The first Portuguese Republic stood between 1910 and 1926. A characteristic of the Republican period was the strong civil participation, particularly by the urban population. Freedom of press and of association became constitutional rights and incentivized a powerful and very diversified associative movement in which trade unions and friendly societies stood out in the political spectrum as they promoted popular education and culture. The time-span studied is characterized by Portugals colonial expansion in Africa, an important factor in Portugals involvement in the Great War. As changes in education, in the concept and structure of family and in the status of women linked with the new polit...
A Criminologia
Obra de autoria múltipla que pretende transmitir a ideia da Criminologia como arquipélago. Trata-se de uma dispersão controlada de discursos, situados em diferentes formas de repartição discursiva sobre o crime e a justiça. Encara-se a ciência do crime como uma disciplina de vocação interdisciplinar, apresentando-se o sistema de comunicação entre a criminologia e outras disciplinas como a psiquiatria, a História, o Urbanismo, a Sociologia, a Literatura.
Do Intervencionismo ao Sidonismo: os dois segmentos da política de guerra na 1ª República: 1916-1918
Pretende-se demonstrar que a falência militar do Corpo Expedicionário Português (CEP) em França, durante o ano de 1918, não foi uma consequência exclusiva de ordem castrense, mas, essencialmente, o resultado da falência da política de guerra desenvolvida pelos partidos intervencionistas a qual se prende a duas causas quase concomitantes no tempo: a negação de transportes navais ingleses para colocar reforços em França e o golpe militar de Sidónio Pais, em Dezembro de 1917. O autor desenvolve o texto segundo duas vertentes: uma, orientada para a criação, instrução, instalação e vida do CEP em França e, outra, buscando o levantamento da situação económica, social e política de Portugal durante os anos de 1916 e 1917. Depois, debruça-se sobre a atuação de Sidónio Pais, não só quanto à preparação do golpe de Dezembro de 1917 como, também, quanto à condução da política de guerra face às constantes imposições da Grã-Bretanha. Apresentam-se achegas originais e importantes para a compreensão da História da 1.ª República.
António Manuel Hespanha
Os textos que aqui se publicam são, de maneiras diversas, reveladores das propostas teóricas, metodológicas e conceptuais desenvolvidas por António Manuel Hespanha nos trabalhos que publicou ao longo de uma trajectória académica de muitos anos, trajectória essa que está longe de ter terminado. Revelam também, talvez sobretudo, o modo como essas propostas inspiraram outros trabalhos, na Europa (e sobre a Europa e a sua história), mas também noutros continentes. Nomeadamente em países cuja história e cujo direito se encontraram, em momentos diferentes, por razões diferentes, com a história e com o direito portugueses. Entre eles, vários países da Europa do Sul, nomeadamente a Espanha e a Itália. Ou ainda os países cujos territórios foram, no passado, governados como ?domínios?, colónias ou territórios ultramarinos portugueses.
A contra-revolução na I República: 1910-1919
Este livro analisa a contra-revolução enquanto fenómeno político, ideológico e militar. Por um lado, desvenda o complexo labiríntico de conspirações, tramas e revoltas com que a reação monárquico-clerical procurou derrubar a república, tendo como clímax a restauração da monarquia no norte, em 1919, operada pelo exército. Por outro, analisa a ideologia da contra-revolução, fundado no pressuposto de que a doutrinação monárquica reivindicou e elaborou um projeto ideológico conservador alternativo à mundividência republicana e ao seu projeto de modernização da sociedade portuguesa. Se a contra-revolução findou no fracasso da monarquia do norte, a ideologia antiliberal e antidemocrática lançou raízes profundas numa sociedade marcada pelo conflito permanente entre o conservadodorismo da estrutura social e económica e o radicalismo da ideologia republicana.
