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O uso formalizado e eficaz da palavra constitui o principal ponto de intersecção de duas artes milenares que, como tantas outras, tiveram origem na Grécia Antiga – a Poética e a Retórica. Este volume reúne um conjunto de artigos sobre as relações entre estas duas artes do logos, da autoria de especialistas vindos de diferentes áreas do conhecimento: os Estudos Clássicos, a Filosofia e a Literatura Portuguesa. Os artigos cobrem um vasto lapso temporal, que vai da Antiguidade até ao séc. XXI, e abordam questões mais teóricas, como as relacionadas com determinados conceitos – clímax, sublime, ou mesmo hermenêutica, retórica e poética –; e outras mais práticas, que consistem na análise de textos literários à luz de alguns aspectos da teorização retórica.
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Este título reúne um conjunto de textos, agrupados em duas secções: uma Parte 1, focada ainda nos velhos mitos e na sua expressão no teatro antigo, trágico e cómico, e uma Parte 2, que percorre uma variedade de reescritas, dispersas pelas várias literaturas em debate. Além de regressar à análise específica de alguns mitos e temas clássicos, expande um conjunto de estudos sobre reescritas sobretudo contemporâneas, dispersas por diferentes literaturas do mundo latino, enquadradas em contextos históricos específicos que as explicam e justificam.
Há quem afirme que a poesia nasceu junto com o advento da própria linguagem humana e que a humanidade teria se expressado primeiro poeticamente para só depois usar a linguagem para se comunicar e trocar informações. Sabe-se que a poesia (no início sempre acompanhada do canto) esteve presente nas formas de evocação do sagrado (nos ritos e nos cultos primitivos) e até mesmo nos trabalhos agrícolas, como forma de mitigar o cansaço proveniente do labor físico. A poesia já foi registro da formação cultural de um povo (lembremos, por exemplo, da reverência dos antigos gregos a Homero). Já foi elemento agregador de valores nacionais e também repúdio à ordem social. Já foi crít...
Este volume reúne um conjunto de estudos que têm por motivo o mito de Antígona, a sua expressão clássica e a sua recepção moderna e contemporânea, em diferentes contextos culturais (Portugal, Brasil, Espanha, França e Itália). This volume includes several texts about the myth of Antigone, its classical expression and modern and contemporary reception, in different cultural contexts (Portugal, Brazil, Spain, France and Italy). This volume includes several texts about the myth of Antigone, its classical expression and modern and contemporary reception, in different cultural contexts (Portugal, Brazil, Spain, France and Italy).
A presente obra é o resultado de dois seminários de pesquisa que reuniram a Cátedra UNESCO Archai da Universidade de Brasília, o Centro de Estudos Clássicos e Humanísticos da Universidade de Coimbra e o Grupo Filosofia Antiga da Universidade Federal de Minas Gerais em dezembro de 2011 em Brasília (Brasil) e em março de 2012 na antiga cidade de Eleia (hoje Ascea Marina, Itália), com o objetivo de realizar uma estudo exploratório tendo em vista a preparação de uma nova edição em língua portuguesa da obra "Vidas e Doutrinas dos Filósofos Ilustres" de Diógenes Laércio. O estudo preparatório resultou nesta coleção de ensaios inéditos e ricos de estímulos e sugestões para a compreensão, imediatamente, da obra de Diógenes Laércio. O volume traz para o debate um panorama de questões sobre a obra e a sua recepção, assim como estudos mais específicos dedicados a uma passagem ou a uma das biografias, desejando desta forma constituir-se num trabalho de referência para os pesquisadores de Diógenes Laércio em língua portuguesa.
Pausânias é o nosso único testemunho de literatura periegética e o autor de um relato precioso sobre a Grécia da época de ocupação romana (séc. II d.C.). A sua descrição é a de alguém que viajou e sintetiza o que ‘viu’, com um olhar que não é só o de um turista curioso, mas de um intelectual que dispõe de uma sólida formação cultural e de uma informação ampla, em resultado de uma recolha criteriosa de todo o tipo de fontes, orais e escritas. Para com Pausânias mantemos em aberto uma enorme dívida: a de ter salvado um lastro de monumentos, de acontecimentos históricos, de figuras e de tradições que, sem ele, se teriam em definitivo apagado da memória dos homens.
O tratado Como deve o jovem ouvir os poetas faz parte de um conjunto de cerca de setenta e oito obras de Plutarco, conhecidas pelo nome latino Moralia. Com este tratado Plutarco retorna ao “antigo diferendo entre poesia e filosofia”, radicalizado na República de Platão e resolvido na Poética de Aristóteles, embora nunca completamente ultrapassado. O tema é retomado a partir do ponto de vista socrático – o da educação –, e o autor insiste nos topoi do útil e do agradável, usados pelo mestre. Mas, ao contrário deste, a sua proposta vai no sentido de defender e demonstrar as potencialidades pedagógicas da poesia e o seu papel propedêutico em relação à filosofia.
Data do séc. X o mais antigo códice com o tratado Do Sublime. Durante muito tempo atribuído a Cássio Longino (séc. III), o opúsculo é hoje geralmente considerado obra do séc. I, escrita por um anónimo ou por um Dionísio Longino do qual muito pouco se sabe. Ignorado, ao que parece, na Antiguidade e na Idade Média, só em 1554, em Basileia e pela mão de Robortello, veio o texto a conhecer a sua editio princeps, tendo sido depois sucessivamente editado e traduzido, primeiro para latim e, posteriormente, para várias línguas europeias, a começar pela célebre versão de Boileau que, na Europa Ilustrada, se tornou a principal via de acesso ao tratado. Na linha de uma visão da arte ...
Pausânias é o nosso único testemunho de literatura periegética e o autor de um relato precioso sobre a Grécia da época de ocupação romana (séc. II d.C.). A sua descrição é a de alguém que viajou e sintetiza o que ‘viu’, com um olhar que não é só o de um turista curioso, mas de um intelectual que dispõe de uma sólida formação cultural e de uma informação ampla, em resultado de uma recolha criteriosa de todo o tipo de fontes, orais e escritas. Para com Pausânias mantemos em aberto uma enorme dívida: a de ter salvado um lastro de monumentos, de acontecimentos históricos, de figuras e de tradições que, sem ele, se teriam em definitivo apagado da memória dos homens.