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Enquanto signo não standard de luto, as tatuagens surpreendem pela rápida e ampla absorção não só entre jovens. Quando iniciamos nosso estudo, nos perguntávamos sobre o estatuto desse signo e sua função no luto, intrigados como estávamos se esse tributo não seria apenas mais uma "nova onda ornamental" no contexto da banalização da morte e do luto ou até mesmo uma forma de negação. Mas quem realmente teria a palavra para dizer o que se passa senão os sujeitos tatuados por ocasião de luto? Se atualmente o luto é vivido solitariamente, sem contar tanto quanto no passado com o suporte dos ritos e do público que o acompanhava, sobra cada vez mais para o sujeito a tarefa de enc...
"As línguas de contrabando são um pouco de tudo isso: elas são queridas, adoradas, são propriedade daqueles que se creem seus depositários. Elas são uma música, uma melodia, um embalar; são invocadas ou convocadas para consolar ou para sustentar grandes indignações, sagradas e ridículas indignações. Escondidas do olhar alheio, parecem ter mais relação com o olho que vê do que com o ouvido que escuta. Mas o contrabandista é raramente consciente daquilo que porta. Ele é como um fraudador que, quando chega na alfândega, se dá conta com horror de que carregava, com toda boa intenção, mercadorias que de pronto, sob o olhar indignado ou inquisidor do outro, se revelam proibid...
Se você quiser saber o que é o tempo, abra este livro e verá como, segundo Santo Agostinho, proponho uma escrita lógica que une suas três instâncias: o presente do passado, o presente do futuro e o presente do presente. No centro desse nó borromeano, coloco aquele presente do presente que representa, para todos nós, o tempo como um objeto que ordena a palavra, que permite a narrativa, que usamos para enunciar nossas expectativas, mas que permanece verdadeiramente inatingível. Esse objeto que escapa à teia da palavra pode ser relacionado ao tempo que a física quântica relativiza e ao tempo subjetivo que a filosofia se esforça para definir. Daí a ideia de considerar o tempo como um objeto que caracteriza cada um em sua maneira de ser, em sua maneira de se alienar ou de se separar do tempo do outro, um objeto que o encoraja em sua pressa de agir e ao qual o sujeito se iguala quando está no tempo do seu desejo.
Os escritos chamados apócrifos foram aqueles destituídos de autoridade canônica. Aqueles que ficaram de fora, à margem do discurso oficial, religioso. Em ensaios apócrifos Ana Gianesi e Conrado Ramos apresentam reflexões a partir do diálogo livre com textos de autorxs de diferentes tradições e militâncias, quais sejam: feminismos, antirracismo, estudos queer, teoria crítica, povos originários e estudos descoloniais. O caminho é fragmentário e constelar porque corresponde ao percurso aberto de aprendizagem dos autores que, como psicanalistas lacanianos, perceberam a necessidade de frequentar territórios muitas vezes considerados avessos nos corredores institucionais. De maneira pouco habitual eles tentam olhar para a psicanálise com as ferramentas que encontram em seus novos atravessamentos teóricos ao invés de olhar para as teorias em questão com as ferramentas da psicanálise. Resulta disso a crítica à psicanálise e ao mesmo tempo a construção de novas possibilidades clínicas que, defendem os autores, seguem sendo psicanalíticas, porém, sem os ranços conservadores com os quais a vestem os ainda salvacionistas do pai.
Samantha sabe que tomar o indizível, o invivível, o inimaginável, como tema de pesquisa é caminhar nos limites da interpretabilidade – Die Grenzen der Deutbarkeit – e é justamente dessa posição assumida ao longo do livro que resulta uma costura delicada na qual os sonhos, esse tema central da obra freudiana, são o inusitado e intrigante ponto de articulação entre a vivência nos campos e a psicanálise. A autora traz relatos de sonhos que foram narrados em livros, escritos em papéis, escondidos sob as roupas, enterrados para serem encontrados. Eles são cuidadosamente ordenados por temas – sonhos de pão, de amor, de narração, de ruptura de fé, oraculares, sonhos fora do tempo. No limite da mais desumana condição de angústia e desamparo, sonha-se. Teriam os sonhos nos campos contribuído para a sobrevivência daqueles que puderam contá-los depois? – pergunta-se Samantha. Mesmo nessa condição em que aparentemente já não resta mais traço de humanidade, o psiquismo trabalha a serviço da vida e o sonho revela sua mais básica função psíquica, a de fazer dormir. Michele Roman Faria
"Wildlife in a Changing World" presents an analysis of the 2008 IUCN Red List of Threatened Species. Beginning with an explanation of the IUCN Red List as a key conservation tool, it goes on to discuss the state of the world s species and provides the latest information on the patterns of species facing extinction in some of the most important ecosystems in the world, highlighting the reasons behind their declining status. Areas of focus in the report include: freshwater biodiversity, the status of the world s marine species, species susceptibility to climate change impacts, the Mediterranean biodiversity hot spot, and broadening the coverage of biodiversity assessments."
" 'A camera in the hand and ideas in the head' was the primary axiom of the young originators of Brazil's Cinema Novo. This movement of the 1960s and early 1970s overcame technical constraints and produced films on minimal budgets. In Allegories of Underdevelopment, Ismail Xavier examines a number of these films, arguing that they served to represent a nation undergoing a political and social transformation into modernity. Its best-known voice, filmmaker Glauber Rocha claimed that Cinema Novo was driven by an "aesthetics of hunger." This scarcity of means demanded new cinematic approaches that eventually gave rise to a legitimate and unique Third World cinema. Xavier stands in the vanguard o...
This book delivers a comprehensive evaluation of organic and hybrid solar cells and identifies their fundamental principles and numerous applications. Great attention is given to the charge transport mechanism, donor and acceptor materials, interfacial materials, alternative electrodes, device engineering and physics, and device stability. The authors provide an industrial perspective on the future of photovoltaic technologies.
This volume is a timely intervention that not only helps demystify the idea of a digital dissertation for students and their advisors, but will be broadly applicable to the work of librarians, administrators, and anyone else concerned with the future of graduate study in the humanities and digital scholarly publishing. Roxanne Shirazi, The City University of New York Digital dissertations have been a part of academic research for years now, yet there are still many questions surrounding their processes. Are interactive dissertations significantly different from their paper-based counterparts? What are the effects of digital projects on doctoral education? How does one choose and defend a dig...
Dziga Vertov was one of the greatest innovators of Soviet cinema. The radical complexity of his work—in both sound and silent forms—has given it a central place within contemporary theoretical inquiry. Vertov's writings, collected here, range from calculated manifestos setting forth his heroic vision of film's potential to dark ruminations on the inactivity forced upon him by the bureaucratization of the Soviet state.