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O livro discute aspectos que ajudam a entender por que comemos o que comemos e a produção biológica e social da obesidade, além de analisar políticas públicas de alimentação e nutrição. As autoras apresentam, em três capítulos, uma combinação de análises de condicionantes fisiológicos e biológicos sobre o que comemos, assim como o inegável papel da propaganda na forma como consumimos. A obra reúne ainda contribuições e debates sobre recomendações alimentares, conflitos de interesse entre a ciência e a indústria de alimentos, políticas públicas que possam propiciar condições mais favoráveis para escolhas alimentares, além do advocacy (defesa e reivindicação de direitos em torno de uma determinada causa), tema que engloba o ativismo em prol da alimentação saudável e ética.
A obra oferece uma ampla e atualizada visão dos problemas nutricionais de relevância para a saúde pública no país, tendo em vista a realidade de ensino e pesquisa e o cenário epidemiológico e nutricional atual. Publicação de fôlego e poderosa ferramenta de trabalho para a comunidade da epidemiologia nutricional, vai além da avaliação de dietas e da relação entre alimentação e doenças crônicas não transmissíveis. Valoriza, também, a longa tradição e excelência da epidemiologia brasileira no trato de temas como desnutrição, desmame precoce e carência de micronutrientes. E respeita a especificidade da dinâmica nutricional brasileira, contemplando com rigor, competência e equilíbrio métodos e análises que abrangem os ‘velhos e novos males’ da nutrição no Brasil.
O volume debate o uso do termo "eficiência" para avaliar a gestão do Sistema Único de Saúde. A obra busca examinar a eficiência no SUS a partir do fato de que tal argumento é sistematicamente utilizado para defender a mercantilização do próprio sistema. Segundo os autores, que se dedicam aos estudos da disciplina da economia da saúde desde a década de 1990, isso acaba encobrindo um constante ataque à ampliação do acesso à saúde promovido pela reforma sanitária brasileira. Os economistas Alexandre Marinho e Carlos Octávio Ocké-Reis argumentam que a palavra eficiência acaba sendo, dessa forma, vulgarizada e servindo para enfraquecer as políticas públicas de saúde. Segundo eles, não há dúvidas sobre as possibilidades de aperfeiçoamentos na gestão do SUS, especialmente por meio da ampliação do financiamento de seus recursos humanos. No entanto, não basta ser eficiente se os resultados não são atingidos e, principalmente, se as necessidades de saúde da população não são atendidas.
O livro discute os múltiplos fatores que envolvem os acidentes e problemas de saúde causados por animais peçonhentos, especialmente entre as populações mais vulneráveis. Os dois autores são pesquisadores pertencentes a uma geração formada em um dos tantos momentos especiais da trajetória da saúde pública no Brasil: a implantação do Programa Nacional de Ofidismo, em 1986. Dividido em quatro capítulos, o volume tem caráter introdutório e busca provocar a curiosidade do leitor para algumas das dimensões envolvidas nos acidentes por animais peçonhentos. Dessa forma, a obra se distancia das abordagens que se concentram apenas nos aspectos biológicos e médicos dessas questões, mostrando como o modelo de atenção aos acidentes por animais peçonhentos vem funcionando como um ecossistema de políticas públicas do Sistema Único de Saúde (SUS).
O livro propõe novos e ampliados debates sobre a articulação entre gênero e saúde. A necessidade de abordagens qualificadas sobre gênero e saúde se impõe como tarefa cada vez mais urgente diante das muitas desigualdades sociais em saúde que se evidenciaram no contexto da pandemia de Covid-19. Em meio a esse desafio, a obra reúne reflexões acumuladas pelas autoras em suas experiências de ensino, pesquisa e extensão sobre a temática de gênero, na área da saúde coletiva. Para abordar o tema, as pesquisadoras citam implicações do gênero na saúde que a pandemia tornou ainda mais explícitas. Uma das principais é a sobrecarga feminina sem precedentes em relação à questão do cuidado, gerando esgotamento físico, mental, abandono de postos de trabalho, desemprego e adoecimento. Dessa forma, o volume se propõe a dialogar com pesquisadores, estudantes, profissionais de saúde, gestores públicos, ativistas de movimentos sociais organizados e com o público em geral interessado no debate sobre gênero e saúde.
Neste livro, a autora aborda os arranjos tecnológicos disponíveis para a organização das práticas epidemiológicas nos serviços de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS). Na obra, busca pensar as relações entre necessidades sociais em saúde, saberes e conhecimentos científicos, instrumentos técnicos e tecnologias capazes de orientar a prática em saúde coletiva. Ao longo de três capítulos, analisa os fundamentos teóricos, conceituais e técnicos que são os elementos básicos na organização de intervenções coletivas efetivas e comprometidas com a diminuição das desigualdades sociais em saúde. O livro compõe a coleção Temas em Saúde da Editora Fiocruz.
Fome, insegurança alimentar e nutricional, desnutrição, obesidade e doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). Questões complexas que influenciam a vida de milhões de pessoas no Brasil e no mundo e que foram potencializadas pelo contexto da pandemia de Covid-19. O livro joga luz sobre esse cenário a partir das perspectivas dos pesquisadores e nutricionistas Rosana Salles-Costa, Aline Alves Ferreira, Paulo Castro Junior e Luciene Burlandy. Segundo os autores, o volume foi elaborado com o intuito de corroborar o debate sobre os desafios e as reflexões pautadas na recente agenda científica sobre o tema. Em cinco capítulos, a obra aborda ainda uma concepção ampliada da chamada SAN: segurança alimentar e nutricional. Essa abordagem leva em conta a construção, ao longo dos anos, de uma política e de um Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional no Brasil, formalizados na Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional (Losan), além das redes organizadas da sociedade civil, das instituições acadêmicas e de segmentos de governos.