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Educação para a informação
A promoção de competências infocomunicacionais é uma estrada ainda pouco consolidada, por isso foi preciso explorar, pesquisar, ler, testar e reavaliar. Nosso objetivo é que o educador, o bibliotecário ou qualquer outro profissional que queria trilhar este caminho, encontre neste livro um apoio, um ponto de partida. Por isso, apresentamos dicas, estratégias, recursos que descobrimos ao longo do nosso trajeto e se mostraram eficazes. Esperamos que lhes sejam proveitosos e levem a refletir acerca da sua relação e responsabilidade com a educação para a informação.
Trajetórias e histórias insurgentes
No livro a autora busca reconstruir, por meio de documentação produzida no âmbito do Fundo de Documentação Histórica Manuscrita sobre os Índios da Bahia (Fundocin)/Programa de Pesquisas sobre Povos Indígenas do Nordeste Brasileiro (Pineb), a trajetória dos Kariri-Sapuyá, complementando-a, embora de modo limitado, com outras trajetórias e histórias indígenas. O livro está organizado em duas partes. A avaliação da autora sobre a relevância de certos temas para a compreensão do(a) leitor(a) serviu como termômetro para a composição da Parte I. Os capítulos subsequentes, na Parte II, têm como objeto o exame da documentação histórica manuscrita que compõe a denominada Coleção Pedra Branca.
O futuro é meu enquanto eu viver
Esta coletânea reúne 11 textos sobre as relações entre psicologia e educação no contexto brasileiro contemporâneo, profundamente marcado por desigualdades sociais e lutas políticas. Ao longo da leitura, são apresentadas especulações teóricas, análises de casos e relatos de pesquisa que procuram refletir sobre diversos contextos educacionais, tensões sociais e raciais no interior das instituições educacionais e trajetórias estudantis. A obra visa contribuir para a compreensão das práticas de psicólogos(as) e educadores(as) nessa zona tensa, permanentemente assombrada pela desigualdade, pela injustiça e pela violência.
A educação médica na América Latina
Este livro integra a importante obra de Juan César García, durante seu trabalho na Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). Publicado pela primeira vez em 1972, contém uma rigorosa e ampla análise da educação médica nos países latino-americanos, apontando os condicionantes sociais da configuração curricular e as características do processo de ensino. Nos últimos 50 anos, este livro tornou-se um clássico no campo da Saúde Coletiva brasileira e latino-americana, inspirando estudos e pesquisas que subsidiaram a introdução de práticas transformadoras e movimentos de reforma na formação de pessoal e na organização de sistemas de saúde, o que estimulou sua publicação, pela primeira vez, em português.
Língua(gem) e sexualidade
A obra tem a finalidade de reunir pesquisas de diferentes áreas do conhecimento, com o objetivo de apresentar, divulgar e traçar perspectivas acerca das pesquisas multidisciplinares sobre gênero, sexualidade e linguagem, a partir de argumentações diversas na literatura das áreas envolvidas. Entre as áreas estão: sociolinguística, estudos discursivos, estudos de gênero, estudos feministas, línguas de sinais, entre outras, no que diz respeito às práticas linguísticas de diferentes corpos, que vão além dos dicotômicos feminino e masculino, a fim de desenvolver uma série de ferramentas teóricas e metodológicas para a análise crítica dos fenômenos de língua(gem) e sexualidade.
A Bahia já deu régua e compasso
O livro nos dá régua e compasso para conhecer as entranhas do pensamento e das práticas racistas a que se dedicaram as instituições acadêmicas e jurídico-policiais na Bahia nas primeiras décadas da República. Ao repassar sem rebuço esse ponto crucial do nosso passado, o livro ajuda a entender por que a criminalização sistemática do negro é, ainda hoje, um dado angustiante na vida da maior parte da população brasileira.
Crise global e sistemas de saúde na América Latina
A obra segue um fio condutor que apresenta ao leitor a ideia de que a estrutura de proteção social e, em particular, os sistemas de saúde de países importantes da América Latina experimentam uma série de mudanças em escala que configuram um novo padrão de articulação entre os Estados Nacionais, suas estruturas de governo e os principais agentes econômicos e políticos com interesses no setor saúde. Ela é fruto do trabalho desenvolvido pelo Grupo de Pesquisa e Documentação sobre o Empresariamento da Saúde Henry Jouval Jr. (GPDES), no Instituto de Estudos em Saúde Coletiva (IESC), Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Procurando razões
Procurando Razões é um livro surpreendente. Partindo de um conjunto de temas clássicos da filosofia, como conhecimento, racionalidade, ceticismo e virtudes intelectuais, Waldomiro Silva Filho desenvolve um texto único no estilo e na abordagem ao narrar o percurso de uma investigação sobre a noção de reflexão. Escrito na forma ensaística, este livro cruza a própria experiência pessoal do autor com referências filosóficas e literárias. Em vez de avançar, como normalmente acontece com livros de filosofia, para uma conclusão ou na defesa de uma teoria, o texto mostra como uma interrogação inicial sobre qual o bem que podemos conquistar com a reflexão foi se transformando numa dúvida sobre por que algumas vezes a reflexão é importante e porque razões importam.
A música no candomblé
Este livro de Angela Lühning é um testemunho de uma época que apresenta importantes aspectos relativos ao funcionamento do candomblé da nação nagô-ketu, religião presente nas diversas regiões do país. Ponto principal são as intrínsecas relações entre o repertório cantado nas cerimônias públicas e suas funções rituais. Realizadas no final dos anos 1980, as análises de cunho etnomusicológico constituem uma base para novas investigações que se proponham a entender os processos percorridos pelo candomblé ao longo destes 30 anos, incluindo possíveis mudanças. Uma religião em mudança pode revelar muito de um país que também se transforma, o que atesta a um livro como este sua contribuição para uma interpretação do Brasil.
Açúcar amargo
O livro reúne uma enorme documentação histórica, cadastral e fotográfica sobre a agroindústria açucareira do século XVI ao XIX. Resultado da dissertação de mestrado e a tese de doutorado da autora, a primeira parte da obra sobre o período do século XVI ao XVIII dos grandes engenhos do Recôncavo, movidos por rodas-d’água; enquanto a segunda, tem como foco o século XIX e as transformações por que passou a agroindústria com o advento do vapor, novas técnicas de purga e a crise que enfrentou com a competição de açúcar do Caribe. Um livro indispensável para a compreensão da história do maior ciclo econômico brasileiro, suas relações sociais, processos de extração da sacarose de cana e o cenário da sua produção. Historicamente rigoroso, mas, ainda assim, agradável e pronto para ser desfrutado.
