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Cada vez mais os processos estruturais ganham espaço de discussão no Brasil para servir a tutela dos mais variados direitos. Levando em consideração a problemática histórica relacionada ao direito à moradia, cujas causas se devem principalmente aos influxos da financeirização da moradia e de políticas públicas que mantêm esse status quo, busca-se explorar de que modo o processo estrutural pode auxiliar na proteção desse direito. A judicialização do direito à moradia adequada, tal como ocorre tradicionalmente com os direitos sociais, é normalmente feito por uma tutela negativa, por meio de um processo individual, encarando-se o litígio, seja qual for sua característica, co...
O grande deste livro é evidenciar a urgente necessidade de criar diálogos, partindo de uma perspectiva humana, justa e sustentável, principalmente em cenários como o que estamos vivendo. Com fulcro na prevalência da dignidade humana, aflora-se um novo paradigma jurídico e, de certo modo, político à luz dos sistemas jurídicos, marcado pelas interações e pelos impactos mútuos e recíprocos a nível nacional, regional e global. Nesta obra, as leitoras e os leitores são convidados a se encontrarem com seis estudos, desenvolvidos por autoras e autores das mais diferentes regiões do Brasil, com o objetivo central de estudar e analisar diálogos e divergências entre a Corte Interamericana de Direitos Humanos e o Tribunal Europeu dos Direitos do Homem.
No presente trabalho, o Autor pretende, com base na hermenêutica linguística de Heidegger e de Gadamer e na teoria do direito como integridade (e coerência) de Dworkin, esclarecer ao mesmo tempo (i) o que deve ser uma decisão judicial correta, no sentido de sua melhor adequação à Constituição, e (ii) os riscos de qualquer interpretação discricionária.
Entre os excelentes textos produzidos, é possível encontrar os que tratam do impacto das novas tecnologias no Direito e no Processo Penal, tais como “As duas faces da tecnologia nos delitos de violência doméstica durante a pandemia do coronavírus”, de autoria de Ana Carolina Hass e Luciana Caetano da Silva, no qual as autoras elencam com maestria os prós e contras do uso de tais tecnologias na proteção à mulher vítima de violência de gênero, especialmente durante a pandemia da COVID-19, como também o maior controle que (ex-)companheiros e (ex-) maridos podem ter sobre suas vidas; “Os cibercrimes e a legislação penal brasileira em matéria de cidades inteligentes”, de Maria Carolina de Liberali de França, que fala do emprego de tecnologias no controle dos crimes cometidos (e potencializados) pela internet; e “Coleta de material genético como identificador criminal no delito de estupro”, escrito por Heloísa Meneguette Silveira, com críticas e comentários à Lei 12.654/2012, que introduziu no Brasil a identificação e a persecução criminal a partir da análise de perfis genéticos.
Da necessidade de união em prol de um projeto comum surgiu a UBAA – União Brasileira da Advocacia Ambiental. A Instituição foi fundada em 2016 e é formada por advogados – públicos e privados – que buscam a troca de informações e experiências visando o desenvolvimento do Direito Ambiental na prática consultiva, administrativa e judicial, além de professores que postulam difundir, em bases éticas e rigor metodológico, a implementação deste novo ramo do direito. Em um momento em que se busca a “simplificação” do Direito Ambiental e que surgem tantos especialistas na área, a reflexão crítica se faz necessária. Este “novo” ramo do Direito, que se consolidou como...
Tendo como ponto de partida o pressuposto de que as reflexões jurídicas devem alicerçar a solução de problemas concretos e contribuir para a efetivação dos direitos fundamentais, a obra dedica-se ao estudo do direito fundamental de reunião e à possibilidade da previsão de restrições legais ao seu exercício. Assegurar o exercício da liberdade de reunião é uma exigência democrática e se impõe como inegável dever estatal. O direito de reunião é um dos mais importantes instrumentos de participação popular no seio das democracias e o seu percursso está umbilicalmente associado à afirmação histórica dos direitos humanos. De outro lado, não se pode olvidar que também ...
Devido à ampla recepção da “desconsideração da personalidade jurídica” pelas diversas áreas do direito, o livro propõe um corte metodológico para realizar a análise do incidente de desconsideração sob o ângulo da responsabilidade patrimonial. Causa verdadeira inquietação a dificuldade de definir o que seria a hoje tão difundida “desconsideração da personalidade jurídica”, eis que a expressão, na doutrina e na jurisprudência, aparece sob diversas matizes, não apenas no contexto da responsabilidade patrimonial. Nas diversas obras e decisões a respeito do tema, a teoria da desconsideração alcança um campo de aplicação desordenado, abrangendo situações das m...
Esta obra foca no estudo da resolução de conflitos ambientais e tem por objetivo estabelecer critérios jurídicos para demarcar o espaço do consenso e de liberdade das partes, delimitar a zona do inegociável e o lugar da intervenção judicial nas disputas e nos acordos em direito ambiental. O livro aborda duas grandes tendências que influenciam todos os ramos jurídicos: de um lado, a coletivização e ecologização do Direito, de outro, o desenvolvimento de meios alternativos de resolução de disputas e do sistema de justiça multiportas. Com base em estudo de casos e do direito comparado, o autor apresenta as possibilidades e os limites dos acordos em direito ambiental, a evolução dos mecanismos colaborativos, a esfera do inegociável e o espaço do controle judicial. Assim, os dissensos relacionados a crises ambientais e climáticas encontram um caminho institucional para resolução proporcional, proba, racional e intertemporal.
A responsabilidade civil prevista na Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD - Lei n. 13.709/2018) é objetiva ou subjetiva? Afinal, qual o nexo de imputação adotado pela LGPD? A resposta a essa pergunta ainda provoca expressiva divergência na doutrina e é essencial para a adequada reparação dos danos decorrentes de tratamento irregular de dados pessoais. Nesse sentido, a presente obra traz subsídios para a interpretação do nexo de imputação adotado pela LGPD. A partir da análise das noções de culpa e risco e das características do tratamento irregular de dados pessoais, o estudo apresenta equilíbrio ideal entre o direito fundamental à proteção de dados pessoais com sua influência europeia e alemã e as nuances da responsabilidade civil no ordenamento jurídico brasileiro. Trata-se de leitura essencial para análise de casos e estudos de Proteção de Dados Pessoais e de Responsabilidade Civil.
O presente livro visa a apresentar e discutir o Caso Alyne Pimentel x Brasil. Trata-se do primeiro caso em que o Brasil foi levado ao Sistema Global de Proteção aos Direitos Humanos e responsabilizado. O caso discute o tratamento de saúde e a morte de Alyne da Silva Pimentel Teixeira, mulher negra, moradora da periferia que, em 2002, grávida, não recebeu o tratamento de saúde digno e adequado e, após uma sucessão de erros, veio a óbito. O Brasil foi representado perante o Comitê CEDAW, órgão de proteção dos Direitos Humanos das Mulheres, em 2007, após anos de morosidade junto ao Poder Judiciário Interno. Em 2011, o Brasil foi considerado responsável pela morte de Alyne. O qu...