You may have to Search all our reviewed books and magazines, click the sign up button below to create a free account.
None
None
Os textos negam a tese de extermínio. Se as cabeças decepadas dos mouros (e cristãos) poderiam espreitar quase de casa em casa, os mouros não se ergueram da terra para serem o só alimento das espadas, primeiro no Garbe europeu, depois espetados de novo pelas lanças de Afonso V."Numa frase, mesmo quase quatro décadas depois, António Borges Coelho surpreende com este seu longo fôlego histórico."DN Artes, 9-8-2008
Uma viagem inesquecível pelo período mais rico da história de Portugal.A bibliografia historiográfica de António Borges Coelho materializa-se numa vasta e ampla variedade de obras com as mais diversas dimensões, desde, por exemplo, as 600 páginas da atual edição de A Inquisição de Évora. 1533-1668, até uma grande quantidade de artigos e conferências, muitos reunidos já nas colectâneas Questionar a História e outros ainda inéditos. Em todos eles o rigor científico e o vigor do estilo, tão característicos do autor, estão presentes. Esta edição recolhe o essencial dessa obra, dispersa, reorganizando-a por temas e revendo-a numa versão que se quer definitiva. Senhores da Navegação, da Conquista e do Comércio recolhe os textos relativos ao período dos descobrimentos.
"Este e o primeiro volume da Historia de Portugal. Donde Viemos percorre a Historia desde os seus primordios ate a Reconquista crist?: o aparecimento do Homem; os povos na Peninsula Iberica pre- romana; a Romanizac?o; a ocupac?o moura da Peninsula e a Reconquista por volta do seculo X. Antonio Borges Coelho escreve "
None
Castela ainda ficara com a coutada do reino de Granada para o saque e a pilhagem. Os portugueses, esses, tinham de ir assaltar as terras de além mar e depressa enquanto os poderosos vizinhos se entretinham a mastigar aquele saboroso bocado peninsular. Depois seria mais difícil e, mesmo agora, não deixarão de invocar na Cúria Pontifícia o seu direito à conquista de Belamarim. E eis que, anos depois da vitória de Aljubarrota, uma armada de 200 velas aporta de surpresa à velha cidade mourisca, sangrando lhe completamente a riqueza. Este foi o livro que, em 1964, levou o autor a um longo interrogatório na Pide, sob a alegação de que «o declarante desvirtua algumas das páginas mais brilhantes da nossa História, adulterando sacrilegamente [sic] os factos e classificando de "abutres" homens que foram heróis e foram santos»
Os portugueses tinham fé, lei e rei. A fé amarrava-os a uma crença e a um ritual da vida e da morte, legitimava a perseguição civil e armada aos mouros e aos «luteros»; a lei e o rei integravam-nos na comunidade que se individualizara no território ocidental da Hispânia desde o século XII. Outro laço, fortíssimo, provinha da partilha de uma língua que se estruturava na fala e na escrita e gerava um tesouro, hoje quase escondido, de textos geográficos, antropológicos, literários, históricos, linguísticos e científicos.