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As organizações não-governamentais que atuam no meio rural surgem no período de redemocratização do país em busca de um modelo alternativo para a agricultura brasileira, objetivando combater os problemas ambientais, econômicos e sociais gerados pelo processo de modernização da agricultura. Nessa perspectiva, as ONGs são pioneiras na utilização do conceito de agricultura sustentável, atuando no desenvolvimento de alternativas de produção agrícola adaptadas á realidade dos agricultores, orientadas pelos princípios da agroecologia. Buscaram definir sua estratégia de intervenção tendo como premissa a necessidade de promover o envolvimento dos agricultores no processo de ger...
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Este estudo procura analisar o discurso de uma organizacao nao-governamental, a assessoria e servicos a projetos em agricultura alternativa, no intuito de compreender o modo como se dao os efeitos de sentidos na construcao do imaginario social que fazem referencia a pratica extensionista, dentro da organizacao e institucionalizacao de um novo projeto para a agricultura, o da agricultura alternativa. Para isso, tomamos como material de analise de textos pertencentes ao acervo de publicacoes dessa entidade, bem como folhetos tecnicos, a serie agricultores na pesquisa e documentos institucionais de circulacao externa. Atraves da analise da fundacao de uma discursividade, podemos perceber o conflito entre as dimensoes instituinte do imaginario que fazem referencia a pratica extensionista e que participam desse discurso, produzindo efeitos de sentidos atraves do silenciamento da voz do agricultor, da imagem de pequeno produtor pobre em recursos, do tecnico como "agente de mudanca" e da eliminacao da pobreza atraves da tecnologia, a agroecologica, evidenciando, assim, a repeticao do imaginario partilhado pela pratica extensionista historicamente instaurados.