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A mecânica, parte da física que se propõe a descrever os movimentos, é uma das áreas mais antigas da ciência, confunde-se com a da gravitação e da astronomia: já na Antiguidade os sábios procuravam entender os movimentos que ocorriam no Universo. Física Universitária 1: Mecânica Básica aborda alguns conceitos fundamentais de mecânica, como espaço, tempo, massa, gravitação e campo, nem sempre tratados nos livros didáticos. Um de seus diferenciais está no aprofundamento de conceitos matemáticos, como coordenadas generalizadas e referenciais vetoriais, além de tratar temas como as leis de Kepler, o conceito de trabalho e o de forças conservativas em um nível de profundidade acima do usual. Por meio de um formalismo matemático adequado e uma discussão de conceitos muitas vezes olvidados, este livro de Gil da Costa Marques serve de apoio aos alunos que cursam as disciplinas universitárias básicas de mecânica. Edição eletrônica em formato PDF.
Em Os Aprendizes do Poder, Sergio Adorno pesquisa o processo de formação cultural e profissional dos bacharéis de direito em São Paulo entre os anos de 1827 a 1883, momento de consolidação do liberalismo econômico e político na sociedade brasileira, destacando a importância desse ambiente cultural na formação do Estado e na organização jurídico-política do aparato estatal. Baseando-se em fontes diversas, o autor verificou a importância das discussões em institutos e associações estudantis, determinantes para a formação desses bacharéis e que transformaram o ambiente extracurricular na verdadeira sala de aula. Discute também o contraste entre os ideais liberais e os ideais democráticos na formação desses estudantes, enfocando o debate travado sobre questões liberais e igualitárias, entre liberalismo e democracia.
Esta segunda edição de Crítica em Tempos de Violência foi revista pelo autor com base nas novas leituras sobre o tema que realizou. Jaime Ginzburg se propõe contribuir com a narrativa de uma história da literatura brasileira sob a perspectiva da violência, analisando a relação entre literatura, autoritarismo e violência. O livro parte da premissa de que a sociedade brasileira foi construída com processos que incluíram episódios de genocídios, massacres, chacinas e políticas repressoras. Através de uma perspectiva teórica que combina, entre outros, Florestan Fernandes, Paulo Sérgio Pinheiro, Theodor Adorno e Ludwig Wittgenstein, Ginzburg propõe a articulação das categorias autoritarismo, violência e melancolia como referenciais para sistematizar os estudos. Os ensaios tentam colaborar para a reflexão sobre como a intensa presença de violência em nossa história está articulada com formas, temas, modos de produção, circulação e recepção de obras literárias.
Desvendar os aspectos mais nebulosos que encobriram a história dos movimentos, ideias e projetos a respeito da abolição, à revelia mesmo da censura oficial e informal, é um dos desafios a que se propõe este livro. O resultado é um estudo original sobre as vozes dissonantes dos que viveram a abolição, compondo um trabalho sobre as forças e tensões sociais que se manifestaram na década de 1880. Maria Helena rompe com a imagem romântica reproduzida pela historiografia abolicionista, substituindo-a pela análise dos diferentes atores e movimentos que se articularam na década anterior à abolição, reunindo trabalhadores escravos, livres pobres e imigrantes, e lança luz sobre o papel social do negro liberto e dos desclassificados sociais em geral. Discute também a anatomia do abolicionismo urbano e as formas como esses ideais se espalharam nas fazendas e senzalas.
Milton Santos concebeu este livro em colaboração com Denise Elias visando debater algumas realidades do presente e os conceitos delas resultantes. Para isso, procura situar a geografia no contexto do mundo atual, buscando, ademais, rediscutir categorias tradicionais e sugerir algumas linhas de reflexão metodológica, tomando como ponto de partida as metamorfoses do espaço habitado. Para o autor, não é suficiente falar do espaço, é preciso também definir categorias de análise à luz da história concreta, diferenciando-o, assim, da paisagem e da configuração territorial, ainda que estas compareçam como categorias fundamentais para seu entendimento. Nessa discussão, tem papel fundamental o reconhecimento da imbricação crescente entre o natural e o artificial, tema que permite retomar a discussão sobre a dicotomia entre geografia física e geografia humana.
Para Milton Santos, o espaço é um conjunto indissociável de sistemas de objetos e de sistemas de ações. Com base nessa ideia e nas noções de técnica e de tempo, de razão e de emoção, propõe a construção de um sistema de pensamento que busca entender o espaço geográfico. Levando em conta a nova realidade trazida pelo processo de globalização que se instalava à época, o geógrafo Milton Santos buscou auxílio na história, na filosofia, na sociologia, além de outras disciplinas humanas e sociais, para propor esta teoria geral do espaço humano. Passados vários anos desde sua primeira edição, A Natureza do Espaço ainda mantém o interesse de geógrafos e profissionais que estudam as questões urbanas, dada a riqueza de análise desse geógrafo de renome internacional.
Maria Helena Machado detém-se sobre as relações entre senhores e escravos nos municípios paulistas de Campinas e Taubaté, pesquisadas com base nos processos criminais de escravos, no período entre 1830 e a Abolição. Procura, assim, resgatar os comportamentos escravos em sua multiplicidade de formas e configurações históricas ao longo do tempo: enfocados como fato social, produto orgânico da vida cotidiana nas fazendas, determinados crimes recolocam o escravo como agente social e sujeito histórico, segundo a autora. Desgastar a dominação senhorial, onerá-la em sua amplitude e limitá-la através de resistências e confrontos revelaram-se como atos consequentes, pois permitiram aos escravos forjar espaços de sobrevivência e vida autônomas. Esta segunda edição vem acompanhada de três ensaios, nos quais a autora apresenta balanços da historiografia internacional e brasileira sobre o escravismo, e uma análise a respeito do cativeiro na cidade de São Paulo durante o Império.
Pedro Jaime aborda a inclusão do negro na sociedade brasileira por meio da investigação do racismo e da diversidade no contexto empresarial paulistano, dando espaço, nesta obra, para as vozes de uma categoria social que denomina de "executivos negros". Além de apresentar um levantamento numérico e qualitativo sobre esses indivíduos e os cargos que ocupam, o autor também recorre à etnografia e à reconstrução de narrativas biográficas para mapear a trajetória profissional de duas gerações de executivos negros em São Paulo, nas quais baseia seu estudo. Assim, a obra capta o quadro de mobilidade desse grupo e o conjunto de fatores que o determinam, deixando em evidência as grandes mudanças na construção desses percursos profissionais entre 1970 e o começo do século XXI.
O arqueólogo Eduardo Neves realiza aqui, com base em décadas de pesquisa, uma reconstituição de oito mil anos de história da ocupação humana da Amazônia central – de 10 mil anos atrás até os primeiros momentos da colonização europeia, no século xvi. Escrito para um público geral interessado em história, ciência e antropologia, o livro oferece ao mesmo tempo uma apresentação do ofício da arqueologia, seus métodos, parâmetros, medições, e os resultados reveladores das pesquisas recentes, que comprovam, com a descoberta de cerâmicas datadas de 10 mil anos em áreas de grande dispersão, a ocupação da Amazônia central, no encontro dos rios Negro e Solimões, que cont...