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Este é um livro sobre ioga e meditação, mas também sobre depressão e terrorismo. Um autorretrato desconcertante, bem-humorado e honesto de um homem que luta para viver em harmonia com o mundo e consigo mesmo. Neste entrecruzamento entre o romance e a autobiografia, Carrère não explora apenas os limites da literatura, mas também os da alma humana: a sua e a dos outros. Ao longo dos anos, Emmanuel Carrère galgou o posto de um dos mais importantes escritores franceses da atualidade. Em 2015, já tendo se aprofundado nas práticas de meditação e ioga, decide passar dez dias num retiro de silêncio no interior da França, que ele mesmo chama de "nível hard". Deixa para trás o celular...
No segundo volume do díptico iniciado com O passageiro, o vencedor do Prêmio Pulitzer Cormac McCarthy mergulha na vida de Alicia, internada no hospital psiquiátrico Stella Maris no início dos anos 1970. Em sessões com seu terapeuta, ela aos poucos narra sua história, num retrato íntimo sobre a perda, a saudade e a loucura. "McCarthy volta com dois golpes em sequência [...]. O esperado retorno de uma lenda." — Esquire 1972, Black River Falls, Wisconsin: Alicia Western, aos vinte anos de idade e com quarenta mil dólares em um saco plástico, dá entrada no hospital psiquiátrico Stella Maris. Candidata ao doutorado em matemática pela Universidade de Chicago, é diagnosticada como p...
The publication of Clarice Lispector's Collected Stories, eighty-five in all, is a major literary event. Now, for the first time in English, are all the stories that made her a Brazilian legend: from teenagers coming into awareness of their sexual and artistic powers to humdrum housewives whose lives are shattered by unexpected epiphanies to old people who don't know what to do with themselves. Lispector's stories take us through their lives - and ours. From one of the greatest modern writers, these 85 stories, gathered from the nine collections published during her lifetime, follow Clarice Lispector throughout her life.
Em 1992, João Silvério Trevisan descobriu-se infectado pelo vírus HIV, e acreditava que teria pouco tempo de vida. A tragédia, no entanto, atinge Cláudio, seu irmão mais novo. Vítima de um câncer linfático, ele falece aos 48 anos. Neste romance autobiográfico impactante, Trevisan aborda a intensa amizade entre ele e seu irmão, compondo um quadro de impressionante veracidade sobre a perda. Com uma narrativa poderosa e expressiva, Meu irmão, eu mesmo já nasce um livro fundamental de nossa literatura. Aqui, João Silvério Trevisan partilha com o público a experiência de amar e sobreviver até a última gota. Filho mais velho de uma família de baixa classe média do interior de ...
Vashti Setebestas é uma personagem que anda pela Terra atravessando o tempo, transmutando-se em muitas entidades, muitos corpos e muitos povos. Pelo caminho, é perseguida pela opressão de uma narrativa histórica escrita pelos homens. ASMA é um livro radical para tempos radicais, de Adelaide Ivánova, um dos grandes nomes da poesia brasileira contemporânea. Um projeto caleidoscópico, que vai de Homero a Virginia Woolf, de Chico Science a Ferreira Gullar.
A festa para Virginia Woolf é como um laboratório, um espaço em que a autora lança mão para melhor observar o pathos dos seus personagens. Expostos à solta no salão, seus desejos, medos e fraquezas aparecem dilatados. Woolf é como uma cientista, jogando com suas "peças". Já nas linhas iniciais do conto A apresentação, vemos todas as nuances do pavor da jovem Lily Everit diante das exigências de um evento social: "Lily Everit viu que Mrs. Dalloway vinha abater- se sobre ela desde o outro lado da sala, e teria rezado para ser deixada em paz". Mas não houve tempo para uma prece. E nem rezar teria adiantado muito. Lançada sem paraquedas num encontro com um cavalheiro de gestos duvidosos, Everit vê as certezas da sua emancipação como mulher se dissiparem, enquanto a festa de Mrs. Dalloway se desenrola ao redor. O lusco-fusco entre quem a jovem é e de como precisa agir, para estar ali, exposta em público, é tremendo. O conto A apresentação é uma pequena obra-prima de Woolf, que soa mais cruel, triste e verdadeira a cada nova releitura.
Lançado há 50 anos, O anti-Édipo, de Deleuze e Guattari, nos aponta formas para uma vida antifascista; entre a crítica e a ficção, uma investigação da "arte do erro" em escritas latino-americanas; em entrevista, Eduardo Góes Neves (USP) fala da arqueologia como um saber político e a ocupação da Amazônia; m meio a mudança de governo, o saldo e as perspectivas para a pesquisa em ciências sociais no país, por André Botelho (UFRJ); O invencível verão de Liliana, de Cristina Rivera Garza: palavras para uma vida luminosa, além da tragédia.
Octave é um homem de seu tempo. Vive ancorado no desgosto de sua vida burguesa, em pleno contexto positivista na França da segunda metade do século XIX. Funcionário público e herdeiro, ele contrai um casamento morno, sem vida social intensa... Um belo dia, do nada, uma fada sugere transformá-lo em formiga. Eis que se abre para Octave uma vida com a qual ele jamais poderia sonhar. Por bem ou por mal, a ideia parece valer a pena. Após as experiências intensas de amor e poder, bem como os encontros com a formiga-filósofa, não ao acaso batizada por Octave de "Aristóteles", sua vida jamais será a mesma. O homem-formiga traz reflexões sobre o relacionamento afetivo, sexual, mas també...
O que fazer, pergunta-se o cronista, no universo em desencanto sem primavera alguma a chegar? Como preservar o carinho pelo ínfimo do dia a dia em meio à estridência reacionária que, ágrafa, se apossou das ruas na última década? O pensador Bacanaço tudo disse: "– Pense numa ventania! Só sei que comecei vendendo camisetas tipo Che, Bakunin e 'Não vai ter Copa'... Quando vi estava negociando símbolos da Pátria, bandeiras do Brasil, adesivos e canecas 'Fora Dilma'". Democracia certamente em vertigem, como reencantar o cotidiano? Talvez recorrendo a Heráclito: "Não se bebe duas vezes no mesmo bar-bodega". E, na dialética da história, recordar a mescla inspirada de Caetano Velos...
Um relato cativante sobre os desafios de se sentir estrangeiro. Do vencedor do Prêmio Portugal Telecom de Literatura. Lucy é uma brasileira que tenta levar a vida em Los Angeles. Entre os trabalhos esporádicos, ela procura escrever a biografia da mãe, uma lendária cantora e compositora, que nunca chegou a conhecer de fato. Edição ilustrada pelo autor. "Na fotografia de minha mãe que mais me incomoda, ela está estirada no colo de quatro homens sentados num sofá branco", nos diz a narradora deste romance sobre identidade, amor e memória. Lucineide, ou Lucy, é uma brasileira que mora no subúrbio de Los Angeles, na Califórnia. É fã de Marilyn Monroe. Seus amigos são Hani, uma de...