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Encantamento. O poder que as palavras têm de nos fazer mergulhar em magia e feitiço, numa sedução palavresca que nos pega pela mão e pelos olhos. Fascinação, a la Manoel de Barros, numa vontade de medir o mundo com os sentidos. Aqui olfato, tato e visão ganham outra dimensão, outros desdobramentos. Com prefácio de Marcelo Moraes Caetano, 'As esquecidas ermâncias de Destino' é uma narrativa poética de dobrar as vistas em contemplação, como toda coisa que "entamanha", que faz rebuliço nos sentidos, como se pudéssemos "engolir respiro". As palavras de Diego Kullmann são "rabiscos de inventariar mundos", como se a beleza do silêncio estivesse presente em cada alma que abre uma página do livro e fizesse com que o leitor fosse livre – verdadeiramente livre para percorrer as histórias e se deleitar entre vírgulas e pontos. Livre para navegar em sentidos próprios. É preciso "chorar o choro doído pra fora", ouvir o "canto que num é de caber gente", estar "na companhia do sopro do mundo" e "adequar o nome ao tempo", pois a linguagem do livro nos leva à epifania e à compreensão de que "A verdade é coisa que tá dentro da gente".
Os vinte e cinco textos que compõem esta coletânea trouxeram autores com sua escrita sobre os tempos do isolamento, causados pela pandemia da Covid-19, que modificaram os parâmetros de liberdade e obrigaram a população, em um contexto de ficção científica, a guardar distanciamento social e quarentenas obrigatórias dentro de casas, hotéis e até mesmo em seus próprios quartos. Os textos, incentivados pela Editora organizadora como forma de trazer lucidez e o entusiasmo de um projeto novo aos escritores confinados, são compostos de contos e crônicas de autores do Brasil e de Portugal, com suas percepções, criações artísticas e reflexões preciosas, constituindo mesmo um regis...
O 'Guia essencial de autores iniciantes: 54 perguntas e respostas' é uma importante ferramenta para aqueles autores que buscam alternativas para a publicação, abordando desde questões básicas sobre o funcionamento dos processos editoriais até dicas relevantes para encontrar o melhor caminho para sua obra. O livro se divide em três partes, abordando o aspecto do trabalho com o texto; a parte de logística, transporte e distribuição; e, por fim, a divulgação e os serviços associados a uma publicação. Com a narrativa de Paula Cajaty, a partir da experiência de mais de dez anos como autora e editora no mercado editorial, este pode ser um ótimo guia para sua jornada.
Vitor Vicente abre o seu diário de bordo até à cidade de Barcelona, cuja temporada aí vivida o autor narra ao longo desta obra de prosa firme e intensa. O autor fala-nos dos hábitos e peculiaridades catalães em confronto com um olhar português – ou emigrantuguês – enquanto partilha as suas vivências anteriores, noutros espaços e noutras épocas. Lourdes, Zé Paulo, Ricardo, Tina – feministas, senhorios, amigos, colegas de quarto, colegas de trabalho, são algumas das personagens que habitam estas páginas e o seu retrato revela as fragilidades e forças que dão complexidade ao ser humano – de quem o autor não consegue escapar, nem quando mais deseja a solidão. "Sobre vivências em Barcelona" é um diário que registra as dores e sensações da deslocação da terra natal, ao melhor estilo da literatura de viagem, e vem preenchido de momentos de luta e mordacidade, mas também é tecido com alegria, ternura e esperança.
Medo, controle, violência, suspeita, moralidade – o romance O lugar, de Silvio Gomes passeia por uma sociedade distópica onde povo e governo são cúmplices em suas ações. O discurso de morte vence em prol das estatísticas de segurança, que mostram que expurgos são bem-vindos e ocupam um lugar de destaque na mente da população. Amparada nesse espaço onde ocorrem linchamentos, humilhações e manifestações de ódio, a população luta contra a imoralidade e os crimes, acreditando que está a construir um lugar perfeito. O protagonista Lázaro Vide, leitor voraz e amante de obras como 'Utopia', de Thomas More, acredita, ao contrário, que deve existir um lugar onde haja esperança, cuidado, confiança, um reino de amor. Ele busca incessantemente "O lugar" que, em sua concepção, é oposto da sociedade atual, e essa busca perpassa momentos de revolta, de temor e de questionamentos filosóficos sobre paz, harmonia e perfeição.
Todos nós podemos (senão devemos) ser nós próprios e o nosso contrário - nisto acredita o narrador de 'Israel, Jezebel'. Opondo a realidade de estar em casa ou longe dela, a religiosidade ou sua falta, uma paixão profana ou a busca pelo sagrado, o escritor português Vitor Vicente nos apresenta o seu romance em dois momentos distintos: o presente, em Israel; e um passado recente, onde há o percurso do seu relacionamento com Jezebel. Expatriado e em constante mudança, segue viagem não pelo destino, mas pelo prazer da trajetória. Carregando a vida em sua bagagem, vai descobrir que sua Pátria não está em um lugar, mas no contato com as pessoas com quem cruza e as que se demoram, nos encontros com Jezebel, e em Deus. Mas, antes mesmo de se identificar com qualquer religião, para ele a busca por significados está nas coisas pequenas. É assim que segue seus dias. É assim que se encontra. É como admite construir a sua narrativa romanesca. 'Israel, Jezebel' é um livro inusitado que faz refletir sobre as contradições que nos constroem, com as quais muitas vezes lutamos, mas que são também parte de nós.
Sentado, olhei para o outro banco, a dez ou quinze metros à minha esquerda. Dali, vi minha mãe, numa remota manhã de inverno. Não saberia precisar minha memória mais antiga, porém aquela era suficientemente turva para que eu quase duvidasse de sua existência. Em 'Pequenos sonhos do tempo', o autor Árion Lucas percorre os espaços da infância e da juventude, que já lhe parecem tão distantes como uma história ficcional. Sua memória confunde-se entre sensações e visões, em uma eterna busca, um resgate necessário. Para seguir, há que compreender o que ficou para trás. A viagem do amadurecimento, o inventário das perdas, soma-se com a suavidade e beleza do tempo, que atravessa a nós, seres humanos, cruel e igualmente, existe porém desfaz-se feito areia fina na palma da mão. Poético e emocionante, Árion Lucas estreia como romancista em um livro que transforma, desperta e toca fundo.
O segundo volume da duologia "Toda forma de amor" é um livro que relata histórias emocionantes e verdadeiras de personagens LGBT+ que enfrentam desafios e superam preconceitos em sua jornada pelo amor. A obra traz uma variedade de temas, desde amores proibidos e relacionamentos secretos até a busca pela aceitação e a luta contra a discriminação. Com personagens fortes e relacionamentos inesperados, "Toda forma de amor, volume 2" é uma leitura inspiradora e emocionante para todos aqueles que acreditam que o amor verdadeiro não tem fronteiras.
A obra Comunicação, Cultura e Identidade reúne artigos que abordam a cultura popular e o folclore a partir de sua conexão com a comunicação, apresentando esses elementos como processos mediadores na promoção da visibilidade de grupos marginalizados e na constituição da identidade cultural do Tocantins. A partir do olhar microssocial, os textos da coletânea estabelecem conexões com as questões macrossociais de nosso tempo, pois a forma como interagimos, as escolhas que fazemos, as músicas que compartilhamos nas relações privadas e interpessoais, enfim, dão as pistas para o entendimento das sociedades. Devido a isso, esta obra interessará tanto aos que compartilham o cotidian...
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