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Os textos reunidos são desdobramentos de comunicações que integraram as sessões do VI Colóquio Internacional Áfricas, Literatura e Contemporaneidade, realizado na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo em 2019. Composto por resultados de trabalhos em andamento, desenvolvidos em sua maioria por estudantes vinculados a Programas de Pós-Graduação, o volume constitui uma amostragem dos caminhos que vêm sendo percorridos no domínio das Literaturas Africanas entre nós. Fruto de um esforço coletivo de investimento nas discussões que o presente reclama, os artigos, na sua diversidade, inclusive pela opção transdisciplinar que caracteriza os e...
"PARA ALÉM DOS 'FATOS' - O 'morticínio eleitoral' na freguesia de Cajazeiras, província da Paraíba do Norte (1872-1877)", dissertação de mestrado escrita por Maria Larisse Elias da Silva, chega agora às mãos dos leitores e das leitoras em formato de livro. A narrativa histórica construída pela autora está assentada em uma pesquisa realizada com rigor teórico e metodológico, permitindo que por meio da leitura se identifiquem fontes documentais como os jornais que circularam na Corte nos oitocentos e as apropriações que a autora fez do processo-crime e dos anais do Senado Imperial entre os anos de 1872 e 1877, na elaboração da cartografia dos acontecimentos. Os prazeres da lei...
A prestigiada historiadora Profa. Dra. Maria Izilda Santos de Matos aborda a construção das masculinidades priorizando uma perspectiva histórica e focalizando a primeira metade do século XX. Destacam-se questões como alcoolismo, trabalho, representações, corpos, subjetividades, sensibilidades e emoções. A obra inicia apresentando discussões sobre os estudos de gênero, masculinidade hegemônica, sensibilidades e subjetividades, recuperando a produção sobre essas temáticas na historiografia e nas Ciências Humanas e Sociais. Na sequência, analisa-se a "questão do alcoolismo", dialogando com uma ampla documentação médico-higienista-sanitarista-eugenista. Os discursos referentes às campanhas antialcoolismo foram empreendidos por várias instituições, dirigiam-se aos homens, em particular, os populares, construindo uma trama de relações entre trabalho-família-violência-crime, que reforçavam e difundiam padrões hegemônicos de masculinidade e no contraponto do "não-dever-ser" masculino – o alcoólatra.
"Iranilson Buriti revisita a obra da missionária inglesa Sarah Kalley 'A Alegria da Casa' (1866) como um dispositivo pedagógico que contempla discursos moralizadores ancorados em ideias e práticas de disciplinarização e higienização. Inserindo-se numa perspectiva da história da cultura da escrita, Iranilson observa a obra da Sarah Kalley como um dispositivo pedagógico que contempla discursos moralizadores ancorados em ideias e práticas de disciplinarização e higienização. Discursos esses que foram elaborados, difundidos, (re)apropriados e (re)utilizados reforçando aconselhamentos doutrinadores e modelares voltados para a mulher-mãe nas suas práticas cotidianas. Contemplando ...
As homossexualidades saíram do armário da historiografia tradicional e brasileira bem recentemente. No entanto, os estudos voltados ao tema, em sua grande maioria, colocam uma lente de aumento sobre as grandes metrópoles como recorte espacial. O objetivo desta obra contempla essas bichas ainda silenciadas por uma historiografia que demonstrou os movimentos migratórios desses sujeitos no século passado, saindo de suas cidades natais para construir outros laços de sociabilidade nos grandes centros urbanos e nas capitais do Sudeste, em sua grande maioria. Nessa virada de século, outros deslocamentos e permanências aconteceram. Muitos gays permanecem nos rincões do país, construindo ou...
A nova obra do historiador Giovane Pazuch analisa o cotidiano dos deslocamentos e os conflitos surgidos das relações de poder e sociabilidade entre os imigrantes italianos e desses com as autoridades civis e religiosas, através das redes familiares e parentais, para ocupar espaços e posições de poder na colônia de Silveira Martins - RS. O recorte temporal da pesquisa abarca o período entre 1877 e 1920, para possibilitar a compreensão das permanências e das rupturas nas relações de poder ao longo do tempo entre os próprios imigrantes e desses com o Estado brasileiro e a Igreja Católica. O recorte espacial abrange o território da região da Quarta Colônia, composto pela sede da colônia de Silveira Martins, suas linhas, travessões e "Sociedades da Capela". O autor também busca analisar o protagonismo das mulheres e suas jornadas de trabalho como educadoras e trabalhadoras: no lar, cuidando dos filhos e da casa, e no campo, cuidando da lavoura e dos animais junto ao esposo e aos filhos.
Neste livro, Suzane Caroline Gil Frutuoso analisa o retorno de brasileiros depois de anos no exterior e o impacto de voltar a viver na cidade de São Paulo, com suas vantagens e desvantagens do ponto de vista social, econômico, urbano e emocional. Antes esperançosos quanto ao retorno, a maior parte demonstrou decepção com situações que parecem nunca mudar, como segurança, transporte, educação. É um retrato de uma nova face dos deslocamentos, das migrações e da mobilidade humana no século 21 num cenário globalizado e com um ambiente urbano - a cidade de São Paulo - que afeta diretamente a identidade na sociedade e a maneira de se relacionar.
"O livro do Prof. Dr. Ricardo Abdalla aborda com profundidade como a comida tida como árabe foi reconhecida e valorizada na cidade de São Paulo, tornando-se parte da alimentação cotidiana. Levanta ainda a importância da identidade de gênero na produção dos pratos, mas também a relevância do feminino na dinâmica familiar, mesmo que de forma velada, pois a cultura não reconhecia tal destaque. O autor realiza uma pesquisa etnográfica de porte em estabelecimentos de restauração e entrevista imigrantes e seus descendentes – a escuta ativa e sensível foi fundamental para o resgate da memória e a qualidade da sua obra. Traz peculiaridades da alimentação, utensílios da produção e diálogos que traduzem o percurso da inserção da comida árabe em São Paulo, como bem diz sobre as permanências e transformações ao longo do tempo. Trata-se de uma obra imperdível para aqueles que pesquisam a história da alimentação, da gastronomia e para todos que se interessam pelo protagonismo feminino, que irradia efeitos por meio de suas produções e relações estabelecidas pelos sírio-libaneses e descendentes." (Prof. Dra. Maria Luiza Bullentini Facury - Malu)
Com o objetivo de contribuir com o campo de discussão teórica e prática acerca dos caminhos da educação nacional a presente obra convida um seleto grupo de pesquisadores a compartilharem os resultados de suas investigações. O resultado é uma obra densa e de múltiplos olhares que amplia os horizontes de pesquisadores e educadores nacionais. De cunho interdisciplinar, contemplando as relações entre educação, arte e história da cultura o presente livro busca ampliar o campo teórico, afinal educação está em tudo. Agrupando estudos em três grandes eixos: Proposições e Perspectivas, Possibilidade e Diálogos, e Política e Conjecturas, o livro aponta para o rico e plural panorama dos estudos de educação brasileiro. Face ao esvaziamento teórico e instrumental que tem permeado as políticas e práticas educacionais nacionais, a obra traz fôlego e esperança, e por que não dizer inspiração, a todos aqueles que almejam construir um mundo melhor por meio da educação.
A grande emigração/imigração ocorrida a partir da segunda metade do século XIX até os primeiros anos do século XX colocou em marcha milhões de pessoas, em particular da Europa para as Américas, em busca de melhores condições de vida. Nesse contexto é abordada a emigração/imigração portuguesa para e no Brasil, em especial para o estado de São Paulo, cujo desenvolvimento econômico era liderado pelo café, que tem na cidade de Santos seu porto exportador. Esse desenvolvimento atraiu milhares de imigrantes para a cidade, principalmente portugueses, que ali se estabeleceram, criando raízes, dando seu contributo como trabalhadores e empresários. Associações de lazer, saúde, beneficência, educação e cultura criadas por esses sujeitos, algumas delas identificadas por seus edifícios, são marcos da presença lusitana. Até meados do século XX, Santos era conhecida como "uma cidade portuguesa", incluindo portugueses e descendentes.