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"Havia um poema a ser feito. Mas, antes, havia a menina. E havia a avó – de quem a menina admirava o jeito de ver o mundo com as palavras." É a partir dessa admiração entre neta e avó que a autora Carla Kinzo entretece palavras nessa prosa poética ricamente ilustrada com o traço de Rafa Anton. Conforme a menina se aproxima da escrita, a avó vai incentivando suas tentativas de fazer poesia, para, juntas, descobrirem a imensidão existente em um grão.
No fim do ano de 1968, em Niterói, Cléa é presa em casa por militares da ditadura vigente. Estão à procura do seu marido, deputado em seu segundo mandato. Cléa tem dois filhos pequenos e está grávida de Ana. A prisão, a tortura e o medo cindem a vida da família e instauram entre todos o silêncio. Décadas depois, a história emerge em um diálogo entre mãe e filha, numa busca dolorosa pela verdade e pela possibilidade de reescrever um novo começo. Nascer de novo, como resposta a um momento histórico em que tudo parecia acabar. "Mãe e filha atentas à palavra, como se pela primeira vez se deixassem falar, dialogam sobre a mais dramática circunstância política, a ditadura e suas violências fartas. Assim se constrói a narrativa tensa e vívida de Ana Kiffer. Um breve romance saturado de história, saturado de dor de um país, dor escrita com tinta que não se apaga." Julián Fuks
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Neste livro incisivo, Paulo Martins desnaturaliza os critérios expressivistas de interpretação da elegia erótica do poeta latino Propércio correntes na Universidade, onde ainda é lido. Eles são in- diferentes à historicidade dos preceitos técnicos de sua invenção como ficção poética. Paulo afirma que, ingênua ou não, a indiferença é uma prática etnocêntrica. Universaliza o modo moderno de definir e consumir poesia como literatura e imagina que as paixões romanas dos poemas são sustos contemporâneos que, ao serem impressos, expressam a subjetividade do autor. A especificação retórica do gênero “elegia erótica” faz os poemas aparecer ...
Observar a ação em pleno ato. A priori nos parece muito difícil criarmos parâmetros suficientes para refletirmos o momento enquanto o próprio movimento acontece, no entanto, por muitas vezes, é exatamente ali que essa oportunidade surge em sua mais ávida forma de razão. O poeta e jornalista Igor Calazans reúne nessa obra uma série de entrevistas com 40 poetas, das mais diferentes vertentes e regiões do Brasil, para inquietar suas percepções sobre a produção poética contemporânea em nosso país. São 400 respostas para 10 perguntas iguais e que proporcionarão ao leitor de hoje e, quem sabe, do amanhã, a impressão mais presencial possível de quem pensa e faz poesia na atua...