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Mary del Priore abre ao leitor uma vista privilegiada dos conflitos e intrigas que antecederam a queda do Império brasileiro Entre descrições evocativas de Petrópolis, Rio de Janeiro e Paris, trechos de cartas que permitem vislumbrar a interioridade dos biografados e excertos de jornais e revistas que revelam os anseios populares e o cotidiano do século XIX, O castelo de papel é um envolvente retrato do período que antecedeu a queda do Império brasileiro – uma nação mergulhada em conflitos irreconciliáveis, tentando resistir à inexorável marcha da história.
O presente livro permite ao leitor um intenso passeio por temas caros à poeta Marly de Oliveira (1935-2007), que tem aqui registrados exemplares luminosos de sua poesia. "A publicação de Um feixe de rúculas tem uma razão de ser editorial, poética, histórica, humanista e finalmente literária. Se perfilaria quase uma falta se esta obra persistisse desconhecida! Além da poesia que virá com a leitura, há um universo de questões raras e protagonistas bem identificados com uma urgência revelatória sem a qual a verdade da vida e da arte falhariam". (Maria Bonomi) "Ninguém escreve fora da vida. E há quem escreva, como Marly de Oliveira, sobre sua vida. E isto nos diga, com precisão e franqueza. Como nos mostra, sem disfarces, qual sua linhagem poética, ao longo de toda a sua obra, que é, na realidade, uma série de retratos, tomados ao longo do tempo, na qual cada rosto que passou se justapõe aos outros e com eles cubisticamente se vincula, como se os espelhos em que se refletem fossem as "janelas simultâneas" de Delaunay." (Alberto da Costa e Silva)
Sorte do leitor que tem em mãos este livro. "Papéis de poesia II" proporciona momentos de deslumbramento ao percorrer as veredas da poesia, mapeadas pelas sábias e sensíveis mãos do autor. O título já antecipa seu assunto: a poesia. A propósito, Antonio Carlos Secchin compartilha com seus leitores variadas maneiras de ler, de discutir e – até! – de escrever poesia. Devassa bastidores de alguns de seus poemas, apresenta o percurso de suas leituras de poemas alheios e não hesita em discutir aspectos gerais da poesia. Em tudo e por tudo isso, propõe um belo passeio pelo território da poesia que, como diz Secchin, é "linguagem descompromissada com o caráter utilitário da palavra". Marisa Lajolo
O leitor deste volume certamente concordará com João Cabral, que admirava a produção poética e crítica de Antonio Carlos Secchin. "Papéis de prosa" reúne discursos acadêmicos, entrevistas, uma reflexão sobre a língua portuguesa e ensaios sobre a literatura brasileira, com destaque à obra de Machado de Assis. As análises percorrem os meandros de cada texto em busca de novas relações simbólicas. Em seu conjunto, são recortes pensados e elaborados por um olhar agudo, e escritos com senso plástico e concisão: faca só lâmina. Para o deleite do leitor, a minuciosa mirada analítica de Secchin é movida por um sopro lírico, tornando esses ensaios uma prosa também poética. Milton Hatoum
Esta obra dirige-se a qualquer pessoa – estudante, profissional ou simples falante da língua portuguesa – que, em algum momento de desempenho linguístico, sinta algum tipo de dificuldade na formulação de seu enunciado. Atualizada conforme o novo acordo ortográfico e organizada a partir do exame de livros, jornais, revistas e peças teatrais contemporâneos, ela informa como está sendo usada a língua e, quando oportuno, as prescrições que a tradição vem repetindo. Partindo do princípio de que o uso pode contrariar a norma, e o falante tem liberdade de escolha, o livro lhe dá a conhecer os dois lados da questão: o modo como os manuais normativos dizem que "deve ser" o uso, e o modo como, realmente, ele "é".
Este volume traz, pela primeira vez no Brasil, a publicação em conjunto de três obras fundamentais do materialismo de Diderot, redigidas por volta da década de 1770: Os Princípios filosóficos sobre a matéria e o movimento, O Sonho de d'Alembert e Os Elementos de fisiologia. "Dirigindo-se a nós sem ter a intenção de fazê-lo, pronunciando-se a partir de um século, de uma época cada vez mais estranha à nossa, Diderot, filósofo da natureza, é portador de um segredo que nos interessa conhecer. Para haver biologia, foi preciso antes haver materialismo – não como uma ontologia alternativa às existentes, mas como ponto de vista da enunciação do 'real': da sua realização no discurso." (Pedro Paulo Pimenta, na apresentação)