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Menino já crescido, Carlos descobre numa gaveta secreta do escritório do pai, um soneto manuscrito por ele, junto a duas cartas: uma escrita por ele, endereçada à mulher inspiradora dos versos, e outra, feita por ela em resposta. Os versos deste soneto impressionam o rapaz que decide encontrar a identidade desta musa, procurando-a em cada mulher que o rodeia ao longo de sua vida, em todas as caligrafias, na sala de costura de sua mãe, no colégio, nas ruas. E ele encontra várias delas. Fascinado, ele as observa de longe no início, e depois, de muito perto, aprendendo com elas, alcançando seus segredos à medida que cresce e se envolve em suas vidas. As mulheres do soneto gravitam em ...
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Na adolescência, Antonieta Neves é vítima de uma violência sexual, que a leva a fugir do Rio Grande do Norte para São Paulo. Desaparecida por seis anos, período em que enfrenta anos duros naquela cidade, é descoberta e ajudada por uma assistente social que fazia um levantamento dos moradores de rua durante a pandemia. A profissional acaba por descobrir que os parentes próximos de Antonieta foram vitimados pela covid-19, exceto seu pai, e convence a moça a voltar para suas terras e ajudá-lo na recuperação dos negócios da família. Antonieta recomeça a vida em Macaíba, vestindo a pele imaginária de Nieta Duboc, e neste retorno descobre preciosos segredos de sua mãe, guardados no porão. As histórias de mãe e filha se entrecruzam quando a moça estabelece uma relação amorosa com um homem que se prova filho do homem que foi o grande amor de sua mãe, antes de se casar com seu pai. O casal vive uma relação intensa onde o sexo tem papel central e motriz na resolução dos traumas de Antonieta. O prazer feminino assume um tom axial nesse livro de beleza ímpar.
Vitor Ressler, aos 15 anos, sofre um acidente que marca seu rosto para sempre. Entre os corredores da escola e as ruas da cidade onde mora, submete-se ao olhar dos outros, à crueldade do bullying, e forma sua própria identidade. Ao longo da história, o jovem toma consciência dos preconceitos e visões deturpadas de mundo que atravessam o estrato social ao qual pertence, a classe média cai-não-cai, e descobre que suas ideias sobre futuro e progresso pessoal são um amálgama das possibilidades da juventude com as limitações que a própria vida lhe impõe. O que cabe em duas linhas é a jornada de autodescoberta de um adolescente com toda tragédia e beleza que essa etapa da vida encerra. Um romance de formação sensível que reverbera o que todos nós vivemos e sentimos um dia. Pois, como disse o poeta: "todo mundo é parecido quando sente dor".
Caminhos abertos - O que viajar nos ensina sobre liderança, propósito e fazer a diferença no mundo nasceu da seguinte pergunta: "Será que todos nós nascemos verdadeiramente livres?" A partir desta questão, Riq nos convida a conhecer a sua trajetória desde a infância vivida em um típico lar de classe média paulistana, cheio de cobranças e expectativas, até se tornar um dos empreendedores mais inovadores do país na atualidade. Desiludido e insatisfeito com os padrões de sucesso impostos pela sociedade, Riq, ainda muito jovem e recém-saído da faculdade, deixou para trás um emprego dos sonhos em um prestigiado banco de investimentos e tomou a corajosa decisão de sair para desbr...
O caldeirão da Velha Chica e outras histórias brasileiras, de Alexandre Staut, traz uma pesquisa informal e apaixonada sobre alimentação popular brasileira, que dura mais de 15 anos. O autor se vale do jornalismo literário, de relatos de viagem, da história oral, da antropologia e até de ficção, para falar deste tema bastante saboroso. A obra foi dividida em cinco partes. Na primeira, o autor visita a culinária dos povos originários em passeios por aldeias indígenas do Mato Grosso e do litoral do Rio de Janeiro; depois sobrevoa a Amazônia, e então se embrenha pela floresta nos arredores de Manaus e de Belém, onde recolhe diversos depoimentos. Na segunda parte, aborda a contrib...
Bolsonarismo, integralismo e fascismo: diálogos entre Jair Bolsonaro, Plínio Salgado e Benito Mussolini mergulha de forma acessível e esclarecedora no mundo da política brasileira, tanto contemporânea quanto histórica. Este livro enfrenta o desafio de compreender os movimentos antidemocráticos que ecoam pelo Brasil e pelo mundo, sem sobrecarregar o leitor com jargões acadêmicos. Ao se debruçar sobre discursos, obras e programas de líderes como Mussolini, Plínio Salgado e Jair Bolsonaro, o livro busca responder a uma pergunta crucial: o fascismo, que teve seu auge na Europa até 1945, pode ressurgir em diferentes períodos e lugares, incluindo o Brasil? Com uma abordagem crítica,...
No Recife dos anos 1990, essa é a história de duas viúvas, vizinhas e inimigas, cujos maridos mataram um ao outro em um grotesco duelo sem sentido. Fragmentos de memória (e também de invenção) da narradora (que reescreve fatos que testemunhou na infância) revelam ao leitor as personagens, que poderiam comungar suas dores, mas decidem enfrentá-las com vingança. "O ódio entre Margarete e Guiomar era genuíno, tão explicável e entendível que não havia lados ou partidos entre os moradores da vila. Ninguém torcia por uma, ou por outra. Alguns talvez torcessem contra as duas, e sigilosamente desejassem que sumissem, aliviando-os de presenças tão pesadas." Em linguagem fluente, sóbria, em vários momentos poética e com passagens bem-humoradas, As viúvas passam bem - livro finalista do Prémio Leya, de Portugal - é um romance sobre a beleza frágil do amor. Trata também dos movimentos da vida e do sempre possível recomeço.
Nestes Rodapés, Wilson Castello de Almeida, um dos maiores psicodramatistas brasileiros, reforça o time dos que entendem o psicodrama como método de grupo, com o grupo e pelo grupo. Das anotações sobre sexualidade ao silêncio no diálogo terapêutico, o autor inspira-se nas ideias da literatura beaconiana para tecer comentários sobre a obra de J. L. Moreno.