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"De todas as únicas maneiras", como todas as histórias de amor, continua atual mesmo 20 anos depois de escrito. Composto de textos breves, que se entretecem numa espécie de romance em fragmentos, o livro mistura ritmos e sons em cenas quase poéticas, marcadas pela ausência ou pela busca de uma personagem misteriosa – ou seriam várias? – cujo nome se resume a "ela". Em tempos de amores líquidos e mensagens instantâneas, com um mundo virtual de diversões ao alcance dos dedos, nada mais oportuno para as novas (e antigas) gerações do que (re)descobrir em todas as suas únicas maneiras – a cada nova atualidade. Se os tempos são outros, agora muito mais velozes ou efêmeros, os sentimentos são ainda os mesmos. E ainda cabem nas palavras, talvez mais do que em mil imagens, como fica claro nestas histórias (ou neste mosaico que forma sempre a mesma história). Os cortes e a montagem, como num filme, ou o arranjo, como numa canção, dão o tom de uma obra original, que transita entre os diversos gêneros para falar de um romance.
Mais que uma mera história de detetive – ou pelo menos uma das mais originais. As pistas (às vezes falsas) vão sendo deixadas pelo caminho, ampliando as possibilidades de leitura. Mas este não é um livro comum de mistério – a trama revela uma série de costuras, dobras e compartimentos secretos, habilmente tecidos em tintas e cores inesperadas. Por mais que as máquinas infalíveis de pesquisar e descobrir tudo estejam presentes e sejam esmiuçadas em suas improváveis engrenagens, por mais explícitas que sejam as ligações entre as personagens (a mãe doente, o pai já falecido, as amantes singulares ou plurais, o detetive), por mais revelações surpreendentes, artefatos e dispositivos que possam ou não ser inventados, o que está em jogo aqui em primeiro lugar é o sabor da linguagem: a mistura de ritmos, sons, enredos e gêneros, a dosagem de cada ingrediente na medida exata para aguçar o paladar do leitor – enquanto se desvenda a fórmula mágica, o teorema incompleto que possa decifrar a palavra-chave que dê nome a esta misteriosa invenção.
Este "outro" traz uma série de textos lançados em publicações esparsas, em épocas diversas, mas que estranhamente se combinam e se fundem numa mistura única, adquirindo novos sentidos a cada leitura. Aqui estão presentes algumas das obsessões do autor (os desencontros amorosos, a impossibilidade da palavra mágica que a tudo explique, as perdas e ganhos que a vida nos leva), sempre temperadas por certas variações de ritmo e de forma – de modo que às vezes o "como" se diz tem prevalência sobre o que (não?) se diz. Uma mulher, uma filha, uma noiva que dança, crianças que brincam em carrossel, quantas outras personagens cabem por trás do espelho? Cada conto tem sua própria história e sua própria voz, mas todos também se entrelaçam tecendo novas tramas, ao gosto do leitor. Em meio às ausências e transformações trazidas pelo tempo, o que fica mesmo é a escrita – esta maneira única e tão antiga de dizer de um jeito novo o que se esconde dentro das palavras, muto além do que elas saibam ou não dizer.
Beginning with volume 41 (1979), the University of Texas Press became the publisher of the Handbook of Latin American Studies, the most comprehensive annual bibliography in the field. Compiled by the Hispanic Division of the Library of Congress and annotated by a corps of more than 130 specialists in various disciplines, the Handbook alternates from year to year between social sciences and humanities. The Handbook annotates works on Mexico, Central America, the Caribbean and the Guianas, Spanish South America, and Brazil, as well as materials covering Latin America as a whole. Most of the subsections are preceded by introductory essays that serve as biannual evaluations of the literature and...
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