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O objectivo da obra é o de apresentar arquivos muito pouco conhecidos, ou mesmo desconhecidos, interrogá-los e analisá-los à luz de novas perspectivas históricas e arquivísticas, descobrir as “vozes” de quem os produziu - e formular, assim, novas questões de investigação. Divide-se em três partes: “Recovering, reconstructing and (re)discovering family and personal archives”; “From a social, political and cultural history of the families to a social history of the archives”; “Public preservation and promotion of family and personal archives”.
Looking at the experiences of women in early modern Portugal in the context of crime and forgiveness, this study demonstrates the extent to which judicial and quasi-judicial records can be used to examine the implications of crime in women’s lives, whether as victims or culprits. The foundational basis for this study is two sets of manuscript sources that highlight two distinct yet connected experiences of women as participants in the criminal process. One consists of a collection of archival documents from the first half of the seventeenth century, a corpus called 'querelas,' in which formal accusations of criminal acts were registered. This is a rich source of information not only about ...
Na coleção Sete Melhores Contos o crítico August Nemo apresenta autores que fazem parte da história da literatura em língua portuguesa. Neste volume, trazemos João da Câmara, escritor e dramaturgo, o primeiro português a ser nomeado para o Prémio Nobel da Literatura, em 1901. Não deixe de conferir os demais volumes desta série! Os contos presentes nessa obra são: - As mães. - O baile dos velhos. - A outra. - O paquete. - Perdido. - Ad Astra. - O ventura.
Nascida em 1877 no seio de uma família tradicional portuguesa, Constança Telles da Gama teve uma vida tão intensa e rica como agitada e surpreendente. Mulher enérgica e de espírito firme, foi o «fio-de-prumo» da sua família em tempo de grande agitação política em Portugal e no mundo. E foi uma protagonista inesperada na sociedade portuguesa nos anos seguintes à implantação da República – que a levou à prisão, mas também a conhecer o amor da sua vida. Após ter escrito Vera Lagoa - Um diabo de Saias, a historiadora Maria João da Câmara regressa com a biografia desta mulher notável que foi Constança Telles da Gama. Escrita em forma de memórias imaginadas e tendo por base um importante acervo documental até agora desconhecido, a história desta mulher interpela o leitor pelo seu lado profundamente humano e tocante, dando também a conhecer o país na viragem do século xx, afinal menos conhecido do que julgamos.
«Quem queira [...] entender melhor o mundo tome estas linhas como uma lição. O que me faz pensar que posso ensinar algo a alguém? A decrepitude. A circunspeção. A sabedoria. E a visão muito próxima da inevitável morte. Mas também o ter vivido em dois mundos muito diferentes. Diferentes no clima, nos humores, nas pessoas, nas belezas. Da viagem de ida por mares revoltos ao caminho de volta, lindo e suave, feliz e solitário, por vezes desesperantemente lento, a compasso de mulas e cavalos cansados, por caminhos pedregosos. Da pobreza e da penúria do reino de Portugal à riqueza ofuscante do reino de Inglaterra. [...] De tudo vivi. De tudo quero falar. Do riso, do sofrimento e da alegria, da fraqueza e da força. Da saudade e da solidão maior e mais aflitiva, mas também da paixão e da amizade mais profunda e duradoura. Da vida e da morte.»
Até se cruzar com D. Manuel, Isabel era uma noviça que devotava o seu amor apenas a Deus. Um dia, traída pelo coração, cede ao desejo do futuro monarca. Desta relação nasce Teresa, que crescerá longe dos pais. Anos mais tarde, já com D. Manuel no trono, Teresa, viúva e com duas filhas, conta com o apoio do pai para refazer a sua vida com Rodrigo, escrivão da Fazenda. Dará, então, início a uma saga familiar que se irá prolongar por mais de um século, marcado por intrigas palacianas, campanhas militares, jogos de política internacional e pela sincera devoção a um Reino. Reconstruindo de maneira rigorosa o quotidiano social da época e com uma trama brilhante onde coexistem lealdade e cobiça ou amor e perdão, O pecado e a honra é uma obra apaixonante, que não deixará de prender o leitor mais exigente.
O discurso oficial sobre o 25 de Abril de 1974 tem apresentado esta data como o momento fundador da democracia em Portugal. No entanto, a democracia apenas se pode considerar verdadeiramente instituída em 25 de Abril de 1976, com a entrada em vigor da actual Constituição. Até lá o país viveu sob tutela militar, que se caracterizou pela violação constante dos direitos fundamentais dos cidadãos, com prisões sem culpa formada, ausência de «habeas corpus», saneamento de funcionários, sequestro de empresários, e contestação de decisões judiciais. Em 1975 Portugal esteve à beira da guerra civil, o que só viria a ser travado em 25 de Novembro desse ano, uma data que hoje muitos se recusam a comemorar. Nesta obra pretendemos dar a conhecer o que efectivamente se passou nos dois anos que durou o processo revolucionário no nosso país, no intuito de contribuir para um verdadeiro debate sobre um período histórico muito próximo, mas que não é detalhadamente conhecido pelas gerações mais novas.
José Salgado é um sapateiro que vive em Alcabideche mas não é feliz. O seu grande sonho é ser pescador, ou marinheiro. Como ele gostaria de viver junto ao mar, na aldeia de Cascais! Mas o seu desejo parece muito difícil de realizar. Sintra domina toda a região, ela é que decide o destino das gentes de Cascais. Só o rei poderá mudar as coisas. Quando virá a carta real que fará de Cascais uma vila virada para o mar, uma carta que poderá levar o José a viajar pelo mar fora, correr mundo, enfrentar tempestades?
Assumindo-se como um retrato da sociedade portuguesa setecentista (a acção decorre entre 1560 e 1710), dividida entre Lisboa e o Império Português no Oriente, no âmbito do qual a autora caracteriza a vida na corte e as casas da fidalguia, a dureza da roda dos expostos, onde eram abandonadas as crianças enjeitadas e a vida atribulada dos marinheiros nas longas travessias até ao Oriente, a acção de «Crónica de Amor e Mar» desenrola-se a partir da voluptuosa mas trágica história de amor entre D. Leonor e D. Henrique. Uma história de amor que apesar de nunca assumida, resulta na gestação de uma criança que é imediatamente entregue à Roda dos Expostos, expostos de ontem e de hoje, a quem a autora dedica aliás este o livro, e cujo destino trágico apenas se alterará após a revelação do segredo que encerra o poderoso Dente Sagrado do Buda furtado pelos Portugueses no Oriente que se quebra aquando da súbita morte de D. Leonor...