You may have to Search all our reviewed books and magazines, click the sign up button below to create a free account.
Todo período conturbado na vida de um país acaba produzindo seu poeta nacional do momento, cantor das dificuldades de seu tempo e da esperança possível no futuro. A seu modo, Cazuza foi o Rimbaud da desgraça brasileira nos anos 1980, a nossa década perdida. Na melhor tradição de Fagundes Varela e Sousândrade, ele consumiu o fogo inten-so de sua curta vida no combate à hipocrisia e à violência cotidianas, inaugurando no Brasil um olhar contemporâneo sobre um novo modo de viver que não espera pela história, mas que se impõe pelo desejo, agora. Devorado por sua incompatibilidade com o horror de seu tempo, Cazuza foi nosso triste poeta da esperança. - Cacá Diegues
Protagonista de novela das nove e capa de revista! Juan Paiva celebra o sucesso e destaca importância histórica de suas vitórias. "É uma conquista ter um negro estampado em uma revista. Quantos de nós não tiveram seu rosto exposto na foto de uma delegacia, por exemplo, de forma injusta. Então, para mim, é uma vitória. A gente vem batalhando para inspirar outras pessoas e para deixar nossas mães orgulhosas", comemora. Roubando a cena como a divertida Lupita de Família é Tudo, Daphne Bozaski se redescobre no carinho dos fãs: " Sempre me surpreendo quando me chamam pelo meu nome. As pessoas realmente sabem da minha vida!" De volta aos palcos, Thiago Fragoso avalia fama de galã: "F...
A paixão pelo estudo na área de Pneumologia surgiu logo nas primeiras aulas das disciplinas clínicas da Escola de Medicina da Santa Casa de Misericórdia de Vitória (ES), onde se formou na turma de 1978.
‘Só o animal que se maquia pode dizer eu’ (Emanuele Coccia) Há claramente um paradoxo nas afirmações, atribuindo o poeta esse “dom” de iludir com palavras, o que seria uma coisa óbvia na visão do poeta pode dar a entender outra coisa como o incabível, o incontível, desse modo nessa visão nada seria nunca o óbvio. Como um mestre da palavra, na poesia o poeta tem a liberdade de experimentar e metaforar tudo , recriando assim sentidos de sintaxe e linguagem. Não exija do poeta o lógico senão, não raro, você irá se frustrar, porque não cabe ao poeta esta função ordinária de nomear as coisas que já estão nomeadas, que já o são.
Ressonâncias de Ponciá Vicêncio, livro de estreia de Conceição Evaristo no romance, lançado há 20 anos; vida, literatura e pensamento ecológico em uma entrevista de Timothy Morton, nome importante da filosofia contemporânea; perfil mostra como a escritora venezuelana María Elena Morán cria, entre o espanhol e o português, obras que discutem o exílio; ensaio investiga o ato de sentar e impasses políticos de sua presença na música brasileira atual; um perfil de Néstor Perlongher (1949-1992) mostra como sua obra dá corpo às dissidências sexuais.
Memória de ninguém é sobre uma mulher em luto após a morte do pai. Prestes a completar quarenta anos, ela entra em crise profunda diante da passagem do tempo, de sua própria incapacidade de concretizar qualquer coisa. Ao retornar à antiga casa de infância, é atropelada por lembranças para as quais tenta dar um sentido: a relação com a mãe e as irmãs gêmeas, os distúrbios alimentares, as tragédias familiares, os relacionamentos abusivos. Do riso ao pranto, do grito ao silêncio, do cotidiano às questões existenciais, as memórias chegam em torvelinho. Pairando sobre elas, uma memória que, mesmo sem contorno, teima em não ser esquecida. Um trauma que parece não pertencer a ninguém.
Reunião inédita dos poemas da grande Adalgisa Nery, escritora que retorna à vitrine da poesia brasileira, após quase 50 anos da publicação de seu último livro. "O acontecimento poético mais notável foi a revelação de mais uma grande voz feminina na pessoa da Sra. Adalgisa Nery." Assim Manuel Bandeira elogiou o primeiro livro de Adalgisa Nery, Poemas, publicado em 1937. Mulher de personalidade magnética, encantou a todos que a conheceram, especialmente por sua sensibilidade. Em 36 anos de carreira, publicou sete livros de poemas, dois romances, uma coletânea de contos, outra de crônicas e quatro traduções. A extensa atividade literária iguala-se somente à vida pública: Adal...
Este livro reúne as resenhas escritas e publicadas em 2019 no Blog kaliupe.blogspot.com
Lançado em 1984, Fullgás materializa o espírito de seu tempo – um momento de transição democrática e ampliação das liberdades individuais na sociedade brasileira após vinte anos de ditadura militar. O país estava em ebulição, combustão e efervescência, alguns dos sentidos carregados pelo termo que nomeia o álbum e sua canção de abertura: full gas, remetendo a um tanque de combustível completamente abastecido, pronto para uma longa jornada. No livro Marina Lima: Fullgás, da coleção O Livro do Disco, o escritor e pesquisador Renato Gonçalves traz uma escuta atenta do LP que, numa combinação de rock, pop e MPB, vendeu mais de 250 mil cópias. Da leitura do "Manifesto Fullgás", assinado por Marina e seu irmão, o poeta Antonio Cicero, à análise das faixas das músicas, o autor aborda as representações de gênero, os sentidos políticos e a linguagem pop presentes nas canções.
None