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A tendência dos estudos do século xxi sobre a mesa tem sido de privilegiar as abordagens multi- e transdisciplinares. Aliás é na sua aceção holística que usamos o termo mesa, universo que engloba bens, pessoas e ideias. Refletir hoje sobre a mesa constitui um processo de indagação atento a três dos principais pilares da relação do homem com o alimento, ao longo de toda a sua história: alimentação, saúde e cultura. A presente obra tem por tema as Mesas Luso-brasileiras e está organizado em dois volumes, contendo cinco partes e um total de 25 capítulos.Os 13 capítulos que encabeçam o primeiro volume focam em dois temas centrais: o alimento sob o prisma terapêutico e simbólico. Na Parte I (Mesas Terapêuticas: quando o alimento é medicamento), evidencia-se o fato de que, historicamente, os escritos médicos precederam a literatura culinária. Na Parte II (Mesas Sagradas: quando o alimento é símbolo) remete-se à mesa como resposta e veículo de diálogo com o transcendente.
Na obra Piaget e Vygotski: um diálogo inacabado, as incompatibilidades entre esses dois importantes ícones da psicologia educacional são trazidas à baila, dentre elas: a abordagem individualista de Piaget versus o método dialético-histórico-social de Vygotski. O livro, agora em sua segunda edição, destaca os elementos teórico-práticos piagetianos e vygotskianos, oferecendo-se como valioso contributo para a área da educação (especialmente para professores e professoras que atuam na educação básica), uma vez que estabelece um vínculo com a práxis pedagógica e a formação psicológica da criança.
A crença na existência histórica de santos, bem como o culto dedicado a eles em termos institucionais e populares, é um dos fundamentos do catolicismo. A expressão institucional e a expressão popular deste culto e desta crença nem sempre coincidiram, pois muitas vezes os fiéis cultuaram personagens cuja santidade não chegou a ser validada em termos institucionais. Assim como também adoraram santos cujas existências históricas são desprovidas de provas concretas, ou que são pura e simplesmente lendários, sem que nada disto chegue a abalar a existência de uma fé capaz de durar séculos. Mas ao longo dos séculos, igualmente, santos surgiram, foram cultuados e terminaram por mergulhar no esquecimento, ao mesmo tempo em que novos santos ascendiam no panteão. É todo este processo que Ricardo Luiz de Souza estuda em Santos: vidas, mitos, cultos, crenças, buscando, ainda, compreender como tal processo se deu em terras brasileiras, do período colonial aos dias de hoje.
Este é um livro sobre cidades ou, mais precisamente, sobre a forma física das cidades. O livro começa por apresentar os principais elementos de forma urbana – ruas, quarteirões, parcelas e edifícios – que estruturam as nossas cidades, bem como os principais agentes e processos de transformação que moldam esses elementos. Aplica-se, em seguida, uma estrutura analítica para descrever a evolução das cidades ao longo do tempo e, também, para explicar o funcionamento das cidades contemporâneas. Depois de um enfoque inicial no 'objeto' (as cidades), o livro descreve o modo como diferentes 'investigadores' e diferentes escolas de pensamento têm analisado este 'objeto' desde a emergência da Morfologia Urbana, enquanto ciência da forma urbana, na virada para o século XX. Finalmente, o livro tenta identificar os contributos mais importantes (e específicos) que a Morfologia Urbana tem para oferecer às cidades, sociedades e economias contemporâneas.
"A música, em Wittgenstein, como propusemos, demonstra também a importância que o filósofo dá ao aspecto relacional e à forma, pois ela pode ser pensada sob a forma lógica em uma perspectiva essencialista, sob a não forma do inefável na perspectiva ético-metafísica e sob a forma de vida na perspectiva pragmática. Acreditamos que há, de fato, um pensamento musical em Wittgenstein imbricado ao seu pensamento sobre a linguagem, que não só busca esclarecer suas reflexões linguísticas, mas também permite pensar a música a partir deste. E pensar a música a partir da filosofia de Wittgenstein é colocar em prática a própria metodologia do filósofo, aquela presente nas Investigações Filosóficas. É romper com a univocidade e o dogmatismo. É se debruçar sobre um objeto e nele refletir sobre suas nuances que podem se apresentar de um modo ou de outro, afinal, há sempre um ver assim e um ver de outra maneira. Pensar a música na obra e a partir da obra de Wittgenstein é, de fato, colocar em prática aquilo que o filósofo denominou ver aspectos".
O livro tem por objetivo ampliar o acesso de estudiosos, empreendedores e formuladores de políticas públicas, em qualquer nível de governo, a questões e aspectos relevantes dos ecossistemas empreendedores. A intenção é que o livro possa ajudar aqueles que busquem informações introdutórias sobre ecossistemas empreendedores. Ao longo dos nove capítulos que o integram, além da introdução e conclusão, foi abordada uma sequência de temas que permitirão ao leitor uma visão abrangente sobre ecossistemas empreendedores, seus antecedentes, bem como a diversidade de modelos que surgiram ao longo do tempo. Também, o leitor poderá conhecer os potenciais efeitos e benefícios que os e...
Quando lançada a primeira edição, em 2000, a administração estratégica, enquanto área de conhecimento, estava passando por um período de expansão quantitativa e qualitativa expressiva no Brasil. No entanto, naquele momento, pouco esforço de pesquisa se concentrava nas empresas de menor porte e no empreendedorismo. Atualmente, mais de duas décadas depois, a situação é muito diferente. Estratégia em pequenas empresas e empreendedorismo são temas amplamente investigados na academia brasileira. Apesar dos avanços recentes nos temas, o contexto das empresas de menor porte ainda é o espaço preferencial para buscar explicações sobre o processo de formação de estratégia que considerem questões associadas às características de seus dirigentes, além do contexto em que operam. Este livro é dirigido principalmente para os programas de pós-graduação em Administração e áreas afins do Brasil. Todavia, a leitura deste livro pode, também, auxiliar empreendedores na criação e desenvolvimento de pequenas empresas. Penso que os temas nele tratados, embora em um linguajar mais acadêmico, podem ser úteis às pessoas que se aventurarem em um projeto empreendedor.
Uma rápida digressão histórica nos mostra que a investigação da cognição é uma coleção de fartas metáforas. Enquanto Descartes, por exemplo, afirmava que o corpo é tudo aquilo que pode ser limitado por alguma figura e que o pensamento é um atributo intrínseco ao sujeito, Hume escreverá que "a mente é um teatro constituído por percepções distintas e sucessivas". Esse interregno dualista, portanto, calcado naquilo que Putnam considerou uma espécie de "ditadura platônica", induziu-nos constantemente a pensar que mente e corpo são duas realidades distintas e, quiçá, irreconciliáveis. Nosso interior seria acessível apenas ao seu próprio sujeito, sendo sua natureza emanc...
Na sua mais ampla aceção, a mesa remete para universos onde interagem produtos, pessoas e ideias. Espaço de sobrevivência, mas também de deleite, de formação, de culto e de sociabilidade; cada mesa retrata mentalidades, serve de metáfora de valores, abre lugar à transformação de quem nela interage e participa. A mesa constitui-se, assim, como espaço de sentidos quer fisiológicos quer intelectivos. Da experiência sinestésica proporcionada pelos bens alimentares e ambientes que os envolvem nasce a Mesa dos Sentidos. Indissociável da mesa são os numerosos significados de natureza cultural, política, religiosa, estética, ética, social e económica que lhe reconhecemos. Esses ...
O cinema proporciona, a partir da sua linguagem e da própria narrativa fílmica, a capacidade de sensibilizar e produzir sentido e significado sobre diversos temas. Como instrumento didático-pedagógico, a linguagem cinematográfica é uma ferramenta importante para o ensino da ética aplicada e da bioética, possibilitando a percepção de valores envolvidos nos conflitos morais, aspecto fundamental para analisar as diversas dimensões que o processo de tomada de decisão implica na prática profissional do nutricionista. Neste livro propomos a utilização do cinema como recurso didático no ensino da bioética no campo da Alimentação e Nutrição, a fim de criar uma ponte para identificação, sensibilização e análise dos conflitos do campo, proporcionando reflexões que permitam exercitar o raciocínio moral. A análise dos filmes Escravas da vaidade e Paraíso: quanto pesa o amor? permitiu observar que a universalidade dos temas, a representação da realidade e a produção simbólica produzida pelo cinema possibilita relacionar conceitos, culturas, comportamentos e valores; revelando e potencializando reflexões bioéticas no campo da Alimentação e Nutrição.