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Em Processamento simbólico-arquetípico: pesquisa em psicologia analítica, Eloisa M. D. Penna audaciosamente propõe um método de pesquisa em psicologia analítica, ensinando-nos a operar as ferramentas que dariam ao trabalho uma marca junguiana. A partir da análise de vários trabalhos de mestrado e doutorado, vai pincelando o que seria um método com características junguianas, com várias etapas, nas quais ressalta: a pesquisa sobre o símbolo, a amplificação simbólica, o aprimoramento da atitude simbólica na relação pesquisador-pesquisado, assim como aponta as implicações éticas da atividade científica em geral e do pesquisador junguiano, em particular. Esse método em pesquisa analítica é denominado, por ela, processamento simbólico-arquetípico.
O que nós clínicos fazíamos, de um certo modo intuitivo, na Universidade, mostrava grandes desafios. Qual é o método junguiano? Isto é, há um método junguiano? Como orientar nossos alunos em suas pesquisas sem a forma mais objetiva e descritiva de um método? Aqui está o valor deste livro e de sua autora. Eloisa Penna, há anos lecionando na PUC-SP, onde há uma equipe de professores que seguem a orientação da psicologia analítica, fornece uma base epistemológica segura para todos ao refletir sobre essas questões e extrair da obra junguiana os princípios básicos que podem guiar um trabalho acadêmico. É uma obra original e bastante elogiada internacionalmente.
Jung foi um dos pioneiros no estudo dos sonhos. Pela sua noção de inconsciente e de vida psíquica, construiu uma maneira própria e original de trabalho com os sonhos na psicoterapia, que leva em conta tanto o inconsciente individual quanto o coletivo. Propôs o método de amplificação simbólica. A partir de fins do século XX, a Psicologia Analítica lança-se em novas formas de trabalho com os sonhos, para além de sua consideração na psicoterapia individual. Os analistas e terapeutas que aqui se apresentam ampliam criativamente a ircunscrição do método, com peculiar ênfase ao trabalho com sonhos e grupos, à consideração do corpo, à utilização de recursos expressivos e artísticos e à sua utilização na formação profissional. Destaca-se também a aplicação em diferentes contextos, que ampliam o atendimento ao sofrimento psíquico onde ele ocorra, seja nos centros de atendimento da rede pública, na saúde mental, nas casas-abrigo, respondendo, assim, à grande diversidade de demandas da contemporaneidade.
Ainda que seja uma afirmação ousada do ponto de vista acadêmico e científico, este livro comprova e valida sonhos e alma como referenciais epistemológicos e metodológicos confiáveis. Além disso, desconstrói a perspectiva moderna e apresenta à academia e à ciência diferentes locais do saber e do conhecimento, incomuns à perspectiva contemporânea. O leitor que acompanhar a trajetória desta obra perceberá que a harmonia existente entre o percurso epistemológico e metodológico e os resultados adquiridos ao longo desse trabalho confirmam tais afirmações.
Em Saúde e Psicologia: dilemas e desafios da prática na atualidade são abordados temas fundamentais a serem enfrentados pela Psicologia em interface com todo o sistema de saúde. A obra ressalta a importância de buscar um diálogo da Psicologia com as demais áreas de saúde como passo fundamental para avançar da multidisciplinaridade para a inter e a transdisciplinaridade. O livro aprofunda a discussão sobre desafios emergentes aplicados a este campo, como o equilíbrio da saúde mental frente às questões da migração; a questão dos transgêneros, que tem na Psicologia importante aliado no combate à intolerância fundamentalista; a reprodução assistida, entre outros tópicos.
A Odisseia de Homero conta o difícil retorno do herói Odisseu para Ítaca, após o fim da Guerra de Troia. Este poema épico, escrito aproximadamente 2.700 anos atrás, continua sendo até hoje uma obra muito significativa, como sinônimo de uma longa e perigosa jornada de um herói. Para a psicologia analítica, os mitos são uma representação simbólica de arquétipos, isto é, o mito expressa conteúdos comuns a toda a humanidade. O objetivo desse livro é sugerir que a obra de Homero é uma metáfora do processo de individuação proposto por Jung, estabelecendo paralelos entre o mito de Odisseu e as diferentes fases deste processo.
Se, por um lado, o autor nos deixa livres – a nós, os leitores – para perambular pelos símbolos e seus significados, por outro, ele surpreende com pinceladas eruditas de interpretações coerentes no lastro da história simbólica da humanidade, tão díspar em seus vários momentos. O autor é generoso e sábio, pois ele sempre deixa portas abertas, nunca se esquecendo do papel da imaginação criadora, da elaboração simbólica, à que todos nós, humanos, somos caudatários. Utilizando-se de produtos atuais da indústria cultural, Carlos Velázquez procura validar suas assertivas sobre a existência da imaginação fantástica e, portanto, da atividade mítica na contemporaneidade. Assim, viajamos entre heróis e heroínas e reconhecemos nossos três porquinhos, o Batman e o Harry Potter, dentre tantos outros... Mitologias para o século XXI é uma leitura que nos envolve numa profusão de heróis inter-relacionados, nem sempre do bem e nem sempre do mal. Somos nós todos.