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Pasta do professor
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Brasil, ano zero
A obra transforma a perplexidade da realidade contemporânea em instigantes análises. A partir de questões que conectam o impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff, os reiterados ataques às questões dos gêneros e das sexualidades, o aumento da miséria e a eleição de Bolsonaro, os capítulos oferecem interpretações históricas à conjuntura sócio-política atual e seus personagens. O livro reúne a trajetória acadêmica e militante da autora, tal como suas percepções. Por fim, busca oferecer análises que negam dois tipos de determinismo: o que atribui à natureza biológica a explicação da produção das identidades; e o de caráter epistemológico que se caracteriza por atribuir valores absolutos a uma categoria analítica.
A casa das mulheres n’outro terreiro
A obra resulta de pesquisas realizadas no bairro Nordeste de Amaralina entre os anos de 1992 e 2003 em duas extensas redes de parentesco matriarcais chefiadas por duas avós e gira em torno de relações que expressão a díade Mãe-Filhos. A autora narra minuciosamente a história de duas senhoras afrodescendentes convidando o leitor a acompanhar cada trajetória da vida das personagens reais que integram o livro, mostrando as duras condições estruturais enfrentadas, desde a lenta ascensão socioeconômica dessas famílias que passam por obstáculos de viuvez, desemprego e violência doméstica até a criatividade das estratégias forjadas para enfrentá-las como o amor, a raiva, a luta, e a esperança.
Nilda
A atriz Nilda Spencer, uma das mulheres mais importantes na memória das artes cênicas na Bahia, é o tema deste livro. As páginas da obra retratam como a dama do teatro baiano se destacou de forma efetiva na dinâmica da cultura da cidade. Revelam os devaneios de infância; os sonhos de juventude no escuro das salas de cinema; a fusão de comportamentos da mulher que transgrediu sem deixar de ter atitudes conservadoras; o trânsito pelas rodas da elite; as noites de boemia em ambientes libertários e marginalizados; a carreira de fôlego da artista que foi pioneira na província dos anos 1950 e trabalhou até o fim da vida. Tudo isso faz desta biografia um mosaico das experiências vividas por uma figura ímpar, em seu intenso caminhar pelo tempo.
A música no candomblé
Este livro de Angela Lühning é um testemunho de uma época que apresenta importantes aspectos relativos ao funcionamento do candomblé da nação nagô-ketu, religião presente nas diversas regiões do país. Ponto principal são as intrínsecas relações entre o repertório cantado nas cerimônias públicas e suas funções rituais. Realizadas no final dos anos 1980, as análises de cunho etnomusicológico constituem uma base para novas investigações que se proponham a entender os processos percorridos pelo candomblé ao longo destes 30 anos, incluindo possíveis mudanças. Uma religião em mudança pode revelar muito de um país que também se transforma, o que atesta a um livro como este sua contribuição para uma interpretação do Brasil.
Difusão e cultura científica
O livro tem como objetivo oferecer uma discussão mais ampla sobre o tema, possibilitado, com isso, a formação de uma cultura científica no Brasil. O livro oferecerá aos leitores textos interdisciplinares que abordam a ciência no momento contemporâneo e evolui, ao passo da leitura, para as formas da difusão científica nos diversos campos do conhecimento.
Terreiros Egúngún
Apresentando ampla pesquisa etnográfica, o livro traz uma investigação profunda da expansão das comunidades terreiros na atualidade, em especial dos Terreiros Egúngún, localizados na Ilha de Itaparica (BA). O livro conta com testemunhos e opiniões de líderes religiosos sobre o fluxo e a expansão das tradições em meio às mudanças que ocorrem na geografia urbana da região, que abriga os primeiros terreiros de culto aos ancestrais desde o século XIX.
Os olhos negros do Brasil
Dividido em duas partes, o livro elenca laudos antropológicos elaborados pelo autor, tendo em vista a preservação de terreiros de candomblé de Salvador e pequenos ensaios. Os olhos negros do Brasil traça o seu caminho perpassando desde a questão preliminar sobre o rótulo de “afro-brasileiros” até o racismo, intolerância e violência que oprimem os terreiros baianos. Portanto, o livro representa e preserva a cultura negra a partir de vieses repletos de unidade.
