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A obra que o leitor tem em mãos é resultado das reflexões e debates ocorridos no III Seminário Internacional Áfricas: Reflexos da Semana de Arte Moderna de 1922 no Continente Africano, realizado em novembro de 2022, na modalidade online e presencialmente, nas dependências da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e do Museu de História e da Cultura Afro-brasileira (MUHCAB). A idealização e construção deste evento contou com a comissão organizadora do Áfricas: Grupo de Pesquisa Interinstitucional UERJ/UFRJ, coordenado pelos professores Dr. Silvio de Almeida Carvalho Filho e Dr. Washington Santos Nascimento.
Toda sorte de laços políticos pessoalizados – como o mandonismo, o senhorialismo, o coronelismo, o culto da personalidade, o populismo – articulam-se a elementos estruturais e conjunturais, econômicos e sociais, em cenários onde o personalismo político prevalece. Sua amplitude ideológica incorpora um imenso leque de variantes ideológicas, acionando diversos quadrantes políticos, desde os supostamente libertadores aos declaradamente proféticos. Todos distorcem a realidade política e social. Sua manifestação vai além de sua óbvia relação com as ditaduras conservadoras. Plasticamente, o personalismo político também se imiscui nos regimes políticos contrários ao seu princípio, notadamente as democracias liberais. Aparece de igual nas chamadas democracias revolucionárias. Envolto em elos emocionais e simbólicos, transversalmente presente em variados regimes políticos, o personalismo promete soluções rápidas, gere ressentimentos e promete redenção. Alheio às mediações, ao pluralismo e aos procedimentos mediados, seu desiderato maior é transformar o que é denso e complexo em simples e rápido, o que é incerto e impreciso em convicção unidirecional.
A Editora Contracorrente tem a satisfação de anunciar a publicação do livro Mulheres que interpretam o Brasil, organizado pelos professores e pesquisadores Lincoln Secco, Marcos Silva e Olga Brites. Assinada por uma constelação de consagrados estudiosos das ciências humanas, esta importante e necessária obra dedica cada um de seus 45 artigos a grandes mulheres brasileiras cujas trajetórias pessoal e profissional impactaram enormemente a história do país, mas que, quase sempre, tiveram seus feitos obscurecidos e suas vozes silenciadas pela história oficial – branca, masculina, patriarcal e burguesa. Dessa forma, este livro, ao contrário das antologias do tipo "interpretação d...
O livro tem como intuito abordar a Revolta Mau-Mau, movimento anticolonial que ocorreu no Quênia, até então de domínio britânico, nos anos 1950. Amparado em diferentes fontes, o que se busca é entender como insurgentes, legalistas e colonizadores se apresentavam e eram representados no contexto da revolta.
Resultado dos trabalhos do grupo de pesquisa Áfricas: Sociedade, Política e Cultura (Uerj-CNPq), este livro nos convida a conhecer biografias, histórias de vida e trajetórias de personagens pouco abordadas na historiografia africana, contribuindo para problematizar não só as grandes narrativas ocidentais como o próprio exercício de construção histórica. Nesse sentido, nos lembra que também o ato de narrar a África por africanos sempre está atravessado por disputas de poder e entrelaçado em contextos políticos, sociais e culturais específicos, que não podem ser desconsiderados. Os textos aqui reunidos abarcam um vasto período (da antiga civilização cuxita, no Sudão do s...
"O livro que tem diante de si propõe um olhar multissituado, capaz de observar a guerra, os seus contextos e os seus legados a partir de Portugal, dos solos africanos então colonizados e também de outras geografi as, como é o caso do Brasil, cujas articulações com esse passado comum, mesmo que diferidas, se tornam aqui evidentes. Ao mesmo tempo, a leitura global desta obra sugere que a compreensão ampla do fenómeno da guerra apenas é possível com um horizonte histórico, para que não se foque estritamente no tempo em que o conflito decorreu e que enquadre dinâmicas sociais mais abrangentes e diversas na sua explicação."
Longe de ser apenas uma biografia de Caio Prado Júnior, o livro de Lincoln Secco relaciona a vasta produção acadêmica de seu personagem a uma trajetória dedicada à militância política, compondo um retrato rico da vida e obra de um dos mais relevantes intelectuais marxistas brasileiros. Caio Prado Júnior: o sentido da revolução, publicado pela Boitempo Editorial como parte da Coleção Pauliceia, traz elementos fundamentais para a compreensão das transformações, lutas sociais e conflitos enfrentados pelo Brasil durante o século XX, tornando-se, nas palavras de Ricardo Musse, autor da orelha do livro, "um esboço da história do marxismo brasileiro". Em razão da própria trajet...
This book sketches out an innovative Afro-Iberian mosaic that puts forgotten memories and histories into circulation, constructing an Afro-Iberian past that is critical of the cultural racialization of Spaniards and Portuguese. It builds an early late modern and contemporary Afro-Iberian history and approaches African and Maghrebi experiences and memories in order to explain the close relation between race, class, ethnicity and gender in Portugal and Spain between 1850 and 2021. The book approaches the African presence in the Iberian Peninsula by identifying and documenting the traces of these population groups in Spain and Portugal. Cultural Studies, Anthropology and Sociology are some of t...
Lisbon, 25 April 1974. Over the course of a single day, Europe’s oldest fascist regime falls. On its fiftieth anniversary, this is the story of the revolution that changed Portugal’s fate. 25 April 1974, Lisbon. Over the course of a single day, Europe’s oldest fascist regime falls. On its 50th anniversary, this is the story of the revolution that changed Portugal forever. 'The Carnation Revolution reads like a political thriller.' The Times On the night of 24 April 1974, at five minutes to eleven, a Lisbon radio station broadcasts Portugal’s Eurovision entry. By 6.20 p.m. the next day, Europe’s oldest fascist regime has fallen. Hardly a shot has been fired. As citizens pour into th...
In Converging on Cannibals, Jared Staller demonstrates that one of the most terrifying discourses used during the era of transatlantic slaving—cannibalism—was coproduced by Europeans and Africans. When these people from vastly different cultures first came into contact, they shared a fear of potential cannibals. Some Africans and European slavers allowed these rumors of themselves as man-eaters to stand unchallenged. Using the visual and verbal idioms of cannibalism, people like the Imbangala of Angola rose to power in a brutal world by embodying terror itself. Beginning in the Kongo in the 1500s, Staller weaves a nuanced narrative of people who chose to live and behave as “jaga,” alleged cannibals and terrorists who lived by raiding and enslaving others, culminating in the violent political machinations of Queen Njinga as she took on the mantle of “Jaga” to establish her power. Ultimately, Staller tells the story of Africans who confronted worlds unknown as cannibals, how they used the concept to order the world around them, and how they were themselves brought to order by a world of commercial slaving that was equally cannibalistic in the human lives it consumed.