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A pesquisa aqui apresentada nasceu de uma série de inquietações que me acompanham desde o início do ano de 2001 quando visitei pela primeira vez uma aldeia indígena no município de Palmeira dos Índios, interior de Alagoas, distante 130 km da capital do Estado. Apesar do interesse em visitar a aldeia, minha ida foi adiada várias vezes pelo fato de procurar companhia e não encontrar alguém com a mesma curiosidade que eu. Falo de curiosidade porque queria conhecer de perto o povo que ocupava as terras em volta da cidade e que era o centro das discussões e das controvérsias sempre que se falava da fundação da cidade. Inquietava-me ver difundida na região e propagada nas escolas um...
Contemporaneamente somos atingidos em diferentes gradações, alcançados pela crueza da realidade vivida e assistida, quer seja no campo simbólico da virtualidade, quer seja na materialização da vida cotidiana experimentada, a nos lembrar de que ainda somos humanos, embora, cada vez mais, a sociedade se veja, sobretudo, na virtualidade cibernética e das redes sociais. Uma sociedade do espetáculo e espetaculosa, especiosamente dinâmica, inerte diante dos males do nosso tempo, transmitidos e assistidos simultaneamente como em um grande programa de realidades em um imenso simulacro da vida cotidiana. Com efeito, este livro reúne professores e pesquisadores da Universidade Estadual de Alagoas, congraçados no campus III, em Palmeira dos Índios, em diversas áreas do conhecimento, em um mundo cada vez mais ávido por compreender a si mesmo. Os escritos que se seguem, nos ESTUDOS E CONTEXTOS, experiências e pesquisas na atualidade, trazem à baila a possibilidade de sonharmos.
Sediado no Campus III da Universidade Estadual de Alagoas, o Grupo de Pesquisa da História Indígena de Alagoas – GPHIAL, coordenado pelo Professor Dr. José Adelson Lopes Peixoto, atua principalmente nos seguintes temas: História, Cultura, Memória, Etnografia, Violência, Política, Território e Análises do Discurso no campo Indigenista. Tem por um dos principais objetivos, tornar as reflexões históricas uma forma de apoio as mobilizações pelo reconhecimento identitário dos povos indígenas no estado de Alagoas, bem como, a partir dos estudos e pesquisas, evidenciar e defender os direitos constitucionais dos indígenas denunciado as situações de conflitos, perse...
A proposta de reunir uma coletânea como resultado das pesquisas produzidas a partir da documentação do acervo do GPHIAL, demonstra o quanto o ofício do historiador, através da pesquisa documental no curso de história do Campus III da UNEAL vem sendo orquestrada com maestria na construção do sentido de uma escrita historiográfica. Uma escrita de um lugar permeado de disputas territoriais e lutas étnicas: de sabores e dessabores de um povo em constantes contradições.
Esta obra representa uma maior compreensão sobre o cotidiano, dos pequenos grupos, dos indivíduos, bem como das festas, subjetividades, memórias, manifestações culturais, dentre outros aspectos. Uma história não apenas vista de baixo, mas, sobretudo uma história vista também por dentro a partir do olhar e da perspectiva dos excluídos da história, agora protagonistas das narrativas, se ainda não suas completamente, ao menos escritas a partir de suas perspectivas. Nessa direção, o presente livro, intitulado A TECITURA DA HISTÓRIA a urdidura dos fios e tramas da memória no tempo, traz uma relevante contribuição aos estudos históricos na contemporaneidade ao abarcar temas diversos através de lentes multifacetadas, que permitem explorar temáticas plurais em uma urdidura cujo fio condutor da história perpassa pelo feminismo, memória, oralidade, patrimônio histórico cultural, literatura, cinema, música, grupos étnicos indígenas, práticas de benzimento e cura, religiosidade, inseridos em um (re)fazer incessante e contínuo desse fascinante conhecimento do homem no tempo chamado história.
O grupo étnico Jiripankó habita a zona rural do município de Pariconha, Sertão do estado de Alagoas. Desde a sua origem no século XIX, os seus membros têm recebido fortes influências do contexto regional, estabelecendo intensos contatos com os não-índios e realizando uma série de trocas de costumes sociais que os levaram a reelaboração de suas práticas culturais. Trata-se de um povo que construiu e ressignificou sua identidade a partir de sua relação com outros grupos étnicos e a sociedade nacional, marcando assim a produção da alteridade, delineada por um sistema simbólico vigente no interior da comunidade indígena. Essa obra é constituída por dois eixos discursivos: o...
Com este livro, pretendemos contribuir para um repensar sobre a presença do povo indígena Xukuru-Kariri na história de formação e no cotidiano de relações sociais no município de Palmeira dos Índios/AL. A partir de uma análise crítica das diversas formas de representações romantizadas sobre os indígenas, buscamos refletir sobre os contextos sócio históricos e os atores envolvidos na criação de narrativas e símbolos representativos dos indígenas na história local. O interesse pela temática indígena surgiu no terceiro período do curso de graduação em História na Universidade Estadual de Alagoas/UNEAL, Campus Palmeira dos Índios, quando me matriculei na disciplina Hi...
Capturar o tempo é ofício tão desejado quanto, rigorosamente, impossível. Como supomos os elétrons naquele ambiente em que é máxima a probabilidade de encontrá-los, também registramos a História fugaz por aproximações. E uma das maneiras de “fixar essas vertigens”, para usarmos a conhecida máxima de Rimbaud, ocorre pela veia literária, no gênero que traz no próprio nome a marca dessa temporalidade: a crônica. O nosso século apresenta vetores positivos em numerosas direções: novas tecnologias, formas diversas de interação, descobertas em tempo recorde de vacinas e antídotos. Além disso, traz igualmente avanços nas esferas sociais, aspecto tão urgente num país que é escandalosamente corroído por desigualdades de toda ordem. A reelaboração da pauta dos debates públicos e a emersão de temas até então invisíveis na circulação das ideias, no entanto, convocam reações conservadoras em proporção igual ou superior ao impacto sísmico da mudança.
O presente livro é resultado do cumprimento do plano de trabalho de pós-doutorado do Prof. Dr. Jairo José Campos da Costa, da Universidade Estadual de Alagoas-UNEAL, supervisionado pelo Prof. Dr. Frederico Augusto Garcia Fernandes, no Programa de Pós-Graduação em Letras, Estudos Literários, da Universidade Estadual de Londrina-UEL, momento em que foi ministrada uma disciplina, em formato de estudos avançados, denominada MANIFESTAÇÕES DE LITERATURA POPULAR NO BAIXO RIO SÃO FRANCISCO, entre o período de 19 a 27 de outubro de 2020, totalizando 15h/a. A disciplina foi iniciada com a discussão do texto Pela desconstrução do popular, de Stuart Hall. Entre tantas questões abordadas, chegamos ao fim do debate com a definição básica de Cultura Popular, que fundamenta o olhar mais amplo de nossas pesquisas, se é que assim Hall o faz, observando as manifestações sacralizadas pelo povo e que resistem ao forte apelo da modernidade, com a ideia de popular como resistência. Isso mesmo. Resistência!
Este livro objetivou analisar as memórias narradas nos suportes didáticos elaborados pelos indígenas Kariri-Xocó/AL. Para tanto, foi necessário conceituar memórias no campo da história e do pensamento indígena; identificar as memórias narradas e vinculadas nos suportes didáticos dos Kariri-Xocó/AL e entender os significados das narrativas veiculadas nos suportes didáticos para Educação Escolar Indígena diferenciada e intercultural. Este estudo orientou-se pela abordagem da pesquisa qualitativa em Educação e ancorou-se nos pressupostos da fenomenologia-hermenêutica porque objetivou evidenciar os significados atribuídos pelos sujeitos ao fenômeno pesquisado. Tratou-se de um...