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O relato freudiano do caso conhecido como o Homem dos Lobos está entre os mais célebres da história da psicanálise. Nele Freud relata a análise de um jovem adulto neurótico cuja doença teria se originado numa psiconeurose infantil derivada de perturbações sexuais no segundo ano de vida. Embora escrito após o término de mais de quatro anos de análise, o que vemos aqui é praticamente um work in progress psicanalítico. Como outros relatos de casos clínicos, serve como exemplo prático das teorias e das descobertas freudianas, conferindo-lhes corpo e robustez e estabelecendo conceitos como o de sonho, fantasia primitiva, recalque e construção em análise.
"Uma recordação de infância de Leonardo da Vinci" (1910) é um exemplo controverso de psicanálise aplicada; Freud se baseia em trechos dos diários do artista renascentista para analisar as repercussões do desenvolvimento sexual infantil no homem adulto, a partir de sua teoria psicossexual. Já "Sobre a psicogênese de um caso de homossexualidade feminina" (1920) traz o relato do caso clínico de uma jovem que o psicanalista tratou durante quatro meses, levada a seu consultório pelos pais, que queriam uma "cura" para a homossexualidade da filha. Eis aqui dois textos instigantes que dão mostra da genialidade de Sigmund Freud - e também das limitações de suas teorias e aplicações; limitações que, mais de um século após a redação destes trabalhos, seguem iluminando o caminho para o aprofundamento das reflexões psicanalíticas.
Em outubro de 1900, Sigmund Freud (1856-1939) recebeu em seu consultório a jovem paciente Ida Bauer, então com dezoito anos. Ida padecia de vários e persistentes sintomas: perda de urina durante a noite, cansaço, dificuldade para respirar, enxaqueca, tosse, afonia e alucinação sensorial. Freud detectou um caso de histeria, e o tratamento durou onze semanas. Logo em seguida, se pôs a escrever este "Fragmento de uma análise de histeria" (ou "O caso Dora", nome com que a paciente é rebatizada), publicado em 1905. Aqui vemos Freud em plena ação terapêutica, buscando aplicação prática para sua teoria psicanalítica.
Em 1906, Max Graf, membro do círculo de estudos de Sigmund Freud, levou ao criador da psicanálise observações e preocupações acerca do comportamento do filho, Herbert Graf, de quase três anos. O menino desenvolvera um interesse muito focado na figura do pênis – o seu e o dos outros –, que ele chamava de "fazedor de xixi". Em seguida, apresentaria uma fobia de cavalos e pânico de sair à rua. O intercâmbio entre o pai do garoto e Freud durou anos e resultou neste "Análise da fobia de um menino de cinco anos [O pequeno Hans]", publicado originalmente em 1909. Trata-se de um dos mais célebres relatos de casos clínicos freudianos e texto fundamental para todos os estudiosos posteriores da psicologia infantil, de Sophie Morgenstern a Winnicott, passando por Anna Freud, Melanie Klein, Jacques Lacan e Françoise Dolto.
Como a psicanálise pode nos ajudar a refletir sobre o mundo em que vivemos e as mudanças do nosso tempo? Para sustentar essa pergunta, sem jamais encerrá-la, André Alves e Lucas Liedke analisam vibes culturais e comportamentais no podcast da @floatvibes desde agosto de 2021. Com mais de um milhão de reproduções em diferentes plataformas de áudio, o conteúdo dos episódios foi aprofundado neste livro, ganhando novos comentários e uma vasta quantidade de referências para cada tema, incluindo artigos, estudos e pesquisas. Cada ouvinte, agora leitor ou leitora, tem um novo espaço para fazer suas próprias reflexões sobre saúde mental e o estado atual da nossa cultura.
Iniciado em 1938 e interrompido pela morte de Freud (1856-1939), "Compêndio da psicanálise" apresenta a derradeira síntese de suas teorias. São abordadas as diferentes qualidades (o inconsciente, o pré-consciente e o consciente) e instâncias psíquicas (o eu, o isso,o supereu), os princípios de prazer e de realidade, a dualidade do impulso de vida e do impulso de morte, o funcionamento e o desenvolvimento da sexualidade humana – incluindo o complexo de Édipo –, a inevitável divisão do psiquismo e mecanismos como o recalcamento e a resistência, além da formação de sintomas e das psicopatologias.
Esse livro refunda e repactua perspectivas de pensadores brasileiros e estrangeiros que envergam a psicanálise em elipse decolonial. Se o giro reenviaria ao centro e produziria um novo mestre, como é o risco nos circuitos revolucionários, a subversão em elipse decolonial da Psicanálise desloca o próprio centro. E, com movimentos minimais, aponta o múltiplo no Um. Nos ensaios, excertos e artigos desta obra, parte da coleção >Decolonização e Psicanálise
“Mezan arma seu livro como uma obra de arte, expondo uma série de tramas históricas e psicanalíticas para depois providenciar sínteses majestosas ao final de cada capítulo. O Freud de Mezan pode ser debatido e até contestado, mas não deve ser ignorado. Seu fascínio e seu poder o tornam imprescindível para qualquer estudo de psicanálise que se faça daqui por diante.” — Mario Sergio Conti, Veja “Trata-se de um livro amigo, agradável e elegante, que se deverá tornar com certeza uma espécie de companheiro de leitura da obra de Freud, para psicanalistas e não psicanalistas. Quase um romance de mistério, sobre o mistério da criação da psicanálise, que é decifração,...
Trabalho acadêmico de caráter interdisciplinar, estabelecendo os fundamentos de uma poética pneumática ou mediúnica, literalmente perdida no espaço e no tempo do percurso ocidental da história da arte.