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Como a música pode estimular a criação literária? Propondo uma resposta, 15 autores contemporâneos de língua portuguesa [Brasil-Moçambique-Portugal], com um gosto em comum pela sonoridade das notas e das palavras, se inspiraram em músicas de concerto para compor estes contos. Diversos estilos de escrita, diferentes humores, temas e ritmos se espalham pelas páginas, formando uma verdadeira sinfonia de vozes para ser lida e ouvida. O Concerto das Letras – contos inspirados em música é, assim, uma leitura imperdível para amantes de música e literatura. "Talvez o ideal seja ler cada conto ao som da música respectiva para recriar, como um cenário, o almejado conceito romântico d...
Era ainda o ano de 1881 quando um verme começou a roer as carnes de um cadáver, e desde então a literatura nacional nunca mais foi a mesma. Romance considerado por muitos críticos como o auge da obra de Machado de Assis, Memórias póstumas de Brás Cubas é lançado pela coleção de bolso da Antofágica. Não é porque Brás Cubas está morto que suas experiências não terão a oportunidade de estampar as páginas de um livro. É o que faz, pouco a pouco, o defunto-autor desta obra. Sem pressa, mas com firme propósito, o narrador machadiano fisga o leitor ali, na beira da palavra, para introduzi-lo à história de um homem comum, cheio de impasses, desejos e inquietações – um per...
Brazil's pressing socio-political questions as seen through the country's horror-film-influenced audio-visual production between 2008 and 2022. Since the 2008 release of Embodiment of Evil, the third instalment in the Coffin Joe trilogy, which began with At Midnight I'll Take Your Soul, Brazil's audiovisual industry has been producing an increasing number of unsettling, often violent and frequently dystopian films, reflecting the wide-ranging social, cultural, environmental and economic problems the country is facing. This edited volume by scholars from Brazil, the United Kingdom and the United States discusses a broad selection of Brazilian audio-visual productions released between 2008 and...
LIVRO FINALISTA DO PRÊMIO JABUTI 2021 Se o deslocamento social já era um tema no seu primeiro livro de crônicas, é muito natural que Yuri trate com certa intimidade o isolamento social. Quando cada um está voltado para dentro, para o próprio quarto, Yuri ausculta os elementos que, durante a quarentena, ganham novos teores simbólicos, desde o vinho até a máquina de lavar, a poeira composta de pele humana, a luz do sol que bate na parede da sala — tudo tem contornos renovados e se ressignifica à medida que o mundo se modifica de forma brusca e inadvertida. Colado num presente que ainda carece de entendimento, A volta ao quarto em 180 dias é um livro para ser lido enquanto ainda está sendo escrito.
Antes uma maldição formadora de párias, o deslocamento social é, hoje, o aspecto mais democrático da pós-modernidade. O estar fora de lugar é o tema destas crônicas. O flagrante cotidiano, usual do gênero, deixa um pouco de lado a perversão do voyeurismo para esboçar uma filosofia do estranhamento que, acima de tudo, celebra a solidão e a diferença. As crônicas deste livro formam uma bula: descrevem e prescrevem a vida inadequada, constroem com cenas o contraste entre a vontade de estar junto e a realidade de se estar só e tateiam, junto ao leitor, um entendimento comum sobre o fenômeno. Uma ponte levadiça, erguida quando a distância é conveniente, baixada quando a vida urge comunhão.
O capitão Valêncio Torres é o bandido mais perigoso do sertão nordestino. Ele mata, rouba, faz o que quer – chega até a atacar a casa do coronel Ramiro Batista, homem que tem prestígio e poder, mas não consegue deter o bando do cangaceiro. Para enfrentar seu inimigo, o coronel recruta homens igualmente sanguinários: os gaúchos. Então um confronto tão violento quanto inusitado irá ganhar o chão rachado do sertão.
Maria não vai lá nada bem em sua relação de amor e ódio com o amante gigolô – e com o meio-irmão dele, e a ilusão de virar diretora desmorona quando descobre que a empresa acaba de falir. Para piorar, Maria se vê entre as promessas maliciosas de sua ex-chefe e os planos surreais do sindicato para salvar a firma. E é depois de algumas noitadas em um clube de tiro com as amigas que ela resolve brigar pelo que é seu. Absurda ao melhor estilo tarantinesco, Maria dos Canos Serrados é uma história engraçada, desaforada e crítica de uma mulher que decide, à sua maneira, que não vai mais levar desaforo para casa. A nova literatura portuguesa passa obrigatoriamente por aqui. – Valter Hugo Mãe Ricardo Adolfo observa o seu país com feroz e acutilante ironia. – José Eduardo Agualusa O escritor mais notável da sua geração. – António Pedro Vasconcelos Uma maneira de falar completamente nova na literatura portuguesa. – António Lobo Antunes
Vivemos simultaneamente em dois corpos: o corpo biológico, que é o corpo dos órgãos e das funções, o corpo que figura nas pranchas de anatomia, aquele que examinamos no microscópio ou que tratamos com antibióticos; e o corpo erótico, que é o corpo vivido, aquele que "habitamos", através do qual experimentamos a vida, o sofrimento, o prazer, a excitação sexual, o desejo. Um é inato, o corpo biológico. A partir dele constrói-se gradativamente o outro corpo, o corpo erótico, que, portanto, é da ordem do adquirido. Este livro explica o processo pelo qual o corpo erótico se descola pouco a pouco do corpo biológico. Da qualidade e da progressão desse processo depende o advento...
O que teria a dizer um músico sobre o amor, o sentido da vida e a física quântica? A proposta deste livro pode parecer ousada, mas Lucas Silveira consegue lançar mão de sua sensibilidade artística para guiar o leitor por uma intrincada rede de reflexões e sentimentos com os quais é fácil se identificar. Entusiasta das teorias quânticas, Lucas busca medir a natureza humana dentro das infinitas possibilidades do universo, e a resposta só poderia ser desconcertante: nossa pequenez é evidente, e nossas vidas duram muito pouco. Ainda assim, é possível preencher nosso tempo sobre o mundo com amores capazes de descarrilar trens, músicas capazes de ressoar à eternidade e sonhos capazes de unir pessoas. Misturando reminiscências e questionamentos existenciais, o autor constrói uma narrativa fragmentada mas fluida. Aqueles que já são seus fãs vão encontrar ecos de suas músicas, e aqueles que o conhecem agora poderão mergulhar em suas inquietações e confirmar que somos, todos nós, mais parecidos do que à primeira vista.
A vida é uma estreia permanente. Desde o momento em que nascemos, vivemos situações pela primeira vez: algumas inusitadas, outras tristes, muitas corriqueiras e outras tantas insólitas — aprendizados ganham um tom diferente quando vistos a partir do olhar de Mariana Kalil. Para ela, vomitar em um jantar de gala pode ser um exercício de elegância; chamar a polícia, um ensinamento sobre a natureza dos vizinhos; e uma lua de mel no paraíso, tornar-se o inferno. Essas e outras histórias, mais do que lições, garantem boas risadas e divertimento.