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O que um psicanalista que escuta crianças aprende sobre o amor? Grosso modo, a questão da psicanálise gira em torno da relação do sujeito com a falta de objeto e as estratégias para dar contorno ao desamparo. As ditas "histórias de amor" apontam para a promessa de felicidade ao recalcar o impossível, um dos nomes do real para Lacan. A partir de Freud, o amor tende a funcionar como modelo de busca de felicidade e reconhecer a sua natureza ilusória de consolo e de apaziguamento imaginário do mal-estar próprio ao desejo humano num contexto em que o amor se descobre a partir do encontro sempre faltoso do sujeito com o outro e com a sexualidade. Quando três mulheres psicanalistas, tão diferentes entre si, se propõem a fazer uma mesma pergunta tão pouco feita sobre as crianças e o amor, a resposta está neste livro. Cada um dos autores escreveu a partir de questões e elaborações clínicas que convidam os leitores a enriquecer os desdobramentos acerca dessa temática, não apenas valiosa, mas carente de escritos.
"Era melhor antes" – esta é a frase que abre este livro de Pontalis. O autor compara a memória à bolsa de uma mulher, em que "o fútil se esconde do olhar dos outros e o indispensável, de meus próprios olhos". O texto convida então a relembrarmos as situações mais cotidianas que teriam sido melhores "antes", ao que o autor repete: "não, nem tudo era agradável antes, nem tudo é abominável hoje". À luz da psicanálise, o autor revisita vários temas e conceitos, nas suas mais diversas formas e exemplos: memória, tempo, origem e linguagem. Na questão da linguagem, o autor traça um paralelo entre psicanálise e escrita, as quais têm a mesma finalidade, que é indicar os fundamentos da alma humana, e têm o mesmo material, a fala humana. Além disso, coloca em cena diversos autores: Borges, Perec, Barthes, Sartre, Victor, entre outros; sendo que um capítulo inteiro é dedicado a Freud.
Esta obra é uma coletânea de trabalhos apresentados no XVII Encontro Winnicott, realizado em São Paulo, que contou com grande número de participantes do Brasil e da América Latina. Explana-se a perspectiva winnicottiana e sua abordagem do ser humano e, apesar de pautar-se no conhecimento científico, não se deixa de lado a experiência clínica. Organizada por Inês Sucar, com o apoio de Heloisa Ramos, os 36 trabalhos foram agrupados em oito eixos conceituais: Criatividade, Construção do psiquismo, Lugar do analista, Mutualidade, Paradoxo, Psicossoma, Tendência antissocial e Vazio. Esses eixos temáticos dão uma visão ampla da obra do autor, sem destituir a especificidade de cada um, ou seja, embora diversificados modos de apropriação, os processos reflexivos de cada autor remetem a uma articulação consistente dos conceitos propostos pelo psicanalista, mantendo nessa diversidade a atualidade e o desenvolvimento de seu pensamento.
Ao buscar apreender, do ponto de vista do percurso freudiano, a presença constitutiva do pensamento trágico, a psicanalista Jassanan Amoroso Dias Pastore recupera um tema fundamental que tem sido negligenciado na literatura e no corpo teórico-clínico da psicanálise contemporânea: o do pensamento trágico. A autora procura alcançar este objetivo ao refletir sobre as relações entre a filosofia trágica e a teoria freudiana. O livro de Jassanan torna-se assim uma contribuição notável e muito significativa. Ao pesquisar possíveis conexões entre a tragédia ática, o trágico schopenhaueriano e o trágico em Freud, Jassanan amplia nosso enfoque teórico que, por sua vez, nos estimula a repensar nosso trabalho analítico na prática clínica. Além disso, este livro constitui um recorte que situa a psicanálise na história das ideias.
Os artigos tratam, em particular, da necessidade essencial de que haja envolvimento pessoal do analista em seu trabalho, com uma participação ativa na feitura da experiência emocional presente. Boa parte dos textos aborda a clínica a partir dos alicerces teóricos pertinentes; ou, alternativamente, aborda primeiro o viés teórico e dele se encaminha para a exemplificação clínica do mesmo. A leitura que os autores fazem diante da pergunta título: "Afinal, o que é experiência emocional em Psicanálise?" contribuirá, certamente, para que cada um de nós perceba e amplie por onde trafegamos na atualidade. Experiência Emocional, fundamenta a visão da área na qual trabalhamos e ganha, a cada dia, contribuições variadas e no geral, muito surpreendentes. Esses escritos, resultantes da Jornada de abril de 2011, permitem encontrar referências ao "último Bion", que se empenhou em investigar as origens da personalidade e os desmembramentos que encontramos na clínica quando utilizamos esses referenciais.
É bem difícil encontrar alguém que jamais teve um ataque de ciúme, nunca sentiu medo, culpa ou solidão, não sabe o que é ter indecisão e nem dúvidas sobre a própria vida sexual. O nó que une as relações humanas é, muitas vezes, difícil de desatar e de entender sem ajuda especializada. Por isso, a busca incessante por soluções para nossas angústias mais íntimas nos é inerente. Muitas delas podem ser encontradas nesta obra, que traz questionamentos reais, feitos por internautas, leitores e ouvintes da autora, sobre casamento, sexo, ciúme, separação, relação com amigos e família, autoimagem, entre outros temas. Em formato de pergunta e resposta, o livro fornece ao leitor dicas práticas para lidar com várias de suas preocupações da melhor maneira possível, mas também dá ferramentas para que ele próprio encontre seus caminhos, sempre em linguagem objetiva e de fácil entendimento.
As Jornadas anuais PSICANÁLISE: BION têm promovido a discussão acerca das contribuições de Wilfred R. Bion à Psicanálise, privilegiando a dimensão da experiência clínica. Esse foco permanece no encontro realizado em 2015. Este livro reúne os trabalhos-estímulos apresentados na Jornada. A temática TRANSFERÊNCIA – TRANSFORMAÇÕES – ENCONTRO ESTÉTICO nos expõe a três conceitos que organizam momentos determinantes do pensamento psicanalítico a respeito do trabalho clínico. Se TRANSFERÊNCIA é a teorização básica nos referenciais de Freud e de Melanie Klein, TRANSFORMAÇÕES é a tentativa de Bion de abarcar e organizar um campo analítico em contínua expansão, assim como de criar um modelo de funcionamento mental em sintonia com a visão científica do século XX. Por sua vez, ENCONTRO ESTÉTICO é um conceito em formação, o qual aponta um caminho de novas expansões, tentando atender o que nos surge como misterioso, desconhecido e disponível quando aceitamos seguir os passos de Bion em suas contribuições após 1965