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O que um psicanalista que escuta crianças aprende sobre o amor? Grosso modo, a questão da psicanálise gira em torno da relação do sujeito com a falta de objeto e as estratégias para dar contorno ao desamparo. As ditas "histórias de amor" apontam para a promessa de felicidade ao recalcar o impossÃvel, um dos nomes do real para Lacan. A partir de Freud, o amor tende a funcionar como modelo de busca de felicidade e reconhecer a sua natureza ilusória de consolo e de apaziguamento imaginário do mal-estar próprio ao desejo humano num contexto em que o amor se descobre a partir do encontro sempre faltoso do sujeito com o outro e com a sexualidade. Quando três mulheres psicanalistas, tão diferentes entre si, se propõem a fazer uma mesma pergunta tão pouco feita sobre as crianças e o amor, a resposta está neste livro. Cada um dos autores escreveu a partir de questões e elaborações clÃnicas que convidam os leitores a enriquecer os desdobramentos acerca dessa temática, não apenas valiosa, mas carente de escritos.
Os trabalhos que compõem este livro representam diversas perspectivas teóricas e clÃnicas do trabalho psicanalÃtico com casais e famÃlias na América Latina, abrindo a oportunidade de pensar o Ãntimo e o público, a história da famÃlia e do amor, a violência, o transgeracional, o suicÃdio, as relações passionais, o contemporâneo e seus desafios, entre outros temas. A obra abre um espaço para a reflexão da diversidade e da diferença, sempre surpreendente e, talvez, incômoda, mas sem a pretensão de agrupar os trabalhos de forma harmônica por temas ou abordagens teóricas, apenas pelo desejo de aprofundar o conhecimento dessa temática. Outra conquista significativa é o fato de ter sido publicada em espanhol e português, abrangendo todas as regiões da América Latina.
Como professores das redes pública e privada, nossas experiências diárias do "chão da escola" levam-nos a reconhecer que o perfil de nossos educandos mudou, principalmente pós-pandemia de Covid-19. Mesmo tendo consciência de que as doenças psicossomáticas não fazem parte de nossas especificidades, entendemos que o ensino e a aprendizagem precisam seguir caminhos que não fiquem restritos à transferência de conteúdo. Devemos também levar em conta as questões relativas à s emoções, pois elas fazem parte do desenvolvimento cognitivo, uma vez que, recentemente, diversas pesquisas apontam que caracterÃsticas emocionais influenciam na compreensão das informações, principalmente referentes à memória de longo prazo. Assim, tendo em vista o aumento no número de alunos com ansiedade e depressão, sentimo-nos compelidos a agir e levar para a sala de aula o tema "saúde mental no contexto escolar". Para isso, você está sendo convidado a refletir sobre os cuidados com a saúde mental conosco e com outros profissionais da área da Psicologia, Nutrição e Saúde FÃsica.
Este livro nasceu da ideia de Joselma Tavares Frutuoso quando voltou ao laboratório onde se formou como pesquisadora na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), após se tornar professora titular. Foi durante seu estágio no Laboratório de Percepção Visual que Joselma sugeriu a minha colega, Aline Mendes Lacerda, e a mim, Maria Lúcia de Bustamante Simas, que transformássemos dois capÃtulos até então redigidos em português sobre a Ilusão das Múltiplas-Faces (IMF) em livro comemorativo com a narrativa de uma história de 30 anos desde sua descoberta. A IMF, denominada em sua origem como Fenômeno de Muitas-Faces, foi observada ao acaso, em uma situação de penumbra, durante a fi...
É premente que a psicanálise se debruce sobre as heranças do colonialismo, sobre aquilo que nos constitui enquanto sujeitos latino-americanos. Assim, este livro se apresenta não apenas como um convite ao diálogo, mas como uma ação em direção ao letramento racial tão necessário em nosso meio. Que estas páginas inspirem novas investigações, agucem a escuta e ampliem as fronteiras de de uma psicanálise ainda bastante branca e eurocêntrica.
O livro O desabrochar e florescer da consciência: Psicologia Junguiana na Contemporaneidade – Uso dos Florais de Bach, aborda um novo olhar atual e cientÃfico sobre a viabilidade da Terapia Floral de Bach como um agente equilibrador das emoções. Para tanto, a autora, propõe comparações entre as filosofias (estudos, conceitos, teorias) e práticas de Edward Bach e Carl Gustav Jung e como proposta, é sugerido que os Florais de Bach podem ser agentes facilitadores para que conteúdos emerjam do inconsciente e possam ser reconhecidos pelo indivÃduo e integrados à consciência, auxiliando o indivÃduo no equilÃbrio das emoções e no surgimento de caminhos/soluções anteriormente nÃ...
Feminilidade e maternidade: considerações sobre a devastação na relação mãe e filha homossexual é uma obra que se propõe a des-devastar a relação amor-ódio entre mães e filhas, partindo de conceituação teórica psicanalÃtica e, por meio dela, lançar luz sobre a feminilidade e a maternidade. A obra não estuda, não patologiza, muito menos posiciona a homossexualidade feminina como um desfecho inadequado da constituição da mulher. Muito antes, e esse é o seu apelo, a obra trata da devastação que a alteridade da filha pode causar a um sujeito anatomicamente feminino que se fez mulher unicamente pela via da maternidade e na travessia que uma mãe é capaz de fazer para ent...
Este livro, de leitura prazerosa, não se restringe em somente apresentar o problema da drogadição. Sua estrutura, composta de capÃtulos curtos com vasta exemplificação do cotidiano — seja ele a partir do universo da arte (cenas de filmes) ou do contexto institucional (vinhetas clÃnicas) —, contribui com a leveza da escrita, ainda que ela contenha uma temática tão densa como a da drogadição. A riqueza desta obra está no posicionamento crÃtico que aponta as possibilidades daquilo que poderia ser e não é, lançando mão das potencialidades presentes na sociedade (em especial nas polÃticas públicas) e que não são realizadas. Embora anuncie os impasses atinentes à clÃnica da drogadição, o discurso da psicanálise abre a perspectiva, mediante o trabalho psÃquico, do potencial presente em cada sujeito. Angela Bucciano
Se a famÃlia enquanto instituição é fundamental para a constituição da subjetividade, as relações no seio familiar são sempre dramáticas! Elas podem colorir a nossa existência, dando-nos vivacidade, mas também podem assassinar as partes criativas e solidárias com a vida. Esses elementos, tão vÃvidos quanto as cores de Almodóvar, são matéria viva que entrelaça o ficcional, o pessoal e a experiência clÃnica de todo aquele que se mostra atento à s experiências familiares, seja em consultório, seja em instituições como o judiciário, os hospitais, penitenciárias, abrigos, escolas, seja na nossa própria história. Diferentemente de outros cineastas, os filmes de Almodó...
Onde estão as pessoas com deficiência, se nas ruas eu quase não as vejo? Nas empresas, raramente encontro com elas. Em teatros, cinemas, museus nem sequer conseguem meios para entrar e permanecer. E quanto à s escolas, será que elas são bem-vindas nesses espaços? Será que se esconderam, ou foram escondidas? Será que percebem sua presença? Este livro nasceu de uma pesquisa pela qual se buscou entender as experiências das pessoas com deficiência acerca da acessibilidade e mobilidade urbana no municÃpio de Petrópolis-RJ. Para tanto, me propus a ouvir e acolher o que essas pessoas teriam a dizer, suas histórias compuseram este texto a partir de uma metodologia chamada PesquisarCOM,...