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Os trabalhos que compõem este livro representam diversas perspectivas teóricas e clÃnicas do trabalho psicanalÃtico com casais e famÃlias na América Latina, abrindo a oportunidade de pensar o Ãntimo e o público, a história da famÃlia e do amor, a violência, o transgeracional, o suicÃdio, as relações passionais, o contemporâneo e seus desafios, entre outros temas. A obra abre um espaço para a reflexão da diversidade e da diferença, sempre surpreendente e, talvez, incômoda, mas sem a pretensão de agrupar os trabalhos de forma harmônica por temas ou abordagens teóricas, apenas pelo desejo de aprofundar o conhecimento dessa temática. Outra conquista significativa é o fato de ter sido publicada em espanhol e português, abrangendo todas as regiões da América Latina.
O que um psicanalista que escuta crianças aprende sobre o amor? Grosso modo, a questão da psicanálise gira em torno da relação do sujeito com a falta de objeto e as estratégias para dar contorno ao desamparo. As ditas "histórias de amor" apontam para a promessa de felicidade ao recalcar o impossÃvel, um dos nomes do real para Lacan. A partir de Freud, o amor tende a funcionar como modelo de busca de felicidade e reconhecer a sua natureza ilusória de consolo e de apaziguamento imaginário do mal-estar próprio ao desejo humano num contexto em que o amor se descobre a partir do encontro sempre faltoso do sujeito com o outro e com a sexualidade. Quando três mulheres psicanalistas, tão diferentes entre si, se propõem a fazer uma mesma pergunta tão pouco feita sobre as crianças e o amor, a resposta está neste livro. Cada um dos autores escreveu a partir de questões e elaborações clÃnicas que convidam os leitores a enriquecer os desdobramentos acerca dessa temática, não apenas valiosa, mas carente de escritos.
Feminilidade e maternidade: considerações sobre a devastação na relação mãe e filha homossexual é uma obra que se propõe a des-devastar a relação amor-ódio entre mães e filhas, partindo de conceituação teórica psicanalÃtica e, por meio dela, lançar luz sobre a feminilidade e a maternidade. A obra não estuda, não patologiza, muito menos posiciona a homossexualidade feminina como um desfecho inadequado da constituição da mulher. Muito antes, e esse é o seu apelo, a obra trata da devastação que a alteridade da filha pode causar a um sujeito anatomicamente feminino que se fez mulher unicamente pela via da maternidade e na travessia que uma mãe é capaz de fazer para ent...
Este livro nasceu da ideia de Joselma Tavares Frutuoso quando voltou ao laboratório onde se formou como pesquisadora na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), após se tornar professora titular. Foi durante seu estágio no Laboratório de Percepção Visual que Joselma sugeriu a minha colega, Aline Mendes Lacerda, e a mim, Maria Lúcia de Bustamante Simas, que transformássemos dois capÃtulos até então redigidos em português sobre a Ilusão das Múltiplas-Faces (IMF) em livro comemorativo com a narrativa de uma história de 30 anos desde sua descoberta. A IMF, denominada em sua origem como Fenômeno de Muitas-Faces, foi observada ao acaso, em uma situação de penumbra, durante a fi...
Esta é uma obra que relata a prática clÃnica do trabalho realizada entre os anos de 2015 e 2018 com um grupo de motoristas de ônibus urbano na cidade de Manaus, trabalhadores afastados e adoecidos pelo trabalho. Uma reflexão importante sobre os impactos ocasionados pela organização do trabalho na saúde do trabalhador, fortalecendo os estudos referentes aos desafios implicados nas organizações, como sua compreensão sobre os sentidos do trabalho. A abordagem utilizada seguiu os preceitos teórico metodológicos da psicologia sócio-histórica, articulados com a psicossociologia. A metodologia utilizada foram as oficinas de escuta clÃnica do trabalho, que parte de encontros com temas especÃficos como mobilizadores da fala. Os resultados desvelam a potência da historicidade no ato de construir a compreensão sobre o adoecer no e pelo trabalho, sinalizados pelas lembranças atemporais da atividade, enredados pelo sofrimento ético-polÃtico, compreendendo o saber fazer da atividade.
Se a famÃlia enquanto instituição é fundamental para a constituição da subjetividade, as relações no seio familiar são sempre dramáticas! Elas podem colorir a nossa existência, dando-nos vivacidade, mas também podem assassinar as partes criativas e solidárias com a vida. Esses elementos, tão vÃvidos quanto as cores de Almodóvar, são matéria viva que entrelaça o ficcional, o pessoal e a experiência clÃnica de todo aquele que se mostra atento à s experiências familiares, seja em consultório, seja em instituições como o judiciário, os hospitais, penitenciárias, abrigos, escolas, seja na nossa própria história. Diferentemente de outros cineastas, os filmes de Almodó...
O nome do presente livro, Genealogia e clÃnica: Nietzsche e a experiência do sofrimento, expressa o intuito de construir um movimento de interseção, no qual o modelo clÃnico da modernidade passa por uma análise genealógica e, simultaneamente, o pensamento genealógico do filósofo Friedrich Nietzsche é interpretado como possÃvel ferramenta para operar um outro modelo clÃnico, um modelo clÃnico trágico. O que se almejou com esta pesquisa foi a aproximação e interseção entre o pensamento de Friedrich Nietzsche e a atividade clÃnica dentro da psicologia, por meio da apresentação e conexão de seus conceitos e filosofia com a temática da relação com o sofrimento. Tendo em v...
Esta obra apresenta uma análise da relação entre a crise da autoridade imaginária paterna, instaurada pelo advento da Modernidade, e a emergência da Psicanálise enquanto prática clÃnica e conhecimento cientÃfico. A atividade psicanalÃtica, elaboração de Sigmund Freud (1856-1939), em Viena, é considerada como atravessada pela ambiguidade que marca a contradição social presente na passagem do século XIX para o século XX. A expressão do poder patriarcal se faz presente na clÃnica e escrita freudianas, apresentando um caráter tanto de resistência quanto de subversão à s formas de relação de poder postas no campo social. Na direção de análise dos fundamentos da produçÃ...
É premente que a psicanálise se debruce sobre as heranças do colonialismo, sobre aquilo que nos constitui enquanto sujeitos latino-americanos. Assim, este livro se apresenta não apenas como um convite ao diálogo, mas como uma ação em direção ao letramento racial tão necessário em nosso meio. Que estas páginas inspirem novas investigações, agucem a escuta e ampliem as fronteiras de de uma psicanálise ainda bastante branca e eurocêntrica.
Este livro, de leitura prazerosa, não se restringe em somente apresentar o problema da drogadição. Sua estrutura, composta de capÃtulos curtos com vasta exemplificação do cotidiano — seja ele a partir do universo da arte (cenas de filmes) ou do contexto institucional (vinhetas clÃnicas) —, contribui com a leveza da escrita, ainda que ela contenha uma temática tão densa como a da drogadição. A riqueza desta obra está no posicionamento crÃtico que aponta as possibilidades daquilo que poderia ser e não é, lançando mão das potencialidades presentes na sociedade (em especial nas polÃticas públicas) e que não são realizadas. Embora anuncie os impasses atinentes à clÃnica da drogadição, o discurso da psicanálise abre a perspectiva, mediante o trabalho psÃquico, do potencial presente em cada sujeito. Angela Bucciano