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As intensas mudanças sociais que estão ocorrendo nos colocam diante de inúmeros questionamentos: como lidar com o novo usando ferramentas criadas para outros contextos? Como não tender a ver o novo como patologia e, por outro lado, não deixar de ver a patologia que pode estar no novo? O fato é que a evolução nas liberdades individuais, própria de nossa era, com menos repressões e mais inclusões, está gerando posicionamentos antes banidos da vida social. Na busca individual por felicidade e realização pessoal que nos caracteriza, como sustentar a família no que ela tem de irredutível: a transmissão dos elementos necessários para que dela surja um sujeito? Retomando princípios básicos da psicanálise de casal e família e com muitos exemplos clínicos, este livro procura refletir sobre essas questões.
Este livro é uma coletânea de casos clínicos (patologias não neuróticas) acompanhados de uma discussão das modalidades de adoecimento psíquico e dos impasses encontrados na prática psicoterapêutica. A autora envolveu-se, ao longo de mais de duas décadas, na busca pelo entendimento do que inicialmente denominou “moradores em móvel mar” e que atualmente nomeia “povo do nevoeiro”. Prossegue, desde então, buscando saídas, modos de responder ao chamado ora de inaudíveis pedidos de ajuda, ora de gritos de dores lancinantes e agônicas e, ainda, de paradoxais comunicações em que a recusa à mudança se apresenta na forma de reação terapêutica negativa. Propõe, além diss...
Temos aqui um texto necessário e elegante sobre a metapsicologia dos processos de perda, tão centrais, caros e imprescindíveis para a montagem e remontagem do saber/ignorar da psicanálise; para a clínica psicanalítica e para a potência da psicanálise como modelo de interpretação e compreensão de fenômenos, cuja complexidade não se esgota e não é inteiramente apreendida a partir do exame exclusivo da dualidade que se encena nas relações transferenciais. Paulo Endo
Com quantos pensadores se tece uma teoria? Este livro revisita alguns dos enlaces teóricos entre Freud, Winnicott e Green, entre outros, que sustentam a clínica com pacientes-limite, bem como propõe enlaces próprios. O objetivo é contribuir para o desenvolvimento de um pensamento clínico que funcione como fio condutor das estratégias de interpretação e manejo. Sustenta a terceira tópica como urdidura do psiquismo, procurando revelar a possibilidade de um trabalho de cerzimento de limites psíquicos que se realiza per via di porre, com o analista ocupando um lugar de suplência de um objeto primário.
Nas entrelinhas deste livro, o leitor encontrará a força do comprometimento ético de uma psicanalista cuja vida profissional tem sido dedicada a uma aposta no potencial do trabalho psicanalítico, tanto para reconhecer a presença do traumatismo sexual no psiquismo de crianças e adolescentes quanto para ajudar na reapropriação de uma posição subjetiva digna e capaz de favorecer a elaboração das vivências traumáticas. A sensibilidade e o engajamento político e social de Susana Toporosi, nossa parceira de pesquisas, podem ser vistos ainda na defesa daqueles adolescentes que carregam um excesso pulsional impossível de ser metabolizado, a não ser que recebam a devida escuta analítica. Cassandra Pereira França
Os textos deste livro se baseiam num consistente estudo de conceitos como vida operatória, depressão essencial, procedimentos autocalmantes e masoquismo guardião de vida, bem como na vivacidade da clínica da criança e do adulto. O propósito é o de sensibilizar o leitor para o corpo teórico-clínico da psicossomática e os remanejamentos necessários do enquadre psicanalítico no tratamento dos pacientes portadores de transtornos somáticos. De forma mais ampla, os conceitos da Escola de Paris de Psicossomática foram tomados como operadores de inteligibilidade da clínica contemporânea e dos limites do analisável, aportando uma contribuição inestimável à comunidade psicanalítica em geral.
Este livro é dedicado ao estudo da mais universal das características do ser humano, que é sua capacidade e necessidade de brincar. Analisando como a ação de brincar foi entendida e aplicada na história da psicanálise (ocupando-se de Freud, Klein e Winnicott), Marília Velano mostra que a dinâmica dessa ação corresponde à dinâmica do encontro e da prática psicoterapêutica psicanalítica. Mais ainda, o paradigma do brincar, analisado em perspectiva histórico-crítica--comparativa – na sua relação com os sonhos, a simbolização e todos os processos psíquicos –, é perscrutado como aquilo que leva o ser humano a encontrar-se consigo mesmo, com o outro e com a cultura. – Leopoldo Fulgencio
Este excelente livro traz o frescor de uma psicanálise que ousa se repensar. Foi escrito por psicanalistas que se indagam sobre os avanços em seu tempo e mostram como as primeiras teorizações freudianas sobre as "neuroses atuais" podem ser renovadas para auxiliar na compreensão do mal-estar contemporâneo. Os temas abordados aqui tratam daquilo que resiste à simbolização. Sua leitura, portanto, nos lança no campo das marcas que reaparecem como corpos estranhos e dos excessos que transbordam, seja pela impossibilidade da tramitação psíquica ou pela ausência da via representacional. É o campo da invasão pulsional do eu e da descarga em ato, decorrentes do fracasso do recalque pr...
Inteligência, erudição, graça, humor e elegância. Essas são as qualidades mais salientes da tese de doutorado que se transformou neste livro. Wilson Franco consegue, com grande habilidade, reunir e articular inúmeros aspectos da psicanálise em uma mesma e multifacetada pesquisa e reflexão: sua inserção histórica, sua dimensão cultural e política, nossas práticas clínicas e seus fundamentos metapsicológicos (como operam na mente do analista em sua práxis), e tudo isso de uma maneira ampla, engenhosa e perspicaz. Questões epistemológicas, éticas, clínicas e políticas da psicanálise são assim consideradas em uma obra sumamente instigante e convidativa. É com muito prazer e convicção que afirmo que a leitura desta obra proporciona expansão e renovação em nossa capacidade de pensar nossa inscrição e nossos lugares no mundo e na cultura. Luís Claudio Figueiredo
Apresento aqui um recorte pessoal e comentado da história dos conceitos de transferência e contratransferência. Situações clínicas ilustram as diferenças entre transferência neurótica e não neurótica, bem como o trabalho com as diversas formas de atualização do infantil e do arcaico.