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Este livro trata da construção da estrada Bragança-Ajuruteua, PA-458, no Pará, Brasil, no período de 1970-1996, do imaginário de progresso criado sobre essa obra e das suas consequências socioambientais na região. A rodovia, que aterrou 26 km de manguezal, provocou alterações no meio ambiente e, consequentemente, à vida de vários indivíduos que vivem dos recursos naturais desse ecossistema. Esse estudo teve como objetivo compreender as permanências e as mudanças provocadas pela rodovia na relação homem/natureza e as diversas interpretações dos homens sobre esse espaço por meio da análise de discursos políticos, reportagens da imprensa escrita, fotografias, literatura lo...
Neste livro, o historiador Gustavo A. Mendonça dos Santos analisa a justiça eclesiástica do bispado de Pernambuco durante o século XVIII e como seus oficiais colaboraram com a Inquisição de Lisboa, apresentando uma análise da estrutura administrativa e jurídica do bispado e do seu funcionamento no período colonial, indicando quais eram as funções dos diversos oficiais da justiça eclesiástica, suas carreiras e como as diferentes instâncias da justiça diocesana se relacionavam. O estudo demonstra que o bispado de Pernambuco teve uma nítida prática de colaboração com a Inquisição de Lisboa, visitas pastorais foram realizadas, denúncias recolhidas, inquirições foram concretizadas por vigários gerais ou vigários da vara e assim foram obtidas informações sobre casos suspeitos de heresia em diversas partes do bispado, informações que atravessaram o Atlântico e auxiliaram a Inquisição na sua caçada contra os "hereges". Este livro foi resultado da tese de doutorado defendida pelo autor em 2019 no Programa de Pós-Graduação em História da UFPE, sendo uma contribuição para a História da Igreja e da Justiça Eclesiástica no Brasil.
A UNE é fruto do movimento estudantil que foi se organizando ao longo dos anos, tendo grande participação dos bacharéis em Direito em virtude dos primeiros cursos superiores instalados no Brasil, em 1827. São esses estudantes que irão fundar as primeiras associações literárias e científicas na região Sudeste, culminando nos mais importantes Centros Acadêmicos do país, como o XI de Agosto (SP) e o Cândido de Oliveira (RJ), bem como participando ativamente dos principais acontecimentos políticos nacionais. Conglomerando estudantes de diferentes matizes político-ideológicas, a UNE nasceu em 1937 e, de dentro da Casa do Estudante do Brasil (CEB), traçou suas primeiras diretrize...
Antes de os Estados Unidos entrarem para a Segunda Guerra Mundial, um setor de sua indústria já se encontrava totalmente mobilizado: o do entretenimento. Hollywood já se encontrava pronta para o chamado, e estava disposta a lutar em todos os fronts, enviando seus artistas para a guerra ou produzindo obras críticas aos regimes totalitários. Quando falo em enviar suas estrelas, essa afirmação vai de Clark Gable ao Pernalonga. Este livro explica como um dos maiores estúdios de Hollywood, a Warner Bros., investiu na produção de animações para o combate às ideologias e governos do Eixo, e como se dava a construção imagética desses inimigos e do próprio povo estadunidense, definindo a fórmula narrativa de "mocinhos" e "vilões" no contexto da guerra. As animações são um meio de difundir propaganda ideológica extremamente eficiente, como poderemos ver nesta obra.
Há pouco mais de um século, 13 de março de 1901, tragicamente, ocorreu o desfecho da Missão Capuchinha entre os Tenetehara-Guajajara, conhecida como São José da Providência ou Alto Alegre. Rapidamente, a imprensa, órgãos oficiais e, sobretudo, a Igreja Católica e os não indígenas da região propagaram o termo pelo qual o funesto fato ficaria conhecido: "Massacre de Alto Alegre". Juntamente com esse epíteto, foram sendo construídos diversos lugares de memória associados a essa representação do fato e responsáveis por consolidar uma visão que culpabiliza aqueles indígenas, que permanecem, em geral, silenciados a respeito daquele confronto. Neste livro, o autor, através de ...
No seu 12o ano de existência, a ANPUH - Amazonas, pela primeira vez, conseguiu realizar nosso Encontro Estadual bienal no interior do estado – em um estado onde 50% da população se concentra na capital –, democratizando o alcance de acadêmicos sediados na região, oportunizando intercâmbios presenciais e aproximações com os colegas historiadoras e historiadores de todas as IFES da região Norte (UEA, UFAM, UFAC, UFRR, UFRO) e algumas universidades do restante do país (USP, UFOP, UNIFESP), além de possibilitar a todos os participantes conhecerem a competente produção dos colegas do interior, muitos dos quais constam como autores na presente obra. A parceria com os colegas do Colegiado de História de Parintins/CESP-UEA foi crucial para concretizar o evento. A realização do VI Encontro Estadual de História da ANPUH Amazonas (18 a 21 de outubro de 2022) e a edição desta obra só foram possíveis graças ao apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas, a quem agradecemos.
Os estudos historiográficos relativos ao mundo do Mediterrâneo na Antiguidade Tardia (séculos III – VIII) oferecem uma gama de abordagens que são dinâmicas e fascinantes. Este é o caso do trabalho apresentado por Ana Carolina Picoli Sotocorno como resultado de sua Dissertação de Mestrado recentemente defendida. Partindo do confronto entre as comunidades cristã nicena e judaica na Hispania romana dos primórdios do século V e lançando um olhar crítico sobre o episódio da conversão dos judeus de Minorca apresentado pelo documento legado por Severo de Minorca (418), a abordagem oferecida pela autora traz à superfície histórica debates sobre o conflito e a confrontação, ao m...
Esta obra, com diferentes abordagens teórico-metodológicas, reflete sobre as narrativas do e sobre o Rio de Janeiro que circulam nas aulas de História da Educação Básica da cidade, do estado e do país. Embora a questão local assuma relevância, o fato de a cidade ter sido capital federal entre 1763 e 1960, e, portanto, palco principal da História política do país, faz com que sua história seja estudada em todo o território nacional, mas implica também o apagamento de suas especificidades, revelando assim uma tensão entre o universal e o particular inerente às narrativas sobre o Rio de Janeiro. Pesquisadores do Ensino de História expõem, aqui, uma variedade de aspectos sobre...
As celebrações do bicentenário da Independência do Brasil foram ofuscadas pelo momento incendiário da campanha presidencial do ano de 2022, não obstante, importantes estudos tenham sido lançados neste mesmo ano. Ao longo do século XX, a historiografia brasileira aprofundou, a partir de matrizes teóricas diversas, as contradições de nossa Independência face o contexto geral da América Latina. Esta obra propõe uma mudança de olhar sobre esses 200 anos. Se é fato que historiadores e historiadoras se dedicaram à investigação, também cineastas nacionais se dedicaram a desmascarar as brutais condições de existência impostas aos cidadãos e cidadãs brasileiros nestes dois séculos. Glauber Rocha, Nelson Pereira dos Santos, Sylvio Back, Lúcia Murat, Sílvio Tendler, Kléber Mendonça Filho, Hector Babenco, Ana Carolina, outros e outras lançaram às telas de cinema, as incongruências e horrores de nossa História. Não se pretende substituir os estudos historiográficos, mas reconhecer como Robert Rosenstone que, o cinema dá "carne ao passado" e se configura como uma nova forma de pensamento histórico.
"A obra que ora apresentamos trata-se de uma coletânea que traz resultados de pesquisas que vêm sendo desenvolvidas no âmbito do Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal do Amazonas. Os leitores encontrarão textos que trazem a singularidade da escrita de cada autor e da contribuição de cada um no que diz respeito ao tema que propuseram refletir. A coletânea é composta por dez artigos. Nos oito primeiros capítulos, os pesquisadores estão preocupados com uma gama variada de temáticas e temporalidades, tendo em comum a preocupação com a reflexão sobre os espaços amazônicos. Nos dois artigos finais, os autores apresentam reflexões instigantes no âmbito da História Cultural cujas propostas de trabalho versam sobre a modernidade europeia, revelando um conjunto variado de temas de pesquisa que têm sido desenvolvidos nos programas de pós-graduação da região norte." Keith Valéria de Oliveira Barbosa Patrícia Rodrigues da Silva