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Quanto mais o mundo se dá conta da diversidade, fruto de visões plurais outrora obrigadas ao silêncio e que agora não podem mais se encapsular no mutismo, mais os campos do conhecimento abrem-se a novos objetos, novas abordagens. O livro Musicologia em interpelações contemporâneas nada mais é do que o feliz encontro de pesquisadores nacionais e internacionais de grande envergadura, unidos por objetivo comum: problematizar, questionar e estabelecer respostas a questões ligadas às músicas indígenas e populares, aos diálogos com a performance musical, aos estudos de significação, à reflexão sobre óperas e música de entretenimento, às narrativas biográficas no campo da educação musical, perpassadas pelo olhar privilegiado dos estudos culturais e musicológicos.
No Brasil dos dias de hoje, a valsa ainda é uma dança importante nos rituais públicos femininos, bem como permanece no repertório tradicional do choro e da seresta. Em ambientes privados, as mulheres podiam tocar valsas ao piano, como atestam os inúmeros anúncios de partituras à venda ou sendo distribuídas aos assinantes nos periódicos oitocentistas. A grande diferença entre os séculos XIX e XXI é que, após um início bem-comportado, agora a dança pode emendar com qualquer música de sucesso na chamada "valsa maluca". Nem a quantidade enorme de valsas de salão nem as modinhas em compasso de valsa têm recebido muita atenção acadêmica. Superando tanto a ideologia do nacionalismo na musicologia quanto a valorização da autenticidade nos estudos da música popular, Martha Ulhôa leva a sério a música de entretenimento e apresenta, num texto de fácil leitura, mas grande densidade, o resultado de sua pesquisa sobre a valsa como dança, música de salão e canção seresteira.
O livro Musicologia e Diversidade resulta diretamente de reflexões promovidas pelo Simpósio Internacional de Musicologia – EMAC/UFG e CARAVELAS – Núcleo de Estudos da História da Música Luso-Brasileiro. Mais do que um conjunto de artigos, o livro propõe uma visão articulada sobre os caminhos plurais da musicologia na contemporaneidade. No próprio título reconhecemos que o fazer musicológico nos tempos atuais é experiência múltipla. Os capítulos expõem investimentos em novos objetos de estudo e a abertura do diálogo musicológico para com áreas afins. Nesse sentido, a obra se desenvolve em torno das seguintes temáticas: "Música, músicos e seus acervos", "Mulheres e suas práticas musicais empoderadoras", "Músicos e seus instrumentos musicais", "Musicologia e práticas interpretativas", "Musicologia e cena", "Música e imagens", "Educação Musical e História", "Música Computacional e Cognição".
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Cidades têm as suas mitologias. Têm o seu Olimpo e o seu Hades, o seu rol de deuses e demônios, os seus picos e os seus abismos, as suas histórias exemplares e os seus vexames, as suas zonas de indecisão entre fato e lenda. No acervo mitológico do Rio de Janeiro, o Carnaval de 1919 ocupa uma dessas zonas. Foi o primeiro carnaval depois do fim da Grande Guerra. Foi também o primeiro carnaval depois da voragem da Gripe Espanhola, a mais avassaladora pandemia a abater a cidade até então. Entre setembro e dezembro de 1918, a doença, inicialmente desprezada, infectou 600 mil pessoas e matou 15 mil — números aproximados, talvez subestimados, num universo de cerca de um milhão de habi...
Não, Tia Amélia não era minha tia. Este era o nome de guerra de uma extraordinária pianista e mulher que, ao se reinventar para uma segunda carreira artística com mais de 60 anos, aumentava a idade para parecer mais velha! Como se precisasse disso para conquistar a televisão, o rádio, a imprensa e o público com seu assombroso piano. Quem mais seria capaz de fazer dos choros, valsas e baiões um estouro nos anos 1950 e 60, em plena época da bossa nova e do rock 'n' roll? Se Tia Amélia não era minha tia, poderia ter sido. Por um absurdo acaso, ela foi inquilina de minha tia no Flamengo, no Rio, e eu, aos dez anos, via-a ensaiar todos os dias no piano do apartamento. As paredes tremi...
O e-book intitulado Práticas em Pesquisa Artística: performance, criação e cultura contemporânea apresenta 11 artigos que fizeram parte do I ENCONTRO BRASILEIRO DE PESQUISA ARTÍSTICA. Este evento foi idealizado pelo grupo de pesquisa Observatório e Laboratório de Pesquisa Artística e realizado na Universidade Federal de Mato Grosso em parceria com o Programa de Pós-Graduação em Estudos de Cultura Contemporânea, com apoio da Universidade Federal de Pernambuco.
História das Mulheres, Relações de Gênero e Sexualidades em Goiás, apresenta pesquisas focadas nas Histórias das Relações de Gênero, Sexualidades e Mulheres, considerando a região de Goiás. Com abordagens teóricas e metodológicas diversas, os autores buscam imprimir perspectivas diversas de maneira que contribuam para a construção e renovação do tema no meio acadêmico. O objetivo é trazer ao leitor uma reflexão sobre a importância do passado e do presente na construção de trajetórias, olhares e percepções distintas, anulando a ideia de "história única".
Nesta obra examinei relações entre a Arquitetura e a Música. Reflexionando sobre alguns elementos formais utilizados por ambas as artes, busquei métodos de aproximação entre elas. Como resultado, apresento o processo de desenvolvimento de um programa de computador que traduz elementos geométricos a formas musicais (ou pseudomusicais). O nome do mecanismo programado é Caixa de Música. O conteúdo é resultado da tese de doutorado defendida em 2009 na UFRJ/Proarq, trabalho que apresento revisado e atualizado. Trata-se de uma incursão da disciplina conhecida como Desenho Assistido por Computador (CAD) dentro do campo da Composição Assistida por Computador (CAC). Desenvolvi diversas ...