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Publicar um livro que realiza uma síntese das questões trabalhadas nos 30 anos de um Programa de Pós-graduação em Planejamento Urbano e Regional (PPGPLUR) é algo bastante desafiador e um tanto quanto “injusto”, pois a amplitude das discussões certamente não será alcançada neste volume. No entanto, o grupo de professores e alunos do PPGPLUR da Univap, em seu VIII Seminário, realizado em março de 2023, deliberou pelo enfrentamento desse desafio. Sabe-se que, de 1993 a 2023, esse Programa enfrentou um cenário ainda de consolidação democrática, em que a política urbana brasileira foi reconstruída por discussões que envolveram diferentes profissionais: arquitetos e urbanist...
Rio Grande do Sul: uma formação social escravista Mário Maestri (Em memória de Theó Lobarinhas Piñeiro, companheiro de idéias e esperanças) Por largo tempo, a historiografia sulina e a nacional desconheceram e negaram o caráter escravista da capitania e da província de Rio Grande de São Pedro do Sul. Entretanto, o sul do Brasil se manteve, sempre, até os anos 1884-85, quando da libertação sob a clausula de prestação de serviços gratuitos, em geral por sete anos, entre as principais regiões escravista da antiga formação social brasileira. Em verdade, o RS foi, salvo engano, a única região do Brasil escravista em que a população escravizada seguiu crescendo, por expans...
Sobretudo, em Pelotas: escravidão e charqueadas, o historiador Euzébio Assumpção narrou a história dos trabalhadores cativos nas fábricas de salgar carnes no maior centro charqueador da América sulina. Demonstrou que o número de africanos e seus descentes no território rio-grandense foi maior que o informado pela historiografia oficial. Observou que o charque chegou a ser responsável por 85% das exportações rio-grandenses. Daí salientou importância econômica do setor que mais empregou mão de obra cativa na província. Verificou que nos saladeiros pelotenses a média de escravizados era de 64,8 trabalhadores. Porém, salientou que em algumas fábricas chegaram a ter mais de um...
Escravidão e Pastoreio no Paraná (Mário Maestri) A América Lusitana nasceu e se consolidou sob o signo da escravidão colonial. Desde os anos 1530, com o movimento de ocupação territorial das conquistas lusitanas na América do Sul, a população autóctone, primeiro da faixa atlântica, a seguir do interior, foi submetida e dizimada na dura exploração das fazendas, roças e vilas do litoral. Quando essa população sofrida mostrou-se incapaz de sustentar o esforço produtivo da economia mercantil, iniciou-se o desvio de parte significativa do tráfico que arrancava das costas da África Negra, desde 1444, homens e mulheres para trabalharem como cativos na península Ibérica e na Am...
O Brasil foi o último país do mundo a abolir a escravidão colonial. E quando o fez, em 13 de maio de 1888, sobre este marco histórico, muitas narrativas se espalharam até os dias atuais, comuns entre o povo e nos bancos escolares do ensino médio e fundamental. A primeira é que uma princesa boazinha libertou os escravos e, a segunda, que foi tudo uma mentira, que somos escravos até hoje. Mas, independentemente da narrativa, o fato é que a escravidão e sua herança deixaram marcas na constituição do Estado e da sociedade brasileira, na formação da classe operária, do proletariado e mesmo da burguesia. Portanto, é fundamental e necessário ir além das narrativas superficiais e ...
Sobretudo, em Pelotas: escravidão e charqueadas, o historiador Euzébio Assumpção narrou a história dos trabalhadores cativos nas fábricas de salgar carnes no maior centro charqueador da América sulina. Demonstrou que o número de africanos e seus descentes no território rio-grandense foi maior que o informado pela historiografia oficial. Observou que o charque chegou a ser responsável por 85% das exportações rio-grandenses. Daí salientou importância econômica do setor que mais empregou mão de obra cativa na província. Verificou que nos saladeiros pelotenses a média de escravizados era de 64,8 trabalhadores. Porém, salientou que em algumas fábricas chegaram a ter mais de um...
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O livro "Memória e Organizações Sociais: Diálogos Interdisciplinares nas Ciências Humanas", oferece ao leitor uma coletânea de textos com base em estudos realizados a cerca da importância de se conhecer e preservar as memórias coletivas e individuais em diferentes níveis sociais, considerando a dialética social e as experiências socioculturais compartilhadas e registradas através de documentos escritos e fílmicos. Ao longo dos capítulos os autores buscam refletir e conduzir o leitor a temática posta, considerando diferentes visões que acabam se aproximando e auxiliam no resgaste as memórias de lutas, experiências e de processo de aprendizagem ocasionalmente oprimidos e negados ao longo da história, mas que necessitam ser resgatados.